sábado, 11 de junho de 2011

O Namoro Humano

O namoro é um encontro de duas pessoas. Encontro original, diferente, tocante, envolvente. Começa carregado de impulso, instinto, atração. Traz, porém consigo, horizontes maiores, surpresas arrebatadoras, descobertas e sonhos fascinantes. O namoro tem rumo, direção, objetivo. Não é um encontro qualquer. Não é epidérmico, nem destinado ao surfismo, à superficialidade, mas às profundezas e às alturas.
No namoro encontram-se duas histórias, duas consciências, dois futuros, duas necessidades, duas diferenças, dois mistérios que irão se olhar, se acolher, dialogar, sorrir, desabafar, confidenciar, confiar, decidir e conviver. O namoro é porta de entrada em direção à vida, ao amor, à família, à paternidade.
O namoro humano acontece mais na alma, no coração, na intenção, na consciência do que no corpo. Como é pobre, equivocada, vazia e frustrante a experiência do namoro onde só rola paixão, ciúme, sexo, transa. Egoísmo e imaturidade, despreparo e desconhecimento de si e do outro, fazem do namoro uma brincadeira erótica, cheia de enganos e desilusões. É preciso distinguir entre o que é gamar, gostar, amar. O coroamento do namoro é a decisão em contrair núpcias, formar família, transmitir e educar vidas e pessoas.
Namoro não é passa tempo, não é programa de fim de semana, não é mera camaradagem, companheirismo, aproveitamento, curtição, muito menos fuga de casa, medo de sobrar, imitação da moda (todo mundo faz), busca de auto-afirmação. Namoro é conhecimento mútuo, partilha de vida, esperança em ser mais, tempo de crescimento e amadurecimento.
O namoro verdadeiro é iluminado por um ideal, um valor objetivo, a realização de si e do outro. Pelo namoro as pessoas se preparam para a missão de ser esposos, de formar família e principalmente para responsabilidade e a beleza inaudita de serem pais de seus filhos. Muitos casamentos são forçados, apressados, imaturos, falsos, interesseiros, inseguros, despreparados porque o namoro e o noivado não foram além da carne, transformaram-se em erotismo, prazer, curtição, no sentido de “aproveitar a juventude”. Assim não pode dar certo.
Somos pessoas frágeis, feridas, portadoras de condicionamentos, imaturidades e até portadores de patologias profundas. Não é pois aconselhável namorar cedo demais. Namoro precoce é um risco. Logo aparecem as brigas, ciúmes, dificuldades de diálogo e até falta de assunto. Começa o afastamento das boas amizades, isolamento, as rupturas com a família, o desleixo nos estudos. Deste modo o namoro acaba em sofrimento e desgaste que envolve muita gente.
Precisamos devolver ao namoro o seu significado autêntico, livrá-lo da banalidade e de interesses egocêntricos. Namoro é uma experiência do amor humano que é visibilidade do amor de Deus pelo mundo. Se há alguém enamorado pela humanidade é Deus. Os namorados podem fazer uma grande experiência do amor de Deus através do namoro. O amor dos namorados ajuda-nos a descobrir o coração enamorado de Deus por seus filhos e filhas. É no namoro que está o início da educação de uma criança, e são colocados os alicerces de uma família estável, duradoura e feliz. Todos queremos ser decisivamente, autenticamente, pessoalmente amados. O caminho normal para esta experiência é o namoro que requer maturidade física, psicológica, ética e social. Namoro não é assunto privatizado, um relacionamento a dois, sem conseqüências para a vida. Pelo contrário, o que mais repercute na existência humana é o namoro porque é experiência de amor e caminho para a auto realização, para o bem da família e conseqüentemente da sociedade.Em nossos dias, a experiência sexual é cada vez mais precoce e fortemente influenciada pela pornografia via internet, celular etc., por outro lado, a permissividade sexual dos adultos recebe também o nome de namoro. Chegou a hora de restituir ao namoro seu autêntico significado, ou seja, uma etapa, uma experiência de amar e ser amado com exclusividade, fidelidade, respeito, pois, amar é querer o bem do outro, amor de benevolência.

Dom Orlando Brandes
CNBB

Namoro e castidade: divina combinação

Os jovens cristãos que namoram e desejam viver a lei de Deus têm enfrentado um grande dilema. Transar ou se guardar para o amor maior, aquele que vai selar uma união duradoura diante de Deus? Muitas vezes, são os namorados que querem transar. Ainda é grande o número de meninas que não querem ter vida sexual no namoro e são pressionadas pelos namorados para dar uma “prova de amor”. Mas transar durante o namoro está longe de ser uma prova de amor, seja lá o que isso possa significar. Amor não é sentimentalismo, romance e prazer. Amor é responsabilidade, é fazer os outros felizes.

O verdadeiro amor espera, respeita. As coisas da vida somente são boas e nos fazem felizes se são usadas dentro de sua finalidade e no momento certo. Para acalmar o coração e clarear o entendimento dos jovens enamorados, vale a pena deixar claro que o sexo só deve ser vivido no casamento por causa de sua finalidade e sua consequência.

A dimensão unitiva tem em vista unir o casal que se comprometeu um com o outro a vida toda, diante de Deus e dos homens. A dimensão procriativa gera os filhos, que têm o direito de nascer em um lar constituído com pais preparados para acolher, amar e educar. E isso não pode acontecer ainda no namoro, porque o relacionamento é frágil.

O ato sexual é o selo de uma união definitiva, permanente, compromissada para sempre. Não é uma brincadeira, um passatempo, uma diversão. Na verdade, os casais que fazem sexo antes do casamento estão realizando um ato egoísta, não um ato de amor, por mais que tentem justificar dessa forma. A última “entrega” ao outro deve ser a do próprio corpo, depois que os corações e as vidas estiverem unidos para sempre. Isso está longe de acontecer no namoro, que é um tempo de escolha. É o tempo de conhecer a pessoa do outro, seus valores e seus limites. Não é o tempo de viver a intimidade sexual dos casados.

