terça-feira, 31 de agosto de 2010
Deus é um Pai que nos educa
Deus é nosso Pai, mas não é paternalista, isto é, Ele nos corrige quando é necessário a fim de chegarmos à perfeição que deseja para nós. A Carta aos Hebreus explica isso muito bem:
"Filho meu, não desprezes a correção do Senhor. Não desanimes, quando repreendido por ele; pois o Senhor corrige a quem ama e castiga todo aquele que reconhece por seu filho (Pr 3,18)" (Hb 12, 5-6).
"Estais sendo provados para a vossa correção: e Deus que vos traia como filhos [...] se permanecêsseis sem a correção que é comum a todos, serieis bastardos e não filhos legítimos" (Hb 12,7-8).
Quer dizer, aos olhos da fé, as provações desta vida são usadas como parte da pedagogia paterna de
Deus em relação a nós, Seus filhos. "Feliz o homem a quem ensinais, Senhor" (Sl 93,12). "Bem-aventurado o homem a quem Deus corrige!" (Jó 5,17).
E o apóstolo foi fundo nessa questão: "Deus nos educa para o aproveitamento, a fim de nos comunicar a Sua santidade" (Hb 12,10).
Pelas provações, o Senhor quer fazer-nos santos. É por isso que a provação é penosa para nós. Mas, disse o apóstolo: "É verdade que toda correção parece, de momento, antes motivo de pesar que de alegria. Mais tarde, porém, granjeia aos que por ela se exercitaram o melhor fruto de justiça e de paz" (Hb 12,11).
Esta é a recompensa da educação paterna de Deus: paz, justiça e santidade. E São Paulo nos alerta dizendo: "Tenho para mim que os sofrimentos da presente vida não têm proporção alguma com a glória futura que nos deve ser manifestada" (Rm 8,18). Portanto, não nos assustemos com o sofrimento de cada dia. É por isso que Jesus nos disse: "Tome cada dia a sua cruz, e siga-me" (Lc 9,23).
Há "ervas daninhas" em nossa alma que podem matá-la. Deus Pai não pode permitir isso, muitas vezes, Ele tem até de "cortar um galho da árvore" para não permitir que a "erva má" tome conta da "planta" e a mate. O Senhor faz isso conosco também, porque nos ama. Ou será que você que é pai e mãe nunca levou um filhinho para tomar uma dolorosa injeção? Você duvida que o fez por amor? A mesmíssima coisa o Todo-poderoso faz conosco; algumas vezes, Ele nos leva para tomar uma dolorosa e curativa “injeção”.
Não reclame, agradeça, porque você não é mais criança! Diga como Santo Agostinho: "Corta Médico divino, corta fundo, desde que minha alma não morra!"
O Criador nos ama e por isso nos educa por meio das provações da vida, as quais, segundo São Tiago, produzem em nós "uma obra perfeita" (cf. Tg 1,4). Assim o Senhor destrói em nós os ídolos que querem tomar o Seu lugar em nosso coração, o qual pertence a Ele. Ele age dessa forma conosco porque somos filhos legítimos d'Ele e não bastardos.
Quanto mais temporais e tempestades o carvalho enfrenta, tanto mais forte ele fica! Suas raízes naturalmente se aprofundam mais na terra e seu caule se torna mais robusto, sendo impossível uma tempestade arrancá-lo do solo ou derrubá-lo!
O padre Leonel França diz que "quem se decidiu a sofrer resolveu o problema de sua santificação". Para nos educar e quebrar em nós os ídolos falsos e os maus impulsos, o Todo-poderoso sabe usar as provações da vida. Depois que o pecado entrou no mundo, os sofrimentos desta vida fazem parte da pedagogia paterna de Deus para nos salvar.
O salmista entendia isso: "Feliz o homem a quem ensinais, Senhor" (Sl 93,12a). Muitas vezes, o Senhor entra em uma vida por meio de um reumatismo, de uma cegueira, de uma pneumonia, um câncer, uma perna amputada... Nada disso é bom e deve ser evitado, mas Deus Pai sabe usar desses males para o nosso bem.
Musset afirma que "o homem é o aprendiz; a dor, o mestre, e nada se conhece bem quando não se sofreu".
Felipe Aquino
"Filho meu, não desprezes a correção do Senhor. Não desanimes, quando repreendido por ele; pois o Senhor corrige a quem ama e castiga todo aquele que reconhece por seu filho (Pr 3,18)" (Hb 12, 5-6).
"Estais sendo provados para a vossa correção: e Deus que vos traia como filhos [...] se permanecêsseis sem a correção que é comum a todos, serieis bastardos e não filhos legítimos" (Hb 12,7-8).
Quer dizer, aos olhos da fé, as provações desta vida são usadas como parte da pedagogia paterna de
Deus em relação a nós, Seus filhos. "Feliz o homem a quem ensinais, Senhor" (Sl 93,12). "Bem-aventurado o homem a quem Deus corrige!" (Jó 5,17).
E o apóstolo foi fundo nessa questão: "Deus nos educa para o aproveitamento, a fim de nos comunicar a Sua santidade" (Hb 12,10).
Pelas provações, o Senhor quer fazer-nos santos. É por isso que a provação é penosa para nós. Mas, disse o apóstolo: "É verdade que toda correção parece, de momento, antes motivo de pesar que de alegria. Mais tarde, porém, granjeia aos que por ela se exercitaram o melhor fruto de justiça e de paz" (Hb 12,11).
Esta é a recompensa da educação paterna de Deus: paz, justiça e santidade. E São Paulo nos alerta dizendo: "Tenho para mim que os sofrimentos da presente vida não têm proporção alguma com a glória futura que nos deve ser manifestada" (Rm 8,18). Portanto, não nos assustemos com o sofrimento de cada dia. É por isso que Jesus nos disse: "Tome cada dia a sua cruz, e siga-me" (Lc 9,23).
Há "ervas daninhas" em nossa alma que podem matá-la. Deus Pai não pode permitir isso, muitas vezes, Ele tem até de "cortar um galho da árvore" para não permitir que a "erva má" tome conta da "planta" e a mate. O Senhor faz isso conosco também, porque nos ama. Ou será que você que é pai e mãe nunca levou um filhinho para tomar uma dolorosa injeção? Você duvida que o fez por amor? A mesmíssima coisa o Todo-poderoso faz conosco; algumas vezes, Ele nos leva para tomar uma dolorosa e curativa “injeção”.
Não reclame, agradeça, porque você não é mais criança! Diga como Santo Agostinho: "Corta Médico divino, corta fundo, desde que minha alma não morra!"
O Criador nos ama e por isso nos educa por meio das provações da vida, as quais, segundo São Tiago, produzem em nós "uma obra perfeita" (cf. Tg 1,4). Assim o Senhor destrói em nós os ídolos que querem tomar o Seu lugar em nosso coração, o qual pertence a Ele. Ele age dessa forma conosco porque somos filhos legítimos d'Ele e não bastardos.
Quanto mais temporais e tempestades o carvalho enfrenta, tanto mais forte ele fica! Suas raízes naturalmente se aprofundam mais na terra e seu caule se torna mais robusto, sendo impossível uma tempestade arrancá-lo do solo ou derrubá-lo!
O padre Leonel França diz que "quem se decidiu a sofrer resolveu o problema de sua santificação". Para nos educar e quebrar em nós os ídolos falsos e os maus impulsos, o Todo-poderoso sabe usar as provações da vida. Depois que o pecado entrou no mundo, os sofrimentos desta vida fazem parte da pedagogia paterna de Deus para nos salvar.
