Não podemos esconder ou disfarçar que, em toda a história da humanidade, a Igreja tem sido perseguida. Um exemplo disso é a prefiguração do livro do Apocalipse de São João: “O dragão colocou-se diante da mulher que estava para dar à luz, a fim de lhe devorar o filho, tão logo nascesse” (12,4).O dragão, figura do demônio, significava para a Igreja a pessoa do imperador romano que queria destruir a comunidade primitiva. Hoje, essa realidade não mudou; este dragão constantemente persegue esta mulher, que é a Igreja, para destruí-la e levar as pessoas ao descrédito.Muitos sinais falam destes ataques. Na televisão, quase 90% dos programas que passam pregam uma cultura anticristã (a propagação do divórcio, uma liberdade interpretada como liberalismo, etc.). Chegamos ao ponto até de escutar afirmações de que cada pessoa pode escolher ser aquilo que quer, por exemplo, ser mulher, ser homem, ser ambas as realidades, tudo é lícito, o mais importante é a felicidade da pessoa. Outro ataque visível é contra a família; hoje se fala de vários tipos de uniões (tudo para atacar à família cristã), porém, sabemos que a única união lícita é a estabelecida por Deus no sacramento do matrimônio. Um exemplo daquilo ao qual estou me referindo é o propósito de realizar - apoiada por várias entidades “Paradas da diversidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais)”. Este dragão tenta de todas as formas confundir as pessoas, destruir no interior das mesmas essa imagem de Deus; por isso temos a missão, como cristãos, de lutar contra estes enganos. Não basta ver tanta promiscuidade sendo propagada? Tantos jovens no engano das drogas? Tantas crianças jogadas nas ruas à mercê da destruição? E ainda nos deparamos com que tipo de diversidade? Será que esse tipo de manifestação de diversidade traz algum beneficio para nossa comunidade? Será que um pai se alegra em ver seu filho querer ser mulher? Será que não está na hora de nos perguntarmos o porquê desta aberração que está confundindo o mundo?A resposta é clara: o mundo sem Deus entra numa confusão que não tem fim. O amanhã que estão preparando para nossa sociedade é uma realidade sem Deus, sem princípios, sem valores que levam às pessoas a viverem sem dignidade.São Paulo na carta aos Coríntios afirma: “Vos escrevi esta carta, para que não tivésseis relações com devassos” (I Cor 5,9).Tudo isso que estamos vendo acontecer nos nossos dias é muito antigo. O cristão é chamado a combater contra este dragão que quer colocar no nosso interior o engano de pensar que tudo é bom, que temos que acatar tudo, que não podemos ser intolerantes...; mas a Comunidade primitiva, os primeiros cristãos, venceu o dragão propagando uma “cultura da vida” que significava rejeitar todas essas ideologias pregando às pessoas uma realidade nova querida por Deus. Como diz Paulo: “Mortificai, pois, os vossos membros terrenos: fornicação, impureza, paixão, desejos maus, e a cupidez..., essas coisas provocam a ira de Deus sobre os desobedientes. Assim também andastes vós quando viveis entre eles. Mas agora abandonai tudo isto: ira, indecência...; para vos revestirdes do homem novo que nasce da imagem de Cristo” (Cl 3,5ss). Somente Ele venceu a morte, o pecado e o demônio.Alguém poderia perguntar: Mas Deus não ama a todos? A resposta é sim, mas espera que deixemos estas práticas abomináveis e vivamos como filhos verdadeiros, criados a sua imagem e semelhança. Deus criou homem e mulher e não criou outros tipos de realidades que levam as pessoas à morte, à destruição do “ser”.
Pe. Alessander C. Capalbo
Pe. Alessander C. Capalbo
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