Quantas jovens engravidam durante o namoro e têm de mudar totalmente o rumo de suas vidas? Às vezes, são obrigadas a deixar os estudos para trabalhar. São obrigadas a continuar morando na casa dos pais, já que não têm condições financeiras nem tampouco emocionais de terem suas próprias casas, como convém. Isso sem mencionar muitos abortos realizados por causa da vida sexual dos jovens no namoro. Querer transar durante o namoro não é amor. É egoísmo. Infelizmente, ainda recai sobre as jovens uma decisão muito importante: de se guardar e direcionar o namoro.

Afinal, os meninos não correm os riscos de uma gravidez. Se o namoro terminar, eles seguem em frente como se nada tivesse acontecido.

Para as meninas ainda é diferente, porque elas jamais se esquecem do que aconteceu. Por isso, quando os jovens casais não chegam a um acordo sobre guardar a castidade, é importante que a menina cristã aprenda a dizer "não" a seu namorado. Deus quer que toda jovem se guarde e se prepare para aquele homem que um dia vai ser seu marido, companheiro e pai de seus filhos.

Cabe à menina, então, hoje em dia, “fazer a cabeça” do namorado e aproximá-lo de Deus. É importante estar certa de que Deus não deixa ninguém desamparado. E ninguém pode ser infeliz por cumprir a Sua lei e fazer a Sua vontade.
Felipe de Aquino
Professor

Família: missão de formar “uma só carne”

O matrimônio, que dá origem à família, pode ser olhado de duas maneiras. Quando visto de modo meramente humano, ele não passa de um encontro que homem e mulher tiveram por acaso. Mas, quando olhado a partir da fé, o matrimônio é uma vocação. Esse encontro que homem e mulher tiveram foi querido por Deus. Deus os escolheu um para outro. Deus os chamou para conferir-lhes uma missão. Não existe vocação sem missão.
Homem e mulher, quando se casam, recebem de Deus a missão de formar “uma só carne”, ou seja, uma comunidade de vida e de amor. É isto o que distingue o matrimônio de qualquer outra comunidade humana. No matrimônio não se vive apenas com o outro. Vive-se para o outro. Aqui se encontra o segredo da felicidade. Viver para o outro significa partilhar o pensamento, as emoções, as alegrias e as tristezas, os sucessos e insucessos. Viver para o outro significa ter paciência com os defeitos, com as limitações do outro. Nunca considera-lo um caso perdido. Crer que o outro pode mudar, transformar-se, amadurecer. Viver para o outro significa reconhecer e apreciar as suas qualidades. Viver para o outro significa também perdoar. Não é fácil. Mas é a única possibilidade de salvar o frágil amor humano e fazer com que ele seja duradouro. Viver para o outro significa olhar o outro não só com olhos, mas, sobretudo com o coração. Olhar com simpatia, amizade, amor. Quando olhamos o outro com o coração, o nosso olhar vai para além das aparências. Penetra no seu interior. Descobre suas qualidades, suas riquezas. Creio que todos conhecem a afirmação de Saint-Exuperi: “Só se vê bem, quando se vê com o coração”.
O viver para o outro produz o contexto adequado para o surgimento da vida. A expressão do Gênesis “uma só carne”, designa também a geração da vida. O filho é uma síntese de seu pai e de sua mãe. Com a geração de uma nova vida, o matrimônio desemboca na família. João Paulo II usou uma expressão muito bela e profunda para designar a sacralidade da família: ela é um santuário. Santuário significa templo, espaço sagrado, lugar onde Deus habita de modo especial. A família é um espaço sagrado, um templo, porque Deus ali está presente. Ela é semelhante à Eucaristia, pois o matrimônio e um sacramento permanente. Deus se torna presente não só no momento em que homem e mulher, diante do altar, se unem pelo sacramento. Esta presença de Deus os acompanha por todos os dias da existência. Jamais eles estão sozinhos.
A família é um santuário porque é o contexto mais adequado, querido por Deus, para o surgimento e desenvolvimento da vida. Deus é o Deus da vida. Criou o ser humano para ser um servidor da vida, que é um dom sagrado. Por isso mesmo, aquele espaço onde a vida surge, onde ela é protegida e desenvolvida, merece o nome de santuário, de espaço sagrado. Casar é, pois, fazer uma opção pela vida. É tornar-se, num sentido concreto e profundo, um servidor da vida
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Dom Benedito Beni dos Santos