O salmista entendia isso: "Feliz o homem a quem ensinais, Senhor" (Sl 93,12a). Muitas vezes, o Senhor entra em uma vida por meio de um reumatismo, de uma cegueira, de uma pneumonia, um câncer, uma perna amputada... Nada disso é bom e deve ser evitado, mas Deus Pai sabe usar desses males para o nosso bem.
Musset afirma que "o homem é o aprendiz; a dor, o mestre, e nada se conhece bem quando não se sofreu".
Felipe Aquino
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
SOU SEU ANJO
Eu estou ao seu lado e sou aquele que nunca desacredita dos seus sonhos.
Sou eu que às vezes altero seu itinerário, e até atraso seus horários para evitar acidentes ou encontros desagradáveis.
Sim, sou eu que falo ao seu ouvido aquelas "inspirações" que você acredita que acabou de ter como "grande idéia".
Sou eu quem te causa aqueles arrepios quando você se aproxima de lugares ou situações que vão te fazer mal.
E sou eu quem chora por você quando você com a sua teimosia insiste em fazer tudo ao contrário só para desafiaro mundo.
Quantas noites passei na cabeceira de sua cama velando por sua saúde, cuidando de sua febre e renovando suasenergias.
Quantos dias eu te segurei para que você não entrasse naquele ônibus, carro e até avião? Quantas ruas escuras eu te guiei em segurança?
Não sei, perdi a conta, e isso não importa.
O que realmente importa, e o que me deixa triste e preocupado, é quando você assume a postura de vítima do mundo, quando você não acredita na sua capacidade de resolver os problemas, quando você aceita as situações como insolúveis, quando você pára de "lutar" e simplesmente reclama de tudo e de todos, quando você desiste de ser feliz e culpa outra pessoa pela sua infelicidade, quando você deixa de sorrir e assume que não há motivos para rir, quando o mundoestá repleto de coisas maravilhosas, quando se esquece até de mim, seu anjo da guarda, aquele que Deus deu a honrade auxiliar nessa missão tão difícil que é viver e progredir.
Já que me deixaram falar diretamente com você, gostaria de te lembrar, que estou ao seu lado sempre, mesmo quandovocê acredita estar totalmente só e abandonado, até nesse momento eu estou segurando a sua mão, eu estou consolando seu coração, eu estou te olhando, e por te amar demais, fico triste com a sua tristeza, mas, como eu sei que você nasceu para brilhar, eu agradeço a Deus a oportunidade bendita de te conhecer e cuidar de você, porque você é realmente muito especial.
Seu anjo da guarda, que acredita em você.
Ore, Agradeça, Peça, ele está ai contigo te ouvindo:
"Santo Anjo do Senhor, Meu zeloso guardador, se a ti me confiou a piedade divina, me rege, me guarde, me governe,me ilumine. Amém!"
Padre Marcelo Rossi
Por que o padre não se casa?
Quando ouço alguém dizer ou mesmo me perguntar: “Por que padre não se casa?” Eu poderia repetir a pergunta de outro jeito: Por que você se casou ou por que você está solteiro? Por que você é professora ou advogado? Ou mãe de família? E assim por diante. Isso prova que toda vocação é um grande mistério entre Deus e o coração da pessoa por Ele convidada a abraçar um estado de vida. Não se esqueça que alguém pode ser feliz e realizado ou infeliz e triste pela escolha livre que fez. A vocação é assumida livremente e eu não fui obrigado a assumir o sacerdócio e o celibato.
O celibato não é uma castração nem uma proibição de casar ou outras coisas semelhantes. Celibato é uma entrega total e amorosa ao Reino de Deus e ao serviço do Seu povo. Neste estado de vida eu assumo e respondo livremente, pois a diferença não está tanto no exterior, mas está dentro de minha alma, foge de mim e de mim transborda.
Acredito que eu seja diferente somente pela escolha e pela consagração que Deus fez comigo, assim como você pode ser diferente naquilo que você é. Não posso negar: sou diferente de dentro para fora, sou consagrado, separado para ser todo de Deus, para ser todo das pessoas, da missão, da Igreja. O celibato não limita o meu amor, pelo contrário, alarga-o até o infinito; não me prende a ninguém, mas me deixa livre para todos. É um desafio, pois continuo exatamente como todo homem: com sentimentos, dificuldades e pecados também, mas eu abracei a escolha que fiz: “Estou no mundo, mas não sou do mundo, nem sou como todo o mundo”.
O nosso mundo precisa exatamente de mim assim diferente e talvez seja isso que incomode e ajude tanto as pessoas.
Você aceita ser diferente assumindo a vocação que abraçou?
Eu fui conquistado por amor e por amor continuo todos os dias deixando-me conquistar: “Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que escolhe a vós”. Vocação é um mistério que eu vou descobrindo todos os dias um pouco mais.
Peço a você a permissão de ter uma vocação diferente e nela ser realizado e feliz. Como existem casais, jovens, professores, domésticas, médicos felizes e realizados em sua vocação, eu sou feliz e realizado por ser sacerdote e celibatário. Que bom que todo o mundo não é igual e não tem a mesma vocação, a diferença enriquece a vida e o mundo.
Como sempre dizemos: “As diferenças não são barreiras, mas sim, riquezas”. O mais importante é ser coerente e verdadeiro na diferença que assumimos em nossa vida.
Parabéns por você ser diferente e feliz!
O que diz o Catecismo da Igreja Católica (CIC), número §1579: “Todos os ministros ordenados da Igreja latina, com exceção dos diáconos permanentes, normalmente são escolhidos entre os homens fiéis que vivem como celibatários e querem guardar o celibato "por causa do Reino dos Céus" (Mt 19,12). Chamados a consagrar-se com indiviso coração ao Senhor e a "cuidar das coisas do Senhor", entregam-se inteiramente a Deus e aos homens. O celibato é um sinal desta nova vida a serviço da qual o ministro da Igreja é consagrado; aceito com coração alegre, ele anuncia de modo radiante o Reino de Deus”.
CIC §1599: “Na Igreja latina, o sacramento da Ordem para o presbiterado normalmente é conferido apenas a candidatos que estão prontos a abraçar livremente o celibato e manifestam publicamente sua vontade de guardá-lo por amor do Reino de Deus e do serviço aos homens” (Cf. Catecismo da Igreja Católica, números 1579/1580).
O celibato não limita o meu amor, pelo contrário, alarga-o até o infinito, não me prende a ninguém, me deixa livre para todos.
Oração: Senhor da messe e pastor do rebanho, faz ressoar em nossos ouvidos o teu forte e suave convite: “Vem e segue-me"! Derrama sobre nós o teu Espírito, que Ele nos dê sabedoria para ver o caminho e a generosidade para seguir a tua voz. Senhor, que a messe não se perca por falta de operários. Desperta as nossas comunidades para a missão. Ensina a nossa vida a ser serviço. Fortalece os que querem dedicar-se ao Reino, na vida consagrada e religiosa.
Senhor, que o rebanho não pereça por falta de pastores. Sustenta a fidelidade dos nossos bispos, padres e ministros. Dá perseverança aos nossos seminaristas. Desperta o coração dos nossos jovens para o ministério pastoral na tua Igreja.
