Pesquisa da psicóloga Marilda Lipp, da Universidade Católica de Campinas, constatou que o medo de Deus é a principal causa de stress em crianças de 7 a 10 anos. Deus é um dos recursos utilizados pelos pais para coibir os filhos. "Não faça isso que Deus castiga."
O castigo é terrível: a maldição, o diabo, o fogo do inferno. O stress manifesta-se por dor de barriga, irritações na pele, taquicardia, insônia, perda de apetite. As crianças tendem ser adultos inseguros ou perfeccionistas.
Talvez por isso muitas crianças, ao atingirem a adolescência, não se interessem por religião. Há ainda uma outra razão: os pais se sentem cada vez mais despreparados e desmotivados para transmitir a seus filhos uma fé religiosa. Não se reza em família, não se freqüenta a Igreja, não se lê a Bíblia, nem se participa de movimentos pastorais.
O castigo é terrível: a maldição, o diabo, o fogo do inferno. O stress manifesta-se por dor de barriga, irritações na pele, taquicardia, insônia, perda de apetite. As crianças tendem ser adultos inseguros ou perfeccionistas.
Talvez por isso muitas crianças, ao atingirem a adolescência, não se interessem por religião. Há ainda uma outra razão: os pais se sentem cada vez mais despreparados e desmotivados para transmitir a seus filhos uma fé religiosa. Não se reza em família, não se freqüenta a Igreja, não se lê a Bíblia, nem se participa de movimentos pastorais.
No entanto, há nos jovens uma enorme fome de Deus. Muitos procuram saciá-la fora das Igrejas históricas. Vão em busca do Santo Daime, das tradições afro-brasileiras ou orientais. Lêem Paulo Coelho, acreditam em anjos e duendes, gostam das liturgias carismáticas. Porém, poucos chegam à consciência da experiência de Deus, à pratica regular da oração, ao engajamento que traduz a fé em compromisso com a justiça.
Em algumas escolas, a pastoral educacional inova nos métodos de evangelização. Nas aulas de ensino religioso, os alunos entram em contato com outras denominações religiosas, cristãs e não-cristãs, incluindo tradições afro-brasileiras, que são parte de nossas raízes nacionais: participam de manhãs de formação e de retiros espirituais aos fins de semana. A formação do corpo docente é aprimorada com cursos de teologia pastoral e retiros. Investe-se também na atualização religiosa dos pais e na preparação para a crisma dos alunos.
Para sensibilizar os jovens com valores evangélicos, ajudando-os a perder o ranço elitista; há escolas que mantém centros sociais em favelas, promovem cursos de artesanato em cortiços, visitas à APAE e estágios dos alunos em assentamentos de sem-terra. Uma delas promoveu a viagem de formatura do 3º colegial ao Vale do Jequitinhonha, com adesão voluntária de sessenta alunos que, durante um mês, dedicaram-se a serviços sociais naquela região paupérrima de Minas.
Nos tempos litúrgicos fortes, como Semana Santa e Natal, certas escolas mobilizam a comunidade escolar, de modo a aprofundar o significado da Páscoa e trocar Papai Noel por Jesus. Procura-se despertar no educando o interesse pela Bíblia, o gosto pela oração, o maior aos mais sofridos, a visão crítica diante de uma sociedade que exalta a competitividade, vulgariza a violência e, na sua impotência de amar, exibe o sexo como carne no açougue.
Impedir que as novas gerações leiam a Bíblia ao menos uma vez na vida e que tenham uma formação qualificada sobre o que é cristianismo, judaísmo, islamismo, budismo, esoterismo, etc., é alimentar essa postura tão em voga de pessoas pretensamente adultas nos campos científico e técnico e que, no entanto, recorrem ao tarô, à quiromancia e a outros recursos esotéricos quando se trata de decisões importantes de suas vidas. De certo modo, é também a ignorância religiosa que abre espaço ao fundamentalismo e ao fanatismo, com seus desastrosos efeitos políticos, como o messianismo o determinismo histórico e o culto da personalidade.