Apoio familiar no adoecimento

Ao passar pelo adoecimento físico ou psíquico de um parente, reconhecemos situações, muitas vezes, vividas numa primeira vez, que passam, por vezes, a desestruturar o ambiente familiar. No momento em que uma doença, em grau maior ou menor de gravidade, é detectada, a pessoa passa por um momento de desequilíbrio, cujo tempo de duração pode variar. A enfermidade, do ponto de vista emocional, é percebida como algo ameaçador e limitante, gerando considerável esforço para confrontá-la e aceitá-la.Se a família é o primeiro grupo no qual estamos inseridos, o apoio que ela dá ao paciente revela-se fundamental tanto na recuperação como na aceitação da enfermidade. Estudos revelam que pacientes, quando são acompanhados por sua família com maior constância, demonstram reações positivas acerca da melhora e superação. O tempo é um fato importante na aceitação da condição do paciente; inicialmente, percebe-se situações de choque, tristeza e negação, como os principais sentimentos manifestados por ele. O tempo traz aceitação facilitada por alguns e dificultada por outros. Muitas vezes, a própria família faz com que a aceitação da doença seja mais dificultada ao cultivar sentimentos de desesperança e ansiedade.
A família pode ser uma grande fonte de cura ao promover uma visão de esperança, fé e de disponibilidade (pois, muitas vezes, o paciente sente incomodar a família) e ao transmitir, por mais difícil que seja, a força que a pessoa adoecida não tem nesse momento. O suporte social, especificamente o familiar, possibilita às pessoas enfrentarem os seus problemas de modo mais eficaz, amenizando a dor e o sofrimento, diminuindo a ansiedade e a depressão, fazendo com que estejam emocionalmente mais estáveis.
É importante reconhecer que uma pessoa adoecida vive muitas fantasias a respeito do seu diagnóstico; muitas destas são criadas por aquilo que ela ouviu do médico, pelas crendices, por elementos conscientes ou inconscientes gerados a partir do que viu ou viveu, as quais [fantasias] podem também fazer parte do imaginário da família. Para que ambos possam reconhecer e compreender as limitações e perdas que a doença acarreta, é importante que adaptações sejam feitas e que aprendam a lidar com as mudanças desse tempo.
Usar a expressão da verdade do que está ocorrendo sempre é um fator muito importante; quanto mais conscientes estamos, tanto mais possibilidades de compreensão teremos para passar ao paciente. É importante estimulá-lo para que, à medida do possível, possa retomar sua vida e voltar à normalidade considerando sua nova condição. Além disso, é importante que os sentimentos das pessoas envolvidas, como o enfermo e sua família, não interfiram na vida de cada um e que seus sentimentos sejam trabalhados e vivenciados de forma adequada. Fica aqui o alerta: muitas vezes a família tende a um sofrimento e depressão maior do que o próprio paciente. Por isso, é importante que todos possam compreender o que ocorre nesse momento, acalmando sentimentos e ansiedade latentes.
Quando a doença tem um significado para toda a família, possibilitamos que ela seja compreendida de forma mais efetiva. Há possibilidade de uma reorganização familiar para acompanhar esta pessoa, bem como facilitar uma vivência coletiva, evitando a sobrecarga em um dos membros apenas. Como núcleo central de nossa formação, a família que nega a doença, nega também que adoecer faz parte do ciclo da vida, alimentando fantasias que não favorecem o processo de cura ou melhora dos sintomas do enfermo
Não temos dúvida de que todo o cenário do adoecimento traz sofrimento para ambas as partes [enfermo e família], mas o cuidado, a fé, a esperança e a busca de ajuda especializada, quando já não temos força para superar os desafios da enfermidade, bem como as práticas espirituais, permitirão que consigamos transcender esta etapa.
Deixe seu comentário! Abraço fraterno!

Elaine Ribeiro

A sadia convivência no namoro

O que é a sadia convivência? É viver com naturalidade, pureza e sinceridade os nossos relacionamentos. O termo "sadio" é antônimo de "doente".Hoje vivemos numa sociedade enferma, marcada pela pornografia, pela malícia nos relacionamentos, pelas brincadeiras inconvenientes, e tudo isso conduz à sensualidade. No viver de forma sadia, tudo isso precisa ser eliminado. A Palavra de Deus nos diz: "Não vos conformeis com este mundo" (Romanos 12,2).


"A imoralidade sexual e qualquer espécie de impureza ou cobiça sequer sejam mencionadas entre vós, como convém a santos. Nada de palavrões ou conversas tolas, nem de piadas de mau gosto: são coisas inconvenientes; entregai-vos, antes, à ação de graças. Pois, ficai bem certos: nenhum libertino ou impuro ou ganancioso – que é um idólatra – tem herança no reino de Cristo e de Deus" (Efésios 5,3-5).


Há pessoas que, com boa intenção de ajudar o outro, começam a se aproximar sem conhecer as suas fragilidades; o resultado, no entanto, pode ser desastroso, porque em vez de ajudá-lo acabam provocando sentimentos que prejudicam a vida dessa pessoa.Dom Bosco dizia que para salvar os jovens ele iria até as últimas consequências, mas era preciso ser prudente. Há confusão quando não há maturidade; é preciso construir um caminho de luta, de sacrifício, de esforço, dedicação e zelo.
Porém, se você busca a castidade, mas não consegue se desvencilhar dos filmes pornográficos e das sessões de piadas, como ser curado? Dentro de você precisa haver uma disposição interior para que possa fechar todas as brechas.Somente conseguiremos ser homens profundamente curados na nossa afetividade e sexualidade pelo poder do Espírito Santo.
A cada dia peçamos esta graça para que sejamos homens curados e plenos do amor de Deus.

(Trechos extraídos do livro: A cura da nossa afetividade e sexualidade )