Senhor da messe e pastor do rebanho, chama-nos para o serviço do teu povo. Maria, Mãe da Igreja, modelo dos servidores do Evangelho, ajuda-nos a responder "sim". Amém
O celibato não é uma castração nem uma proibição de casar ou outras coisas semelhantes. Celibato é uma entrega total e amorosa ao Reino de Deus e ao serviço do Seu povo. Neste estado de vida eu assumo e respondo livremente, pois a diferença não está tanto no exterior, mas está dentro de minha alma, foge de mim e de mim transborda.
Acredito que eu seja diferente somente pela escolha e pela consagração que Deus fez comigo, assim como você pode ser diferente naquilo que você é. Não posso negar: sou diferente de dentro para fora, sou consagrado, separado para ser todo de Deus, para ser todo das pessoas, da missão, da Igreja. O celibato não limita o meu amor, pelo contrário, alarga-o até o infinito; não me prende a ninguém, mas me deixa livre para todos. É um desafio, pois continuo exatamente como todo homem: com sentimentos, dificuldades e pecados também, mas eu abracei a escolha que fiz: “Estou no mundo, mas não sou do mundo, nem sou como todo o mundo”.
O nosso mundo precisa exatamente de mim assim diferente e talvez seja isso que incomode e ajude tanto as pessoas.
Você aceita ser diferente assumindo a vocação que abraçou?
Eu fui conquistado por amor e por amor continuo todos os dias deixando-me conquistar: “Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que escolhe a vós”. Vocação é um mistério que eu vou descobrindo todos os dias um pouco mais.
Peço a você a permissão de ter uma vocação diferente e nela ser realizado e feliz. Como existem casais, jovens, professores, domésticas, médicos felizes e realizados em sua vocação, eu sou feliz e realizado por ser sacerdote e celibatário. Que bom que todo o mundo não é igual e não tem a mesma vocação, a diferença enriquece a vida e o mundo.
Como sempre dizemos: “As diferenças não são barreiras, mas sim, riquezas”. O mais importante é ser coerente e verdadeiro na diferença que assumimos em nossa vida.
Parabéns por você ser diferente e feliz!
O que diz o Catecismo da Igreja Católica (CIC), número §1579: “Todos os ministros ordenados da Igreja latina, com exceção dos diáconos permanentes, normalmente são escolhidos entre os homens fiéis que vivem como celibatários e querem guardar o celibato "por causa do Reino dos Céus" (Mt 19,12). Chamados a consagrar-se com indiviso coração ao Senhor e a "cuidar das coisas do Senhor", entregam-se inteiramente a Deus e aos homens. O celibato é um sinal desta nova vida a serviço da qual o ministro da Igreja é consagrado; aceito com coração alegre, ele anuncia de modo radiante o Reino de Deus”.
CIC §1599: “Na Igreja latina, o sacramento da Ordem para o presbiterado normalmente é conferido apenas a candidatos que estão prontos a abraçar livremente o celibato e manifestam publicamente sua vontade de guardá-lo por amor do Reino de Deus e do serviço aos homens” (Cf. Catecismo da Igreja Católica, números 1579/1580).
O celibato não limita o meu amor, pelo contrário, alarga-o até o infinito, não me prende a ninguém, me deixa livre para todos.
Oração: Senhor da messe e pastor do rebanho, faz ressoar em nossos ouvidos o teu forte e suave convite: “Vem e segue-me"! Derrama sobre nós o teu Espírito, que Ele nos dê sabedoria para ver o caminho e a generosidade para seguir a tua voz. Senhor, que a messe não se perca por falta de operários. Desperta as nossas comunidades para a missão. Ensina a nossa vida a ser serviço. Fortalece os que querem dedicar-se ao Reino, na vida consagrada e religiosa.
Senhor, que o rebanho não pereça por falta de pastores. Sustenta a fidelidade dos nossos bispos, padres e ministros. Dá perseverança aos nossos seminaristas. Desperta o coração dos nossos jovens para o ministério pastoral na tua Igreja.
Senhor da messe e pastor do rebanho, chama-nos para o serviço do teu povo. Maria, Mãe da Igreja, modelo dos servidores do Evangelho, ajuda-nos a responder "sim". Amém
Padre Luizinho - Com. Canção Nova
Bispo – origem e função
Vem-se notando na imprensa o hábito lamentável de designar com o título de “bispo” o pastor ou o líder de qualquer agrupamento religioso.
Reflitamos: se alguém colocar na porta de seu escritório ou de sua residência uma placa indicativa com seu nome e – sem o ser – acrescentar “médico”, “advogado”, “professor” ou outra profissão, você pode ser processado por falsidade profissional. Igualmente com o termo “bispo”. Daí a necessidade de se ter noção exata do que seja o uso correto do termo.
No início da pregação evangélica, os apóstolos de Cristo escolheram colaboradores que, após a sua morte, lhes sucedessem no governo das comunidades nascentes e na pregação da mensagem cristã. Inicialmente eram chamados de “sucessores dos apóstolos”, como nos informa Clemente Romano, no ano 96 da Era Cristã, na bela e conhecida “Carta à Igreja de Corinto”.
A missão desses sucessores era responsabilizar-se pelas comunidades que se formaram ao redor dos apóstolos, supervisionando a sua vida evangélica. Daí o verbo “episkopein” (supervisionar) do qual vem o substantivo “epískopos”: o que zela como guarda e protetor, por supervisionar o rebanho. Em latim “epíscopus” e, em português “bispo”, isto é: o que tem a nobre missão, – como autêntico sucessor dos apóstolos –, de se responsabilizar pela comunidade dos fiéis.
Hoje, quem escolhe e nomeia o bispo é o sucessor de São Pedro, o Papa. O eleito recebe a plenitude do sacramento da Ordem pela “keirotonia”, isto é: imposição das mãos de três outros bispos e pela unção e oração consecratória. Há, pois, uma corrente genealógica ascendente, que chega até um dos Doze Apóstolos, do qual o bispo atual é verdadeiro sucessor.
Não fica, por essa razão, difícil entender que essa função de suceder a um dos Doze Apóstolos, função de superintender o rebanho de Cristo – “episkopein” – não pode ser usurpada. O despreparo teológico (ou ousadia) chega até a usar o termo no feminino!
A autoridade do bispo, sucessor dos apóstolos, vem da palavra de Jesus aos Doze: “Todo poder me foi dado no céu e na terra. Ide pois: batizai e ensinai que observem o que lhes ensinei” (Mateus 28,19ss).
Triste saber que o termo que designa o poder espiritual de zelar pela Igreja, transmitido por Jesus Cristo aos Doze Apóstolos e, posteriormente aos sucessores, seja usurpado e vulgarizado, como vem acontecendo de algum tempo para cá. Esta explicação teológica da palavra “bispo” e sua função nos mostram que seu uso atual, para designar qualquer líder religioso, não é apropriado e correto.
Reflitamos: se alguém colocar na porta de seu escritório ou de sua residência uma placa indicativa com seu nome e – sem o ser – acrescentar “médico”, “advogado”, “professor” ou outra profissão, você pode ser processado por falsidade profissional. Igualmente com o termo “bispo”. Daí a necessidade de se ter noção exata do que seja o uso correto do termo.
No início da pregação evangélica, os apóstolos de Cristo escolheram colaboradores que, após a sua morte, lhes sucedessem no governo das comunidades nascentes e na pregação da mensagem cristã. Inicialmente eram chamados de “sucessores dos apóstolos”, como nos informa Clemente Romano, no ano 96 da Era Cristã, na bela e conhecida “Carta à Igreja de Corinto”.
