O Pai-Nosso deve sua principal excelência a seu Autor, que não foi um homem ou um anjo, mas o Rei dos Anjos e dos homens, Jesus Cristo. Era necessário, diz São Cipriano, que Aquele que nos vinha dar a vida da graça como Salvador, nos ensinasse a maneira de rezar como mestre celeste. A sabedoria desse divino Mestre aparece bem na ordem, na suavidade, na força e na clareza desta prece divina. Ela é curta, mas rica em instrução, inteligível pelos simples e repleta de mistérios para os sábios. O Pai-Nosso contém todos os nossos deveres para com Deus, os atos de todas as virtudes e a expressão de todas as nossas necessidades espirituais e corporais.Quando recitamos atentamente esta divina Oração, praticamos os atos das mais nobres virtudes cristãs. Ao dizer "Pai-Nosso que estais nos Céus", fazemos atos de fé, de adoração e de humildade. Desejando que "santificado seja o Vosso Nome" é glorificado, fazemos aparecer um zelo ardente pela glória d´Ele. Ao Lhe pedirmos "venha a nós o Vosso Reino", fazemos um ato de esperança. Desejando que "seja feita a vossa vontade assim na Terra como no Céu", mostramos um espírito de perfeita obediência. Rogando-lhe "o pão nosso de cada dia" praticamos a pobreza de espírito e o desapego dos bens da Terra. Suplicando-Lhe "perdoai as nossas ofensas", fazemos um ato de contrição. E perdoando "aqueles que nos tem ofendido", exercemos a misericórdia na sua mais alta perfeição. Pedindo-lhe "não nos deixei cari em tentação", fazemos atos de humildade, de prudência e de força. Esperando que Ele nos livre do mal, praticamos a paciência.Enfim, suplicando todas essas coisas, não somente para nós, mas também para nosso próximo e para os membros da Igreja, cumprimos o dever de verdadeiros filhos de Deus, imitando-O na sua caridade que abarca todos os homens. E se, ao recitarmos essa Prece, nosso coração se conformar com nossa língua, e não tivermos intenções contrárias ao sentido dessas divinas palavras, estaremos detestando todos os pecados e observando todos os Mandamentos da Lei de Deus.
sexta-feira, 14 de maio de 2010
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