A maturidade exigida no noivado

Noivar é muito mais que apenas colocar um anel no dedo da pessoa amada. O noivado é um período em que os noivos, estando comprometidos com a promessa de casamento, passam a se preparar para viver maritalmente. Embora conhecendo as preocupações costumeiras, tanto para o homem como para a mulher, tais como moradia, subsistência, enxovais e todas as demais responsabilidades e obrigações contidas nesse compromisso, talvez a pergunta que sempre ronde os pensamentos dos namorados seja esta: “Quando é a melhor hora para assumir um compromisso maior com o (a) namorado (a)?”
Por maiores que sejam a proximidade e as afinidades entre os familiares dos namorados, o prazer de passearem juntos, entre outras coisas, a resposta para esse dilema não será tão fácil de ser assumida. A decisão de um próximo passo não será encontrada na resposta de uma simpatia ou, por exemplo, na leitura da sorte nas cartas do baralho. Muitas vezes, em razão do namoro já estar perto de completar um decênio, os dois se sentem na obrigação de mudar o “status”, passando de namorados a noivos. No entanto, apenas o tempo da longa convivência não pode servir como fundamento para a justificativa de assumir esse comprometimento.
Um namoro longo, muitas vezes, demonstra imaturidade ou camufla certa insegurança. Seja por medo de não encontrar alguém ou por interesse em eliminar a sensação de perda de tempo vivido nesse relacionamento, muitos casais aceleram os acontecimentos, forçando o noivado como forma de garantir o compromisso para o casamento desejado. Outros, em razão da intimidade vivida durante esse período, se sentem moralmente responsáveis por noivar, mesmo sem reconhecer alguma chance de desenvolver maiores vínculos com o (a) namorado (a).
O namoro é um período no qual o casal se dispõe a conhecer-se. É o início da experiência em que realmente se aprende a amar. De maneira muito especial, nesse tempo de convivência, um se permite ser edificado pelo outro. Inicia-se, nesse convívio, um processo de lapidação em que ambos se dedicam a trabalhar naqueles pontos de sua personalidade que pouco contribuirão para o bom relacionamento. Por mais delicado ou constrangedor que seja para alguém aceitar a interferência da pessoa amada em seu comportamento, ainda assim, aceitará se o desejo de fazer história com o outro for maior que seus caprichos.
De livre e espontânea vontade, os dois devem se prontificar a viver as exigências do amor com aquela pessoa que será seu cônjuge. Dessa forma, em razão dos frutos dessa entrega e ao perceberem o crescimento do relacionamento junto com o outro, assumem o próximo passo, acolhendo a ideia de continuarem a viver um maior comprometimento, dando sequência aos planos de vida a dois com o noivado.
Os únicos argumentos que devem justificar uma resposta positiva para um novo compromisso de vida estão fundamentados na confiança, na transparência e no amor maduro. Uma maturidade que exigirá do casal a capacidade de acolher as sugestões de mudanças que eles podem suportar e paciência para respeitar o tempo do outro nas situações em que não poderão interferir; sem tampouco desistirem do projeto de estabelecer e viver o crescimento proposto na vida a dois. Qualquer outra razão que não seja o crescimento na maturidade com a outra pessoa poderá sinalizar o fracasso do futuro e almejado sonho do casamento feliz.
Um abraço!

Dado Moura

O sentido do Pentecostes

Para entendermos o verdadeiro sentido da Solenidade de Pentecostes, precisamos partir do texto bíblico que nos apresenta na narração: "Quando chegou o dia de Pentecostes, os discípulos estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um ruído como de um vento forte, que encheu toda a casa em que se encontravam. Então apareceram línguas como de fogo que se repartiram e pousaram sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito lhes concedia expressar-se. Residiam em Jerusalém judeus devotos, de todas as nações que há debaixo do céu. Quando ouviram o ruído, reuniu-se a multidão, e todos ficaram confusos, pois cada um ouvia os discípulos falar em sua própria língua" (At, 2, 1-6). Essa passagem bíblica apresenta o novo curso da obra de Deus, fundamentada na Ressurreição de Cristo, obra que envolve o homem, a história e o cosmos.

Nessa celebração somos convidados e enviados para professar ao mundo a presença d'Ele [Espírito Santo]. E invocarmos a efusão do Espírito para que renove a face da terra e aja com a mesma intensidade do acontecimento inicial dos Atos dos Apóstolos sobre a Igreja, sobre todos os povos e nações.

O Papa Bento XVI fala sobre esse processo de reunificação dos povos a partir de Pentecostes: "Tem início um processo de reunificação entre as partes da família humana, divididas e dispersas; as pessoas, muitas vezes, reduzidas a indivíduos em competição ou em conflito entre si, alcançadas pelo Espírito de Cristo, abrem-se à experiência da comunhão, que pode empenhá-las a ponto de fazer delas um novo organismo, um novo sujeito: a Igreja. Este é o efeito da obra de Deus: a unidade; por isso, a unidade é o sinal de reconhecimento, o 'cartão de visita' da Igreja no curso da sua história universal. Desde o início, do dia do Pentecostes, ela fala todas as línguas.

A Solenidade de Pentecostes é um fato marcante para toda a Igreja, para os povos, pois nela tem início a ação evangelizadora para que todas as nações e línguas tenham acesso ao Evangelho e à salvação mediante o poder do Espírito Santo de Deus.