A missão desses sucessores era responsabilizar-se pelas comunidades que se formaram ao redor dos apóstolos, supervisionando a sua vida evangélica. Daí o verbo “episkopein” (supervisionar) do qual vem o substantivo “epískopos”: o que zela como guarda e protetor, por supervisionar o rebanho. Em latim “epíscopus” e, em português “bispo”, isto é: o que tem a nobre missão, – como autêntico sucessor dos apóstolos –, de se responsabilizar pela comunidade dos fiéis.
Hoje, quem escolhe e nomeia o bispo é o sucessor de São Pedro, o Papa. O eleito recebe a plenitude do sacramento da Ordem pela “keirotonia”, isto é: imposição das mãos de três outros bispos e pela unção e oração consecratória. Há, pois, uma corrente genealógica ascendente, que chega até um dos Doze Apóstolos, do qual o bispo atual é verdadeiro sucessor.
Não fica, por essa razão, difícil entender que essa função de suceder a um dos Doze Apóstolos, função de superintender o rebanho de Cristo – “episkopein” – não pode ser usurpada. O despreparo teológico (ou ousadia) chega até a usar o termo no feminino!
A autoridade do bispo, sucessor dos apóstolos, vem da palavra de Jesus aos Doze: “Todo poder me foi dado no céu e na terra. Ide pois: batizai e ensinai que observem o que lhes ensinei” (Mateus 28,19ss).
Triste saber que o termo que designa o poder espiritual de zelar pela Igreja, transmitido por Jesus Cristo aos Doze Apóstolos e, posteriormente aos sucessores, seja usurpado e vulgarizado, como vem acontecendo de algum tempo para cá. Esta explicação teológica da palavra “bispo” e sua função nos mostram que seu uso atual, para designar qualquer líder religioso, não é apropriado e correto.
Fonte: CNBB
A lei do amor no matrimônio cristão
A ética do sacramento do matrimônio se fundamenta na lei do amor. Os cônjuges se casam para se dar um ao outro, para exercer a lei do amor incutida no coração de cada pessoa humana por Deus. Se o amor é o princípio de tudo, no relacionamento conjugal isso é plenificado pela possibilidade dessa doação de vida acontecer não somente pelo ato sexual, como também pela convivência harmoniosa, pela presença dos filhos, que deverão ser educados no amor. O problema ético principal do sacramento do matrimônio são os desvios provocados pelo esfriamento do amor, fruto do isolamento, da busca frenética pelo prazer sexual, tudo isso em meio às vicissitudes normais da vida, que a cada momento se tornam mais difíceis por conta de todas as dificuldades sociais e econômicas, assim como por todas as exigências que o mundo impõe sobre os casais e sobre todas as liberalidades apresentadas pela sociedade como alternativas “possíveis”, mas que acabam destruindo o amor.
Quando os casais estão em crise de amor, as outras questões éticas começam a aparecer, como que de uma semente má (o desamor) frutificasse ramos de infidelidade, adultério, divórcio, entre outros. O casal deveria ter consciência quanto à necessidade de um consentimento no matrimônio baseado num amor maduro, vivido a partir de um conhecimento mútuo, por meio do qual os namorados e noivos pudessem tocar nas realidades humanas totais dos seus parceiros e, mesmo assim, verificar que persiste o amor. Nós vemos hoje que, por qualquer dificuldade, os casais já pensam em se divorciar, em buscar outro relacionamento. Aqueles que estavam apaixonados acabam se frustrando mutuamente por não terem refletido mais profundamente sobre o ato que estariam assumindo diante de si mesmos e diante da Igreja, e da comunidade e da sociedade como um todo.
O Catecismo da Igreja Católica afirma que o consentimento é um ato humano pelo qual os cônjuges se doam e se recebem mutuamente. Será que existe consistência na maioria dos consentimentos dados nos matrimônios de hoje? Eu vejo que uma das principais fontes de problemas éticos no matrimônio é a falta de maturidade para o consentimento, o amor que está configurado nas aparências e naquilo que é humanamente compreendido. Todo amor vem de Deus, pois Deus é amor. Um matrimônio no qual o centro é a presença de Deus, para que os dois, embebidos nesse amor divino, coroem o seu amor humano pela graça do sacramento do matrimônio, terá a possibilidade de ser na sociedade um sinal da presença do Senhor no nosso meio.
Os casos em que não há mais soluções humanas possíveis, nos quais o divórcio poderia ser até recomendado, precisam ser encarados como exceções; a regra é que o amor prevaleça, que os matrimônios possam ser reconstruídos a partir do amor. Porque o amor se renova, se redescobre, "se reencanta". É nessa linha pastoral que eu acredito que possamos caminhar no sentido de ajustar os casos que parecem insolúveis.
Nós ficamos muito tempo discutindo sobre o divórcio, eu vejo que precisamos ensinar os nossos filhos a amar de verdade e a melhor forma para alcançar essa graça é sendo testemunho do amor de Deus, um amor que reconstrói e está sempre disposto a recomeçar.
Quando os casais estão em crise de amor, as outras questões éticas começam a aparecer, como que de uma semente má (o desamor) frutificasse ramos de infidelidade, adultério, divórcio, entre outros. O casal deveria ter consciência quanto à necessidade de um consentimento no matrimônio baseado num amor maduro, vivido a partir de um conhecimento mútuo, por meio do qual os namorados e noivos pudessem tocar nas realidades humanas totais dos seus parceiros e, mesmo assim, verificar que persiste o amor. Nós vemos hoje que, por qualquer dificuldade, os casais já pensam em se divorciar, em buscar outro relacionamento. Aqueles que estavam apaixonados acabam se frustrando mutuamente por não terem refletido mais profundamente sobre o ato que estariam assumindo diante de si mesmos e diante da Igreja, e da comunidade e da sociedade como um todo.
O Catecismo da Igreja Católica afirma que o consentimento é um ato humano pelo qual os cônjuges se doam e se recebem mutuamente. Será que existe consistência na maioria dos consentimentos dados nos matrimônios de hoje? Eu vejo que uma das principais fontes de problemas éticos no matrimônio é a falta de maturidade para o consentimento, o amor que está configurado nas aparências e naquilo que é humanamente compreendido. Todo amor vem de Deus, pois Deus é amor. Um matrimônio no qual o centro é a presença de Deus, para que os dois, embebidos nesse amor divino, coroem o seu amor humano pela graça do sacramento do matrimônio, terá a possibilidade de ser na sociedade um sinal da presença do Senhor no nosso meio.
Os casos em que não há mais soluções humanas possíveis, nos quais o divórcio poderia ser até recomendado, precisam ser encarados como exceções; a regra é que o amor prevaleça, que os matrimônios possam ser reconstruídos a partir do amor. Porque o amor se renova, se redescobre, "se reencanta". É nessa linha pastoral que eu acredito que possamos caminhar no sentido de ajustar os casos que parecem insolúveis.
Nós ficamos muito tempo discutindo sobre o divórcio, eu vejo que precisamos ensinar os nossos filhos a amar de verdade e a melhor forma para alcançar essa graça é sendo testemunho do amor de Deus, um amor que reconstrói e está sempre disposto a recomeçar.
Diácono Paulo
Dominar-se para, de fato, amar
O relacionamento de duas pessoas, sejam amigos, namorados ou casados, tem a sua base no amor mútuo, que une os dois e os faz crescer. Sem isso, qualquer relacionamento cai no vazio. Amar é construir o outro, fazê-lo feliz e fazê-lo crescer como pessoa. Mas, para isso acontecer, é preciso possuir-se; ser senhor de si mesmo; porque para amar alguém é preciso saber renunciar-se. E só pode renunciar-se a si mesmo quem aprendeu a se dominar.