Em algumas escolas, a pastoral educacional inova nos métodos de evangelização. Nas aulas de ensino religioso, os alunos entram em contato com outras denominações religiosas, cristãs e não-cristãs, incluindo tradições afro-brasileiras, que são parte de nossas raízes nacionais: participam de manhãs de formação e de retiros espirituais aos fins de semana. A formação do corpo docente é aprimorada com cursos de teologia pastoral e retiros. Investe-se também na atualização religiosa dos pais e na preparação para a crisma dos alunos.
Para sensibilizar os jovens com valores evangélicos, ajudando-os a perder o ranço elitista; há escolas que mantém centros sociais em favelas, promovem cursos de artesanato em cortiços, visitas à APAE e estágios dos alunos em assentamentos de sem-terra. Uma delas promoveu a viagem de formatura do 3º colegial ao Vale do Jequitinhonha, com adesão voluntária de sessenta alunos que, durante um mês, dedicaram-se a serviços sociais naquela região paupérrima de Minas.
Nos tempos litúrgicos fortes, como Semana Santa e Natal, certas escolas mobilizam a comunidade escolar, de modo a aprofundar o significado da Páscoa e trocar Papai Noel por Jesus. Procura-se despertar no educando o interesse pela Bíblia, o gosto pela oração, o maior aos mais sofridos, a visão crítica diante de uma sociedade que exalta a competitividade, vulgariza a violência e, na sua impotência de amar, exibe o sexo como carne no açougue.
Impedir que as novas gerações leiam a Bíblia ao menos uma vez na vida e que tenham uma formação qualificada sobre o que é cristianismo, judaísmo, islamismo, budismo, esoterismo, etc., é alimentar essa postura tão em voga de pessoas pretensamente adultas nos campos científico e técnico e que, no entanto, recorrem ao tarô, à quiromancia e a outros recursos esotéricos quando se trata de decisões importantes de suas vidas. De certo modo, é também a ignorância religiosa que abre espaço ao fundamentalismo e ao fanatismo, com seus desastrosos efeitos políticos, como o messianismo o determinismo histórico e o culto da personalidade.
Todo ser humano tem fome de transcendência. Se não encontra resposta na família ou na escola, na Igreja ou na sociedade, ele busca preencher o vazio na ostentação do que possui, no álcool ou na droga. Introduzir a formação religiosa nas famílias e o ensino das religiões nas escolas é dever de quem se propõe a formar cidadãos livres e conscientes. Mesmo porque, se a escola não instrui e família não ensina, a mídia se encarrega de dar a sua versão, pois não há enlatado Norte-americano que com seus rambos e justiceiros deixe de ensinar, a seu modo, o que é bem e mal, justo e injusto, quem merece prêmio ou castigo. E, nesse caso, fora das leis do mercado não há salvação.
Se os jovens aprendessem que Deus é o Amor que habita em seus corações, e não um juiz vingador, muitos não precisariam recorrer à fuga onírica das drogas e, na idade adulta, não ensinariam a seus filhos que fidelidade e sujeição são sinônimos. A lei seria superada pela justiça e a disciplina pelo afeto. Se, além das fórmulas, soubessem rezar e meditar a presença inefável do Espírito em seus espíritos, cresceriam livres e felizes como aqueles que descobrem que "Ele não está longe de cada um de nós, pois Nele vivemos, nos movemos e existimos" (Atos dos Apóstolos 17,27-28).
Se os jovens aprendessem que Deus é o Amor que habita em seus corações, e não um juiz vingador, muitos não precisariam recorrer à fuga onírica das drogas e, na idade adulta, não ensinariam a seus filhos que fidelidade e sujeição são sinônimos. A lei seria superada pela justiça e a disciplina pelo afeto. Se, além das fórmulas, soubessem rezar e meditar a presença inefável do Espírito em seus espíritos, cresceriam livres e felizes como aqueles que descobrem que "Ele não está longe de cada um de nós, pois Nele vivemos, nos movemos e existimos" (Atos dos Apóstolos 17,27-28).
Frei Betto
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