Padre Reinaldo
Comunidade Canção Nova

Ser amigo do Espírito Santo

"Crer no Espírito é, portanto, professar que o Espírito Santo é uma das Pessoas da Santíssima Trindade, consubstancial ao Pai e ao Filho, «adorado e glorificado com o Pai e o Filho» (4). É por isso que tratamos do mistério divino do Espírito Santo na «teologia» trinitária. Portanto, aqui só trataremos do Espírito Santo no âmbito da «economia» divina" (Catecismo da Igreja Católica, n. 685).Essa é a experiência de nossa fé, sendo uma Pessoa, nós podemos nos relacionar com Ele [Espírito Santo], ser amigos, próximos e íntimos d'Ele, porque não dizer. E é exatamente isso que essa Pessoa da Trindade deseja ardentemente de nós para poder nos revelar o amor do Pai e do Filho e o conhecimento dos dois. Esse é o primeiro grande benefício de sermos amigos dessa Pessoa Divina e nos aproximarmos d'Ele.
"O Espírito Santo, pela sua graça, é o primeiro no despertar da nossa fé e na vida nova que consiste em conhecer o Pai e Aquele que Ele enviou Jesus Cristo" (CIC n. 684).
O Espírito Santo de Deus é o nosso mestre de vida de oração, Ele nos ensina a rezar como convém, isto é, a alcançar na oração a vontade de Deus, que alimenta e plenifica a nossa alma. “Da mesma forma, o Espírito vem em socorro de nossa fraqueza. Pois não sabemos o que pedir nem como pedir; é o próprio Espírito que intercede em nosso favor, com gemidos inefáveis” (Rom 8, 26).
"Ninguém conhece o que há em Deus, senão o Espírito de Deus” (I Cor 2, 11). Ora, o Espírito, que O revela, faz-nos conhecer Cristo, seu Verbo, sua Palavra viva; mas não Se diz a Si próprio. “Aquele que falou pelos profetas” faz-nos ouvir a Palavra do Pai. Mas a Ele, nós não O ouvimos. Não O conhecemos senão no movimento em que Ele nos revela o Verbo e nos dispõe a acolhê-Lo na fé" (Catecismo da Igreja Católica, n. 687).
Aproximar-nos desta Pessoa Divina e ser amigos d'Ele nos faz conhecer Sua Palavra e o Seu poder, só pelo Espírito Santo podemos dizer: Jesus Cristo é o Senhor. E pelo mesmo Espírito conhecer e experimentar o amor de Deus Pai.O primeiro grande fruto da amizade com o Espírito Santo é a experiência do amor de Deus e a salvação em Jesus Cristo, proclamando Seu senhorio. Ninguém será capaz de dizer: “Jesus é Senhor”, a não ser sob influência do Espírito Santo" (cf. I Cor 12,3b).
Ele nos purifica dos nossos pecados. Manda teu espírito, são criados, e assim renovas a face da terra (Sl 104, 30). Ilumina e abre a nossa inteligência: o Espírito Santo que o Pai enviará em meu nome, ele vos ensinará tudo (cf. Jo 14,26). O Espírito Santo nos ensina a ser dóceis e a obedecer aos mandamentos do Senhor: Porei em vós o meu espírito e farei com que andeis segundo minhas leis e cuideis de observar os meus preceitos (cf. Ez 36,27).Este Amigo Divino confirmará a esperança da vida eterna, pois Ele é o penhor da herança dada por Cristo Jesus: Nele acreditastes e recebestes a marca do Espírito Santo prometido, que é a garantia da nossa herança, até o resgate completo e definitivo, para louvor da sua glória (Ef 1, 13-14). Ele revela aos nossos corações que de Deus nós somos filhos, devolve a dignidade e a convivência perdida pelo pecado original: E a prova de que sois filhos é que Deus enviou aos nossos corações o Espírito do seu Filho, que clama: “Abbá, Pai!” (Gl 4,6).
Ele é o nosso conselheiro nas dúvidas e nos mostra qual a vontade de Deus: Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às Igrejas. 'Ao vencedor darei como prêmio comer da árvore da vida, que está no paraíso de Deus’ (Ap 2,7). Anima-nos e levanta-nos do abatimento: Deu-me o Senhor DEUS uma língua habilidosa para que aos desanimados eu saiba ajudar com uma palavra. Toda manhã ele desperta meus ouvidos para que, como bom discípulo, eu preste atenção (Is 50,4).
Ele é o nosso advogado contra o mundo, defensor contra o pecado e principalmente nos defende de nós mesmos quando não conhecemos os desígnios de Deus: E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará um outro Defensor, para que permaneça sempre convosco: o Espírito da Verdade, que o mundo não é capaz de receber, porque não o vê nem o conhece. Vós o conheceis, porque ele permanece junto de vós e estará dentro de vós (cf. Jo 14,16-17).Sendo amigos do Espírito Santo, recorrendo a Ele, pedindo o socorro do Seu auxílio, chegaremos à vontade do Pai, cuja missão é imprimir em nossa alma, em nossa vida a SANTIDADE: eleitos conforme a presciência de Deus Pai e pela a santificação do Espírito, para obedecerem a Jesus Cristo e serem aspergidos com o seu sangue (I São Pedro 1,2). Esta é a vontade de Deus: a vossa santificação (I Ts 4,3).Digo, pois: deixai-vos conduzir pelo Espírito, o fruto do Espírito é caridade, alegria, paz, paciência, afabilidade, bondade, fidelidade, brandura, temperança. Contra estas coisas não há lei (cf. Gl 5, 16. 22-23).Imagine ter um amigo tão virtuoso e cheio de santidade disposto a dividi-la com você. Comecemos agora a falar com Ele:
Vem, Espírito Criador!
Vinde, Espírito Criador, a nossa alma visitai e enchei os corações com vossos dons celestiais.

Vós sois chamado o Intercessor de Deus excelso dom sem par, a fonte viva, o fogo, o amor, a unção divina e salutar.

Sois o doador dos sete dons e sois poder na mão do Pai, por Ele prometido a nós, por nós seus feitos proclamai.

A nossa mente iluminai, os corações enchei de amor, nossa fraqueza encorajai, qual força eterna e protetor.

Nosso inimigo repeli, e concedei-nos a vossa paz, se pela graça nos guiais, o mal deixamos para trás.

Ao Pai e ao Filho Salvador, por vós possamos conhecer que procedeis do Seu amor, fazei-nos sempre firmes crer.

Amém!

Padre Luizinho - Comunidade Canção Nova

sexta-feira, 3 de junho de 2011

O mundo de dentro do jovem

Atualmente, os jovens de uma forma geral conhecem a Internet; sabem as músicas da parada de sucesso; as gírias do momento; as roupas que estão na moda; os artistas que estão em alta; e alguns poucos, ainda sabem acerca de cultura, política; dentre outros assuntos que permeiam as notícias mais em voga. Isso reflete a era da tecnologia, da modernidade, da rapidez, da competitividade; aspectos tão presentes no nosso cotidiano e que nos ordenam cada vez mais conhecimento atualizado e nos implicam em uma rotina de inúmeras exigências para sermos pessoas “ideais”; mas ideais segundo quem?