As pessoas transformam o amor em egoísmo, porque não têm o domínio de si mesmas, por isso não conseguem amar verdadeiramente.
A grande crise do homem moderno é que ele dominou o macrocosmo das estrelas e o microcosmo das bactérias e dos átomos, mas perdeu o domínio de si mesmo; por isso não consegue amar realmente; continua muito egoísta.
Para que você possa amar de verdade, como Deus quer, é preciso que você caminhe "de pé", isto é, respeitando a primazia dos valores: em cima, o espírito; abaixo o racional e mais abaixo o físico. Assim você terá o controle e o comando dos seus atos e de sua vida. Se o seu corpo dominar o seu espírito, então você caminhará de cabeça para baixo.
Se você não se dominar diante da força dos instintos e das paixões, então, você se arrastará e não será capaz de amar.
Você também pode deixar de caminhar de pé se a sensibilidade comandar os seus atos, e não o espírito e a razão. É claro que a sensibilidade é importantíssima; ela nos diferencia dos animais, mas não pode ser a imperatriz dos nossos atos. Não podemos ser conduzidos apenas pelo "sentir".
Se for assim, você pode achar que uma pessoa está certa apenas porque lhe é simpática, ou muito amiga e não porque, de fato, ela tem razão.
A sensibilidade está comandando a sua vida quando você troca o sonho pela realidade, quando não se aceita a si mesmo como você é; entre outros. Para caminhar de pé é precioso que o seu espírito, fortalecido pelo Espírito Santo, comande a sensibilidade e o corpo.
A sensibilidade é bela, é ela que o faz chorar diante da dor e do sofrimento do outro, mas ela precisa ser controlada pelo espírito.
Um cavalo fogoso pode levá-lo muito longe se você tiver firme as suas rédeas; mas pode jogá-lo ao chão se não for dominado.
Por essa razão, para amar é preciso possuir-se e, para isso ocorrer, é preciso exercitar o amor. Jesus foi o que amou da melhor forma, porque tinha o domínio perfeito de si mesmo. Nunca o egoísmo falou mais alto do que o amor dentro d'Ele. Assim também foram os santos. Mas tem uma coisa que você precisa saber: Só por nossas próprias forças não poderemos caminhar de pé. Cristo nos avisou que "o espírito é forte, mas a carne é fraca". Portanto, você precisa da força de Deus para suportar a sua natureza enfraquecida pelo pecado original.
A pessoa que caminha de pé sabe pensar independentemente da opinião pública e da propaganda, sabe ser calma, tranquila e paciente, não se agita nem se desespera; não grita nem bate, vive com simplicidade e tem o pé no chão. Assim como, não despreza ninguém, sabe valorizar a todos, não é vaidosa e arrogante e não precisa de aplausos para ser feliz. E está sempre pronta para aprender e para ensinar, sabe aceitar a opinião dos outros quando esta é melhor que a sua, cultiva a verdade, tem mente de homem e coração de menino, conhece-se a si mesma como é e ama a Deus. Enfim, a pessoa de pé é a pessoa madura que aprendeu a se dominar para poder, de fato, amar.
Felipe Aquino
As pessoas transformam o amor em egoísmo, porque não têm o domínio de si mesmas, por isso não conseguem amar verdadeiramente.
A grande crise do homem moderno é que ele dominou o macrocosmo das estrelas e o microcosmo das bactérias e dos átomos, mas perdeu o domínio de si mesmo; por isso não consegue amar realmente; continua muito egoísta.
Para que você possa amar de verdade, como Deus quer, é preciso que você caminhe "de pé", isto é, respeitando a primazia dos valores: em cima, o espírito; abaixo o racional e mais abaixo o físico. Assim você terá o controle e o comando dos seus atos e de sua vida. Se o seu corpo dominar o seu espírito, então você caminhará de cabeça para baixo.
Se você não se dominar diante da força dos instintos e das paixões, então, você se arrastará e não será capaz de amar.
Você também pode deixar de caminhar de pé se a sensibilidade comandar os seus atos, e não o espírito e a razão. É claro que a sensibilidade é importantíssima; ela nos diferencia dos animais, mas não pode ser a imperatriz dos nossos atos. Não podemos ser conduzidos apenas pelo "sentir".
Se for assim, você pode achar que uma pessoa está certa apenas porque lhe é simpática, ou muito amiga e não porque, de fato, ela tem razão.
A sensibilidade está comandando a sua vida quando você troca o sonho pela realidade, quando não se aceita a si mesmo como você é; entre outros. Para caminhar de pé é precioso que o seu espírito, fortalecido pelo Espírito Santo, comande a sensibilidade e o corpo.
A sensibilidade é bela, é ela que o faz chorar diante da dor e do sofrimento do outro, mas ela precisa ser controlada pelo espírito.
Um cavalo fogoso pode levá-lo muito longe se você tiver firme as suas rédeas; mas pode jogá-lo ao chão se não for dominado.
Por essa razão, para amar é preciso possuir-se e, para isso ocorrer, é preciso exercitar o amor. Jesus foi o que amou da melhor forma, porque tinha o domínio perfeito de si mesmo. Nunca o egoísmo falou mais alto do que o amor dentro d'Ele. Assim também foram os santos. Mas tem uma coisa que você precisa saber: Só por nossas próprias forças não poderemos caminhar de pé. Cristo nos avisou que "o espírito é forte, mas a carne é fraca". Portanto, você precisa da força de Deus para suportar a sua natureza enfraquecida pelo pecado original.
A pessoa que caminha de pé sabe pensar independentemente da opinião pública e da propaganda, sabe ser calma, tranquila e paciente, não se agita nem se desespera; não grita nem bate, vive com simplicidade e tem o pé no chão. Assim como, não despreza ninguém, sabe valorizar a todos, não é vaidosa e arrogante e não precisa de aplausos para ser feliz. E está sempre pronta para aprender e para ensinar, sabe aceitar a opinião dos outros quando esta é melhor que a sua, cultiva a verdade, tem mente de homem e coração de menino, conhece-se a si mesma como é e ama a Deus. Enfim, a pessoa de pé é a pessoa madura que aprendeu a se dominar para poder, de fato, amar.
