sexta-feira, 3 de junho de 2011

O mundo de dentro do jovem

Atualmente, os jovens de uma forma geral conhecem a Internet; sabem as músicas da parada de sucesso; as gírias do momento; as roupas que estão na moda; os artistas que estão em alta; e alguns poucos, ainda sabem acerca de cultura, política; dentre outros assuntos que permeiam as notícias mais em voga. Isso reflete a era da tecnologia, da modernidade, da rapidez, da competitividade; aspectos tão presentes no nosso cotidiano e que nos ordenam cada vez mais conhecimento atualizado e nos implicam em uma rotina de inúmeras exigências para sermos pessoas “ideais”; mas ideais segundo quem?

Infelizmente muitos jovens não sabem nem porque se submetem a certos imperativos do mercado; sejam no nível de atitudes ou de aquisição de bens de consumo; e o pior, não sabem nem distinguir suas verdadeiras preferências pessoais e se pedirmos para falarem de si ou dizerem quem são, não sabem responder ou dão respostas vazias. Os jovens se encontram tão imbuídos na realidade imposta; quer seja pela mídia, moda, sociedade capitalista; que lhes escapam o limiar entre o que originariamente são, acreditam e gostam; do que lhes é apresentado como bom, agradável, correto, e etc.

Ou seja, conhecem o mundo de fora, mas sabem muito pouco de si, não conhecem o mundo de dentro. É comum entre os jovens a dificuldade de expressão dos seus sentimentos, de dizerem o que se passa dentro deles. O dia ‘corre’ muito rápido, são muitos afazeres: escola, faculdade, família, reuniões, academia, televisão, computador; tudo isso faz com que não se tenha oportunidade para parar e encontrar as verdades existentes dentro de si; e a vida superficial é o caminho trilhado constantemente, o qual traduz uma resposta de uma vivência inautêntica. O reflexo disso são as pesquisas que demonstram a grande eclosão de casos de depressão, anorexia, bulimia, fobia, dentre outras patologias que acometem numerosa parcela da população mundial, inclusive entre os jovens.

As pessoas não “gastam” mais tempo com os outros, porque consideram ‘perca de tempo’. As relações interpessoais são hoje, na sua maioria, vazias e artificiais. Perde-se muito ao não conviver com as pessoas, e assim, poder revelar o grande mistério que é a vida do outro e a sua própria vida, que se expressa e se diz nos relacionamentos onde há caridade e doação de si, algumas dentre as características de uma amizade verdadeira. Considerando, que me conheço mais e contemplo a Deus no outro.

Quando tivermos a coragem de encontrar Aquele que habita em nós e a humildade de sempre buscá-lO na oração, muitos O encontrarão na nossa maneira de ser. Já diz o salmo bíblico: Alegre-se o coração dos que buscam o Senhor. (Sl 5, 3).

Fonte: http://www.comshalom.org

Nenhum comentário:

Postar um comentário