Infelizmente muitos jovens não sabem nem porque se submetem a certos imperativos do mercado; sejam no nível de atitudes ou de aquisição de bens de consumo; e o pior, não sabem nem distinguir suas verdadeiras preferências pessoais e se pedirmos para falarem de si ou dizerem quem são, não sabem responder ou dão respostas vazias. Os jovens se encontram tão imbuídos na realidade imposta; quer seja pela mídia, moda, sociedade capitalista; que lhes escapam o limiar entre o que originariamente são, acreditam e gostam; do que lhes é apresentado como bom, agradável, correto, e etc.

Ou seja, conhecem o mundo de fora, mas sabem muito pouco de si, não conhecem o mundo de dentro. É comum entre os jovens a dificuldade de expressão dos seus sentimentos, de dizerem o que se passa dentro deles. O dia ‘corre’ muito rápido, são muitos afazeres: escola, faculdade, família, reuniões, academia, televisão, computador; tudo isso faz com que não se tenha oportunidade para parar e encontrar as verdades existentes dentro de si; e a vida superficial é o caminho trilhado constantemente, o qual traduz uma resposta de uma vivência inautêntica. O reflexo disso são as pesquisas que demonstram a grande eclosão de casos de depressão, anorexia, bulimia, fobia, dentre outras patologias que acometem numerosa parcela da população mundial, inclusive entre os jovens.

As pessoas não “gastam” mais tempo com os outros, porque consideram ‘perca de tempo’. As relações interpessoais são hoje, na sua maioria, vazias e artificiais. Perde-se muito ao não conviver com as pessoas, e assim, poder revelar o grande mistério que é a vida do outro e a sua própria vida, que se expressa e se diz nos relacionamentos onde há caridade e doação de si, algumas dentre as características de uma amizade verdadeira. Considerando, que me conheço mais e contemplo a Deus no outro.

Quando tivermos a coragem de encontrar Aquele que habita em nós e a humildade de sempre buscá-lO na oração, muitos O encontrarão na nossa maneira de ser. Já diz o salmo bíblico: Alegre-se o coração dos que buscam o Senhor. (Sl 5, 3).

Fonte: http://www.comshalom.org

Amo e não sou correspondido… E agora?

No coração ninguém manda e muitos questionamentos surgem diante do sentimento, principalmente quando não temos nenhuma resposta de quem gostamos. Ficamos maquinando dentro de nós:
“Estou amando, porém, fulana (o) não está nem ai para mim…” E pensando até: “Não seria tudo mais fácil se ela (e) gostasse de mim? O que eu tenho de errado? Porque ela (e) não me vê?”
São perguntas que geralmente atormentam as pessoas que amam e não são correspondidas. E muitas vezes até pensamos em fazer algo que faça os olhos do outro mirarem em nós.
Quem nunca se imaginou salvando a vida da pessoa amada da frente de um carro ou algo parecido? Um ato heróico, uma cena de filme!
Quero lhe dizer algo: Você tem o dom de amar!
Fomos criados por amor e no amor, mesmo que esse amor nos traga sofrimento, incômodo, lágrimas nos olhos e outras coisas que, só quem passa sabe o que é. Você já passou por isso?
Você se pergunta “Porque Deus permitiu que eu a (o) conhecesse, me encantasse, me apaixonasse por aquela (e) BENDITA (O)?”
Na verdade Deus quer te dar um coração semelhante ao Dele, um coração dilatado para amar. Podemos até pensar que nada disso seja justo, mas a verdadeira justiça é o Amor!
Deus sempre vai querer equilibrar algo em nós, mesmo que Ele use a não correspondência para nos mostrar o que é real e o que é fictício. O que é de nossa imaginação e até o que foi criado em cima de nossos sentimentos.
Deus quer que vejamos com os seus olhos e sintamos com o seu coração dilatado pelo amor.
Termino com uma frase de Santa Tereza dos Andes:
“Os corações dos homens amam um dia e no outro são indiferentes.
Só Deus não muda.”

Fonte: Thiago Teodoro (Revolução Jesus)

E se não tem solução?

Vivemos na época da resposta pra tudo. Eu mesmo sou fã do tio Google e os mundos fantásticos que nos leva em um só clique. Já aprendi a fazer de tudo a partir do “digite aqui sua busca”! Mas, na real, e se não tiver solução?
Aí, saímos dos livros, dos sites, dos filmes e caímos na vida real: o lugar onde a mensagem “estoque indisponível para soluções” aparece com mais freqüência. Mas, beleza, é post, vou pular etapas e te dar logo a solução: tem coisas que não tem solução mesmo! Não, não to zoando.
A vida não é só matemática (com solução pros problemas), mas também geografia (onde os problemas nos levam), história (o que aprendemos com eles) e também filosofia (quem sou e como sou diante de algo sem solução!) Quanta gente se revela quando sai da matemática e vai pra filosofia… rsrssrs
Tudo bem que ficamos doidos rodando atrás da resposta, da (já até me cansei da palavra) SOLUÇÃO. Inquietação, falta de tranqüilidade, turbilhão buscando de novo a tranqüilidade das respostas prontas, das soluções fáceis, do #tudonosconformes. Só que tenho cá comigo que talvez na hora do “sem resposta” não seja hora de avançar, mas sim de produzir energia.
A turbina que gira freneticamente em torno de si mesma em busca da sua resposta, produz milhões de kilovats. Também a vela que queima e se consome em dúvidas e dilemas ilumina tudo ao seu redor se não está fechada em si mesma (sem oxigênio não rola) ou debaixo do sofá produzindo estrago ao invés de luz.
Dá um review aí e estacione a 5 anos atrás: Quais eram os dilemas e problemas sem solução que te consumiam? O que aconteceu com eles? Ops, mudança de pergunta, O que você deixou que eles fizessem com você? Gerou movimento, inovação, aperfeiçoamento, serviço? Ou te consumiu inutilmente? Se te consumiu inutilmente, já sei a resposta que você deu ali em cima quando perguntei quais eram os problemas de 5 anos atrás: – os mesmos de hoje!!!
E aí? Vai ir perdendo de 5 em 5 ou vai transformar o que não tem solução em impulso pra gerar coisas novas e melhores? Você realmente tem um eixo na sua vida como aquele que mantém a turbina fixa pra poder girar livremente? Um envolvimento de parafina que protege a vela e faz com que o pavio queime muito mais lentamente? Sem isso a turbina e a vela se desfazem…
Pra mim é isso que diz a Carta aos Romanos 8, 29 “Tudo concorre para o bem dos que amam a Deus“, estão falando de gente que tem seu eixo fixo no alto e sabe que sua proteção é um Amor que nunca acaba.
Tá explicado porque quando não tem mesmo solução, procuram Deus. É instintivo saber que quando não tem solução, só pode existir conversão.