Felipe Aquino
domingo, 29 de agosto de 2010
Juventude não foi feita para o prazer, mas para o desafio
O filósofo francês, católico, Paul Claudel, disse certa vez que : “a juventude não foi feita para o prazer, mas para o desafio”. Que frase linda! De fato, o que engrandece a vida de um jovem é ele ter um ideal na vida e saber enfrentar os desafios para realizá´lo.Se você quer um dia construir uma família sólida, um casamento estável e uma felicidade duradoura, então precisa plantar hoje, para colher amanhã. Ninguém colhe se não semear. Na carta aos gálatas, São Paulo diz: “De Deus não se zomba. O que o homem semeia, isto mesmo colherá.”(Gl 6,7)No início da minha adolescência, foi me colocado nas mãos, um grande livro, chamado O Brilho da Castidade, de Monsenhor Tiamer Toth. Nos meus 13 anos eu li aquelas páginas e me encontrei com a grandeza dessa bela virtude. E o que mais me atraía para ela era exatamente o “desafio que representava” para um jovem, que começa a viver nesta fase, o fogo das paixões. Não me esqueço daquela frase do Monsenhor, que dizia: “Se eu tivesse que dar uma medalha de ouro a um general que ganhou uma guerra, ou para um jovem que vive a castidade, eu a daria para esse último”.Eu disse, para mim mesmo: ´eu quero esta Medalha!´ A tal ponto fiquei entusiasmado com a beleza e o desafio da castidade, que tomei a decisão de vivê´la; isto é, ter vida sexual apenas no casamento; “nem antes dele e nem fora dele”. E não me arrependo, pelo contrário! Sou grato aos que me ensinaram a vivê´la.Depois de mais de trinta anos, hoje casado e com cinco filhos, vejo o quanto aquela decisão foi importante na minha vida. Nos Encontros de casais e de família, por este Brasil a fora, não me canso de repetir o quanto isto foi fundamental para a felicidade do meu casamento, do meu lar e dos meus filhos. Entre as muitas vantagens que o livro apontava, ressaltava a importância do “auto-domínio” sobre as paixões e más inclinações do coração de um jovem, preparando´o, com têmpera de aço, para ser um verdadeiro homem, e não um frangalho humano que se verga ao sabor dos ventos das paixões. Dizia o autor que “ser homem não é dominar os outros, mas dominar-se a si mesmo”.E que, se o jovem não se exercitasse na castidade antes do casamento, depois de casado não teria forças para ser fiel à sua esposa ou a seu marido. Tudo aquilo me encantava e desafiava ...
Felipe Aquino
O Namoro Humano
O namoro é um encontro de duas pessoas. Encontro original, diferente, tocante, envolvente. Começa carregado de impulso, instinto, atração. Traz, porém consigo, horizontes maiores, surpresas arrebatadoras, descobertas e sonhos fascinantes. O namoro tem rumo, direção, objetivo. Não é um encontro qualquer. Não é epidérmico, nem destinado ao surfismo, à superficialidade, mas às profundezas e às alturas. No namoro encontram-se duas histórias, duas consciências, dois futuros, duas necessidades, duas diferenças, dois mistérios que irão se olhar, se acolher, dialogar, sorrir, desabafar, confidenciar, confiar, decidir e conviver. O namoro é porta de entrada em direção à vida, ao amor, à família, à paternidade. O namoro humano acontece mais na alma, no coração, na intenção, na consciência do que no corpo. Como é pobre, equivocada, vazia e frustrante a experiência do namoro onde só rola paixão, ciúme, sexo, transa. Egoísmo e imaturidade, despreparo e desconhecimento de si e do outro, fazem do namoro uma brincadeira erótica, cheia de enganos e desilusões. É preciso distinguir entre o que é gamar, gostar, amar. O coroamento do namoro é a decisão em contrair núpcias, formar família, transmitir e educar vidas e pessoas. Namoro não é passa tempo, não é programa de fim de semana, não é mera camaradagem, companheirismo, aproveitamento, curtição, muito menos fuga de casa, medo de sobrar, imitação da moda (todo mundo faz), busca de auto-afirmação. Namoro é conhecimento mútuo, partilha de vida, esperança em ser mais, tempo de crescimento e amadurecimento. O namoro verdadeiro é iluminado por um ideal, um valor objetivo, a realização de si e do outro. Pelo namoro as pessoas se preparam para a missão de ser esposos, de formar família e principalmente para responsabilidade e a beleza inaudita de serem pais de seus filhos. Muitos casamentos são forçados, apressados, imaturos, falsos, interesseiros, inseguros, despreparados porque o namoro e o noivado não foram além da carne, transformaram-se em erotismo, prazer, curtição, no sentido de “aproveitar a juventude”. Assim não pode dar certo. Somos pessoas frágeis, feridas, portadoras de condicionamentos, imaturidades e até portadores de patologias profundas. Não é pois aconselhável namorar cedo demais. Namoro precoce é um risco. Logo aparecem as brigas, ciúmes, dificuldades de diálogo e até falta de assunto. Começa o afastamento das boas amizades, isolamento, as rupturas com a família, o desleixo nos estudos. Deste modo o namoro acaba em sofrimento e desgaste que envolve muita gente. Precisamos devolver ao namoro o seu significado autêntico, livrá-lo da banalidade e de interesses egocêntricos. Namoro é uma experiência do amor humano que é visibilidade do amor de Deus pelo mundo. Se há alguém enamorado pela humanidade é Deus. Os namorados podem fazer uma grande experiência do amor de Deus através do namoro. O amor dos namorados ajuda-nos a descobrir o coração enamorado de Deus por seus filhos e filhas. É no namoro que está o início da educação de uma criança, e são colocados os alicerces de uma família estável, duradoura e feliz. Todos queremos ser decisivamente, autenticamente, pessoalmente amados. O caminho normal para esta experiência é o namoro que requer maturidade física, psicológica, ética e social. Namoro não é assunto privatizado, um relacionamento a dois, sem conseqüências para a vida. Pelo contrário, o que mais repercute na existência humana é o namoro porque é experiência de amor e caminho para a auto realização, para o bem da família e conseqüentemente da sociedade. Em nossos dias, a experiência sexual é cada vez mais precoce e fortemente influenciada pela pornografia via internet, celular etc., por outro lado, a permissividade sexual dos adultos recebe também o nome de namoro. Chegou a hora de restituir ao namoro seu autêntico significado, ou seja, uma etapa, uma experiência de amar e ser amado com exclusividade, fidelidade, respeito, pois, amar é querer o bem do outro, amor de benevolência.
Dom Orlando Brandes
Radicalidade nos desejos e sentimentos
Partimos, agora, para a radicalidade nos desejos, que, muitas vezes, nos enganam e nos levam à perdição. Na sua profundidade os desejos não são pecados, mas podem se tornar um grande meio para que eles ocorram. Desejos significam: vontade de possuir ou de gozar; anseio, aspiração, entre outros, e estão ligados ao agir humano, pois revelam o mais profundo do homem. Desvelam o homem e expõem a sua intimidade, aquilo que, muitas vezes, está oculto no mais profundo do seu ser.
Todos nós temos desejos por alguma coisa, nossa vida gira em volta de alguns desejos que temos. Quem não deseja ser feliz ou fazer o outro feliz? Isso já está dentro de cada um, mas os nossos desejos foram feridos pelo pecado e passamos a entregá-los à ação do mal. Quando nos entregamos aos maus desejos e às paixões desordenadas caímos no pecado, pois o desejo do mundo presente é a nossa perdição. O maior desejo do demônio é nos ver no inferno, longe da graça de Deus.
Veja se dentro de você existem somente desejos para o bem e para a pureza. Geralmente, queremos aquilo que o nosso corpo deseja ou vai satisfazer os prazeres carnais. “A carne, em seus desejos, opõe-se ao Espírito e o Espírito à carne; entre eles há antagonismo; por isso não fazeis o que quereis” (Gl 5, 17). Por isso, não podemos seguir os desejos de nossa carne.
Precisamos ter somente desejos por Deus e pelas coisas do alto. Inclinando os nossos desejos para o alto e buscar a Deus. Não nos deixemos ser seduzidos pelos desejos humanos nem ser influenciados pelos outros. Canalizemos tudo para o Senhor. Desejemos o céu.
O amor deve ser o desejo maior do nosso coração: “O amor causa o desejo do bem ausente e a esperança de consegui-lo” (Catecismo da Igreja Católica – CIC, n. 1765). Desejamos o mal e aquilo que nos leva para longe do Senhor porque ainda não experimentamos o amor de Deus em nossas vidas, que é capaz de preencher toda solidão e ausência de desejo pelo bem. “ […] A graça desvia o coração dos homens da ambição e da inveja e o inicia no desejo do Sumo Bem; instrui-o nos desejos do Espírito Santo que sacia sempre o coração do homem” (CIC n. 2541).
