sábado, 1 de maio de 2010

Seu trabalho é um peso ou uma diversão?

É próprio da natureza humana a busca da felicidade. Tudo o que fazemos ou deixamos de fazer, é na verdade, por influência desta busca. Até o fato de amarmos a Deus e lutarmos para permanecermos fieis aos Seus ensinamentos, é porque, conscientes ou inconscientes, queremos como recompensa a felicidade.
Existem várias fontes de felicidade, umas puras, outras corrompidas; nas fontes puras, uma me atrai mais: O trabalho! Diz um provérbio conhecido que, “A ociosidade é mãe de todos os vícios.” E para vencer a ociosidade, mãos a obra!
Geralmente experimentamos momentos de verdadeira felicidade e realização pessoal no trabalho que realizamos, é bom que seja assim. Para percebermos a importância deste bem em nossa vida, basta lembrarmos dos tempos de pouco, ou nenhum trabalho, quando estávamos entregues “ao vento”, sem metas a cumprir. É certo que nossos pensamentos eram improdutivos ou até nocivos. Aqueles que conviveram conosco, acabaram sofrendo por nossa causa; sem querer éramos um peso para eles e para nós. Diz o Padre Kentenich em um de seus escritos que, “A sociedade humana sente-se muito mais feliz, satisfeita e ao mesmo tempo útil e realizada com o excesso de trabalho do que a falta dele.”
A obra de arte neste caso, é alternar com prudência e descontração, o trabalho e o descanso. Passamos em geral, a maior parte de nosso tempo envolvidos no trabalho, nada melhor que fazermos as pazes com ele e encará-lo como fonte segura de felicidade e realização pessoal.
Lembro-me de um fato que vivi certa vez: Estava fazendo um Programa na Rádio Canção Nova onde trabalho e um Padre, vindo nos visitar, ficou um tempo me observando trabalhar, sem dizer nada. Mantinha seu olhar sereno, como quem esconde uma sabedoria purificada ao longo dos anos... Quando terminei o Programa que estava apresentando e, pude afinal dar-lhe um pouco mais de atenção, ele me perguntou:
- Você gosta do que faz não é? Eu falei com um sorriso largo:
- Sim Padre, gosto muito! Ao que ele retrucou: - Você não trabalha então!
Eu, desapontada, tentava entender, quando ele tranqüilamente explicou-me que, quem faz o que gosta, não trabalha, se diverte o tempo todo.
Tenho compreendido que esta tal felicidade no trabalho, é uma questão de harmonia amorosa. Concordo quando o Pe. Kentenich diz:
“O Verdadeiro amor a Deus deve despertar sempre mais, o nosso amor à profissão e às pessoas; e o amor ao trabalho e ao próximo, por sua vez, deve ser expressão e meio para o amor a Deus”.
Que o Senhor nos conceda a graça de amar na medida certa, aquilo que fazemos e, fazermos tudo com amor, certos de que a recompensa vem sempre de Deus.

Dijanira Silva Missionária da Comunidade Canção Nova, em Fátima, Portugal

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