Fonte:

Namoro na adolescência

A experiência de namoro, assim como os demais relacionamentos da adolescência, deve ser colocada dentro de um contexto mais amplo.Isto porque existe uma série de profundas mudanças que o adolescente começa a descobrir nessa fase e que, embora todas elas possam ser fascinantes e positivas, devem ocorrer dentro de um ritmo de normalidade e sem qualquer agressão ou violência sobre o seu processo de crescimento global, sob pena de graves e irremediáveis conseqüências.O adolescente, por óbvio que possa parecer, não é ainda um adulto. Não tem os seus sentimentos e as suas emoções sujeitos a um saudável e necessário controle, mas pelo contrário, exatamente por estar iniciando e descobrindo a sua trajetória de vida, é mais induzido a fantasias e impulsos que escapam da sua razão ou moderação.E nessas fantasias e impulsos entra, sem sombra de dúvida, um fator muito forte que é o afeto. Afeto do qual todos os seres humanos sentem a falta, em maior ou menor escala, em qualquer etapa de suas vidas, mas que pode e deve ser administrado segundo um critério de oportunidade e conveniência. Por exemplo, se falta afeto a um homem casado em determinado momento de sua vida, deve ele procurar compensação fora da vida conjugal? Não é o caso. Ele deve acolher aquela fase como uma oportunidade de crescimento pessoal e do próprio casamento, esforçando-se, a começar por ele mesmo, a gerar e desenvolver o afeto do qual sente a ausência.Situação semelhante é a da adolescência, ocasião em que a carga afetiva é ainda mais impetuosa e forte. Como administrá-la? Procurando, antes de mais nada, ter uma vida saudável, por exemplo com a prática de esportes que permitam descarregar a energia naturalmente existente. Ao mesmo tempo, desenvolvendo ao seu redor um clima de harmonia, solidariedade e amor para com todos e para com tudo, a começar pela natureza.Na verdade, atualmente os adolescentes — assim como todos os que vivemos em sociedade, independentemente de sexo, idade, raça, cor ou categoria — recebem uma violenta carga de permissividade vinda de todos os lados, que objetiva manipular as consciências e torná-las mais submissas a interesses escusos e lucrativos.A televisão é uma das grandes responsáveis pela banalização dos relacionamentos humanos, entre os quais o namoro. A moda, que deveria ser expressão de beleza e harmonia, se identifica com a ousadia e com os apelos sensuais, resultando na degradação sobretudo da mulher. Isso sem falar nas revistas e jornais, que circulam livremente. Os out-doors expostos a todo canto nada mais são que insinuações ao desenfreado e ilimitado prazer.O homem está em crise. Os relacionamentos sociais estão em crise. Entre eles, o coleguismo, a amizade, o casamento e o namoro não escapa.Por que isso, se hoje como nunca, os homens têm à sua disposição recursos, inimagináveis no passado, que poderiam contribuir largamente para a sua felicidade?É porque todos esses recursos externos, embora importantes alguns deles, não são essenciais para a vida feliz. A grande lacuna na vida do homem moderno é a falta do verdadeiro amor. E esta ausência gera conflitos interiores e sociais de graves conseqüências, bastando lembrar a onda de criminalidade entre jovens americanos, num país onde não faltam recursos materiais os mais sofisticados.Especificamente o namoro entre um e uma adolescente — embora reconhecendo toda a pressão que você mesmo menciona na pergunta —, com suas características particulares de troca de afeto, pode e deve ser substituído por uma amizade especial entre os dois. Amizade que não deve ser oprimida ou reprimida, mas respeitada e inserida numa maior abertura e participação na convivência com os pais e na vida normal e cotidiana da sociedade, nunca num fechamento obsessivo a dois. Amizade que pressupõe a arte do verdadeiro diálogo, maiores oportunidades de encontros, de convivência e de relacionamento, mas que é, sobretudo uma ocasião de grandes descobertas. Seja na vida pessoal, como na vida do outro. Estas descobertas devem ser respeitadas, acolhidas e jamais banalizadas. Devem ser objeto de construção da verdadeira personalidade que se desenvolve em cada um e nunca motivo de vulgarização ou de humilhação. O outro nunca é um ser descartável. Ele ou ela tem sentimentos… afetos… é um ser humano.Essa atitude prepara o adolescente para um discernimento maduro sobre a sua futura vocação, sendo a melhor preparação para um namoro sadio e enriquecedor — se for este o seu caminho —, em vista de um matrimônio com chances de ser duradouro e feliz.O namoro, quando chegado o momento, assim como toda experiência na vida tanto do adolescente como do adulto, pode e deve ser uma ocasião de crescimento e desenvolvimento de toda a potencialidade existente e muitas vezes adormecida. A atenção e o cuidado, no entanto, devem estar voltados para o desvirtuamento das propostas, circunstância hoje tão difundida na sociedade e da qual os adolescentes são talvez os primeiros a sentir o peso. A sugestão é não se deixar manipular por instrumentos e/ou pessoas que têm interesses na difusão de certa mentalidade permissiva, mas lutar e agir para que prevaleça o amor verdadeiro. Amar ao próximo como a si mesmo.