Há dentro de cada ser humano o desejo de buscar a Deus e a bem-aventurança. “As bem-aventuranças respondem ao desejo natural de felicidade. Este desejo é de origem divina: Deus o colocou no coração do homem a fim de atraí-lo a si, pois só Ele pode satisfazê-lo” (CIC n. 1718).
Cabe a nós purificar os nossos desejos de toda impureza e somente buscar o desejo de Deus para a nossa vida, que é a nossa santificação. Isso não quer dizer que todos os nossos desejos sejam maus, mas é necessário purificar os [desejos] que nos afastam de Deus e que não nos levam à santidade. Quando desejamos algo precisamos ver se isso está de acordo com a vontade divina para então realizá-lo.
Da mesma forma, os sentimentos, muitas vezes, nos enganam e nos levam a nos perdermos neles. Pois o sentir não é pecado, mas o consentir. Não podemos confundir amor com sentimentos. O amor não é só sentimento, mas adesão e iniciativa. O sentimento pode ser consequência das emoções. E é preciso radicalidade nos desejos e sentimentos que são traiçoeiros e enganadores, pois vêm de maneira rápida e desaparecem de repente.
O sentimento é sensibilidade e nos tornamos sensíveis de acordo com determinadas situações. É um estado de espírito. E não podemos usar de sentimentos no nosso relacionamento com Deus. O nosso relacionamento com o Senhor precisa ser concreto e radical, não viver de sentimentalismo. Purifiquemos os nossos sentimentos de toda impureza.
Pe. Reinaldo Cazumbá
Todos nós temos desejos por alguma coisa, nossa vida gira em volta de alguns desejos que temos. Quem não deseja ser feliz ou fazer o outro feliz? Isso já está dentro de cada um, mas os nossos desejos foram feridos pelo pecado e passamos a entregá-los à ação do mal. Quando nos entregamos aos maus desejos e às paixões desordenadas caímos no pecado, pois o desejo do mundo presente é a nossa perdição. O maior desejo do demônio é nos ver no inferno, longe da graça de Deus.
Veja se dentro de você existem somente desejos para o bem e para a pureza. Geralmente, queremos aquilo que o nosso corpo deseja ou vai satisfazer os prazeres carnais. “A carne, em seus desejos, opõe-se ao Espírito e o Espírito à carne; entre eles há antagonismo; por isso não fazeis o que quereis” (Gl 5, 17). Por isso, não podemos seguir os desejos de nossa carne.
Precisamos ter somente desejos por Deus e pelas coisas do alto. Inclinando os nossos desejos para o alto e buscar a Deus. Não nos deixemos ser seduzidos pelos desejos humanos nem ser influenciados pelos outros. Canalizemos tudo para o Senhor. Desejemos o céu.
O amor deve ser o desejo maior do nosso coração: “O amor causa o desejo do bem ausente e a esperança de consegui-lo” (Catecismo da Igreja Católica – CIC, n. 1765). Desejamos o mal e aquilo que nos leva para longe do Senhor porque ainda não experimentamos o amor de Deus em nossas vidas, que é capaz de preencher toda solidão e ausência de desejo pelo bem. “ […] A graça desvia o coração dos homens da ambição e da inveja e o inicia no desejo do Sumo Bem; instrui-o nos desejos do Espírito Santo que sacia sempre o coração do homem” (CIC n. 2541).
Há dentro de cada ser humano o desejo de buscar a Deus e a bem-aventurança. “As bem-aventuranças respondem ao desejo natural de felicidade. Este desejo é de origem divina: Deus o colocou no coração do homem a fim de atraí-lo a si, pois só Ele pode satisfazê-lo” (CIC n. 1718).
Cabe a nós purificar os nossos desejos de toda impureza e somente buscar o desejo de Deus para a nossa vida, que é a nossa santificação. Isso não quer dizer que todos os nossos desejos sejam maus, mas é necessário purificar os [desejos] que nos afastam de Deus e que não nos levam à santidade. Quando desejamos algo precisamos ver se isso está de acordo com a vontade divina para então realizá-lo.
Da mesma forma, os sentimentos, muitas vezes, nos enganam e nos levam a nos perdermos neles. Pois o sentir não é pecado, mas o consentir. Não podemos confundir amor com sentimentos. O amor não é só sentimento, mas adesão e iniciativa. O sentimento pode ser consequência das emoções. E é preciso radicalidade nos desejos e sentimentos que são traiçoeiros e enganadores, pois vêm de maneira rápida e desaparecem de repente.
O sentimento é sensibilidade e nos tornamos sensíveis de acordo com determinadas situações. É um estado de espírito. E não podemos usar de sentimentos no nosso relacionamento com Deus. O nosso relacionamento com o Senhor precisa ser concreto e radical, não viver de sentimentalismo. Purifiquemos os nossos sentimentos de toda impureza.
Pe. Reinaldo Cazumbá
sábado, 28 de agosto de 2010
Deus e a Kriptonita
Tem gente que confunde Deus com o super-homem! Zoeira? Nem um pouco. Tem um terremoto e já se perguntam: “onde estava Deus que não impediu?”
Acontece alguma morte e “foi vontade de Deus…” como se Ele estivesse comendo um mac lanche na esquina e “resolvesse” não agir e deixar o sujeito bater as botas.
Pense bem. Você se relaciona com Deus ou com o super-homem?
Hommer Simpson em um dos episódios do seu seriado, num momento de desespero olha para o céu estrelado e diz: “Eu sei que eu nunca fui um sujeito muito religioso, mas caso você exista, ME AJUDE SUPERMAN!”. É isso, disse o que muita gente pensa e não diz.
Quantas vezes pedi pra Deus resolver isso ou aquilo, agir assim ou assado, fazer o que eu achava correto! Estava conversando com o super-homem e não sabia. Afinal, surgir e dar uma mãozinha fazendo “o bem” e desaparecer nos céus no mesmo instante, só o super-homem mesmo. Vida fácil, sem compromisso e comprometimento.
Por isso muita gente rompeu com o todo-poderoso. Se Ele é todo-poderoso, porque não faz a minha vontade e me deixa sozinho pra curtir depois? Porque nunca vi ninguém convidar o super-homem pra uma pizza depois de ser salvo por ele? Porque eu só quero usar os seus serviços… óbvio.
E quando fazemos de Deus um vidente de quinta categoria? Senhor, vou me dar bem nesse emprego? Com quem eu devo fazer sociedade? Qual o numero da mega-sena? Caso ou compro uma bicicleta? Por que Deus não me responde????
Claro, não queremos ficar sem nosso direito de escolha, o famoso livre-arbítrio, mas queremos que Deus nos dê opções aceitáveis, suportáveis, vantajosas, aí a gente escolhe e Ele se encarrega de concretizar tudo. Se não faz, não é Deus coisissima nenhuma. Talvez em outra religião tem um Deus melhorzinho, mais “acessível”.
Taí a kriptonita de Deus! Como o super-homem é impotente contra a pedra de Kripton, Deus é impotente em corações de pedra! Bate, pede licença, mas só quebra a pedra se deixarmos…
Você está com Deus porque acha que ele pode quebrar os seus galhos?