Fonte: Revista Cidade Nova

O carinho na adolescência

Durante o início da puberdade e na adolescência propriamente dita é muito comum que os jovens se afastem um pouco do carinho dos pais, ou por vergonha de parecerem crianças ou por que há muita malícia no mundo de hoje e isto acaba por confundir e inibir o jovem sobre o carinho saudável.Sobre a vergonha de parecerem infantis, basta que nós pais insistamos no contato com os filhos e filhas que mesmo já mocinhos merecem um beijo de encontro ou despedida e uma benção ao ir deitar. O jovem que não é acostumado a receber carinho terá dificuldades de transmiti-lo quando for necessário, aos seus filhos, ao seu esposo ou esposa e até mesmo a namorados e noivos.Sobre a malícia devemos nos deter um pouco mais...Quando a criança começa a entrar na puberdade o seu corpo começa a se transformar em um corpo de homem para os meninos e um corpo de mulher para as meninas.Devido a ação dos hormônios e do próprio desenvolvimento psicológico do jovem, a sua interação com o mundo exterior muda. O jovem que via as meninas como inimigas até pouco tempo atrás, começa a despertar interesse por elas, as jovens da mesma forma começam a se questionar se só as amiguinhas da escola merecem sua atenção.Infelizmente nesta fase onde há um despertar para o sexo, o jovem se depara com uma infinidade de malícias e desvios que acabam por confundi-lo. Por exemplo, a necessidade de só prestar atenção no corpo do outro jovem, ler revistas masculinas e atualmente até as revistas gay onde os homens aparecem nus; demonstrando desejo sexual até de forma grosseira; ou 'ficando' que é um costume dos jovens de hoje que em nada os ajuda a crescer.No namoro e mais tarde no noivado é normal que haja uma demonstração de carinho saudável, mesmo com beijos apaixonados bastante normais para esta fase. O que não deve haver é um desvio para as carícias, ou seja, o estímulo sexual do parceiro pois é muito difícil o controle após um certo nível de excitação. E como um jovem cristão deve manter a castidade, evitar as carícias é uma demonstração de amor e respeito para si e para o outro.

Fonte: soucatolico

Dunga - Nascer de novo é encontrar novamente o caminho de Deus


A juventude é o tempo do dever

Escrevo a vocês, jovens, porque são fortes: venceram o Maligno" (I João 2,13).
Estas palavras do apóstolo João demonstram que a Igreja, desde o início, teve uma atenção especial para com a juventude. Considerando-a, sempre, não como problema, mas como dom de Deus, conforme afirmou o Papa João Paulo II. Dom de Deus porque a juventude é um tempo concedido pelo Senhor como presente. É necessário, pois, não esbanjar esse dom e administrá-lo com responsabilidade a fim de que produza frutos para a vida do mundo e da própria Igreja. Mas, afinal de contas, o que é a juventude? Não é simplesmente aquela etapa da vida que corresponde a determinado número de anos.
A juventude é o tempo de procura de respostas para questões fundamentais: qual o sentido da vida? Que significa ser livre? No Evangelho, um jovem pergunta a Jesus: "Bom Mestre, o que devo fazer para possuir a vida eterna?"A juventude é também tempo da procura do amor, que consiste em se responsabilizar pelo outro, pelo respeito à sua dignidade, pelo seu crescimento como pessoa, pela sua felicidade. É o tempo em que o jovem procura construir um projeto concreto para a vida.
Enfim, a juventude é o tempo do dever, isto é, tempo em que a pessoa se percebe, de modo intenso, responsável por si mesma, pelo bem comum da sociedade e pelo futuro do mundo. Com muita propriedade, João Paulo II afirmou que os jovens são as sentinelas do amanhã.A Igreja está consciente de tantos perigos que hoje ameaçam, sobretudo, os jovens. Ela recorda às autoridades da Nação o dever que têm de sanar, com medidas eficazes e urgentes, os obstáculos que levam tantos jovens ao desânimo e à perda de esperança com relação ao futuro: analfabetismo, desemprego, falta de oportunidade de ingresso em escolas de boa qualidade, que os qualifiquem profissionalmente para enfrentar as exigências do mercado de trabalho.
Na mensagem que dirigiram à juventude, por ocasião da 44ª Assembléia Geral da CNBB, os Bispos renovam o compromisso de acolher os jovens e ajudá-los com novas metodologias na sua formação humana e cristã. Nossas dioceses, paróquias e comunidades se propõem a adotar instrumentos pastorais para que eles sejam não só destinatários, mas sujeitos da evangelização, sobretudo com relação ao mundo juvenil. A evangelização é resposta a uma busca, pois todas as pessoas, sobretudo os jovens, de modo misterioso, estão à procura de alguém que seja, de fato, Caminho, Verdade e Vida. Só Cristo é capaz de dar sentido profundo à nossa vida.
Para atingir este objetivo, a Igreja – inspirada nos ensinamentos do Papa Bento XVI em sua encíclica
Deus Caritas Est [em português: "Deus é amor"] – quer se esforçar para ser, cada vez mais, a Igreja da Caridade, fazendo do amor o centro de sua mensagem. Fazendo do amor o ponto de encontro entre ela e os jovens.


Fonte: Dom Benedito Beni