Ou está disposto a construir uma relação com Ele e ser dócil mesmo quando não lhe “convém”? Mesmo quando parece difícil acreditar ou suportar?
Relação é assim: eu falo, mas também escuto, dou minha opinião, mas nem sempre ela é aceita, estou junto, mas nem sempre “me dou bem”… Construir uma relação com Deus leva tempo e trabalho, bem ao contrário de utilizar os super-poderes do super-homem. E você? Anda conversando com Deus ou com o super-homem?
Acontece alguma morte e “foi vontade de Deus…” como se Ele estivesse comendo um mac lanche na esquina e “resolvesse” não agir e deixar o sujeito bater as botas.
Pense bem. Você se relaciona com Deus ou com o super-homem?
Hommer Simpson em um dos episódios do seu seriado, num momento de desespero olha para o céu estrelado e diz: “Eu sei que eu nunca fui um sujeito muito religioso, mas caso você exista, ME AJUDE SUPERMAN!”. É isso, disse o que muita gente pensa e não diz.
Quantas vezes pedi pra Deus resolver isso ou aquilo, agir assim ou assado, fazer o que eu achava correto! Estava conversando com o super-homem e não sabia. Afinal, surgir e dar uma mãozinha fazendo “o bem” e desaparecer nos céus no mesmo instante, só o super-homem mesmo. Vida fácil, sem compromisso e comprometimento.
Por isso muita gente rompeu com o todo-poderoso. Se Ele é todo-poderoso, porque não faz a minha vontade e me deixa sozinho pra curtir depois? Porque nunca vi ninguém convidar o super-homem pra uma pizza depois de ser salvo por ele? Porque eu só quero usar os seus serviços… óbvio.
E quando fazemos de Deus um vidente de quinta categoria? Senhor, vou me dar bem nesse emprego? Com quem eu devo fazer sociedade? Qual o numero da mega-sena? Caso ou compro uma bicicleta? Por que Deus não me responde????
Claro, não queremos ficar sem nosso direito de escolha, o famoso livre-arbítrio, mas queremos que Deus nos dê opções aceitáveis, suportáveis, vantajosas, aí a gente escolhe e Ele se encarrega de concretizar tudo. Se não faz, não é Deus coisissima nenhuma. Talvez em outra religião tem um Deus melhorzinho, mais “acessível”.
Taí a kriptonita de Deus! Como o super-homem é impotente contra a pedra de Kripton, Deus é impotente em corações de pedra! Bate, pede licença, mas só quebra a pedra se deixarmos…
Você está com Deus porque acha que ele pode quebrar os seus galhos?
Ou está disposto a construir uma relação com Ele e ser dócil mesmo quando não lhe “convém”? Mesmo quando parece difícil acreditar ou suportar?
Relação é assim: eu falo, mas também escuto, dou minha opinião, mas nem sempre ela é aceita, estou junto, mas nem sempre “me dou bem”… Construir uma relação com Deus leva tempo e trabalho, bem ao contrário de utilizar os super-poderes do super-homem. E você? Anda conversando com Deus ou com o super-homem?
Flávio Crepaldi
Ingratidão, a resposta que mata o amor
Conforme definição do dicionário, gratidão é o “reconhecimento de uma pessoa por alguém que lhe prestou um favor ou auxílio”. Em outras palavras, é alguém mostrar-se agradecido por aquilo que lhe foi oferecido como um benefício.
Se perguntarmos às pessoas se elas se acham ingratas, talvez por vergonha ou por não se darem conta disso, a maioria não admita tal característica em sua personalidade. Quase sempre, a ingratidão é manifestada por meio de pequenas atitudes. Para quem é vítima desse destrato, tal ato é sinal de pobre retribuição ao carinho recebido e, na maioria dos casos, uma grande falta de educação. Há pessoas que, simplesmente, pelo fato de estarem comprando algo, se comportam como se não necessitassem ser corteses com o vendedor. Dando-nos a impressão de terem abandonado as boas maneiras em casa.
Se perguntarmos às pessoas se elas se acham ingratas, talvez por vergonha ou por não se darem conta disso, a maioria não admita tal característica em sua personalidade. Quase sempre, a ingratidão é manifestada por meio de pequenas atitudes. Para quem é vítima desse destrato, tal ato é sinal de pobre retribuição ao carinho recebido e, na maioria dos casos, uma grande falta de educação. Há pessoas que, simplesmente, pelo fato de estarem comprando algo, se comportam como se não necessitassem ser corteses com o vendedor. Dando-nos a impressão de terem abandonado as boas maneiras em casa.
Tudo aquilo que vivemos ou fazemos é reflexo de coisas que se tornaram comuns a partir de experiências vividas em casa. Como diz o ditado popular: “O uso do cachimbo deixa a boca torta”. Se alguém não tem o hábito de ser dócil com um atendente de uma loja, restaurante ou posto de gasolina, por exemplo, logo, imaginamos que seu comportamento não deva ser diferente com as pessoas mais próximas, incluindo as de casa.
Um relacionamento em que não há reciprocidade nos bons modos, dificilmente poderá evoluir além da tolerância, porque será regido apenas pelas práticas da boa educação.
Como já estudamos na escola, para toda ação há uma reação, entretanto, muitas vezes, parece que nos esquecemos dessa regra quando saímos das leis da física e entramos nas relações interpessoais. Dentro do convívio, ao percebermos constantes respostas de indiferenças e ingratidão da parte de quem prestamos algum favor, com o tempo, naturalmente, nosso interesse em continuar lhe ajudando diminuirá. Por outro lado, os sinais de afabilidade, presteza e reconhecimento, manifestados em nossos diferentes níveis de relacionamentos, alimentam e potencializam o nosso desejo de estreitar os laços favorecidos pela convivência. Vamos aprendendo, pouco a pouco, com essa proximidade a aprimorar nosso modo de ser.
No que diz respeito aos nossos hábitos pouco virtuosos, tentemos nos encarregar de extirpá-los de nossa vida, já que não produzem bons frutos.
O bom entrosamento em nossos relacionamentos cresce à medida que as pessoas se dispõem a nutri-los com pequenos gestos de carinho. No entanto, quem insiste em se fechar em si e em suas verdades, certamente, já deve ter percebido a superficialidade e a frieza do tratamento recebido e os poucos amigos conquistados. Isso acontece em razão da falta de interesse e reciprocidade dessas pessoas em viver um vínculo mais profundo nos relacionamentos, além dos estabelecidos pelas situações exigidas no trabalho, na escola ou em outras atividades sociais.
Amar é um esforço que passa pela atitude de nos reconhecermos gratos por aquilo que recebemos. Não tenho dúvida de que a gratidão é a alma do relacionamento, o ingrediente que ajuda na construção de compromissos duradouros. Dessa forma, se não nos esforçarmos para dar uma resposta diferente aos novos desafios da convivência correremos o risco de esvaziar o nosso círculo de amizades e maior será o desgaste dentro dos demais relacionamentos já estabelecidos.
Dado Moura
Um relacionamento em que não há reciprocidade nos bons modos, dificilmente poderá evoluir além da tolerância, porque será regido apenas pelas práticas da boa educação.
Como já estudamos na escola, para toda ação há uma reação, entretanto, muitas vezes, parece que nos esquecemos dessa regra quando saímos das leis da física e entramos nas relações interpessoais. Dentro do convívio, ao percebermos constantes respostas de indiferenças e ingratidão da parte de quem prestamos algum favor, com o tempo, naturalmente, nosso interesse em continuar lhe ajudando diminuirá. Por outro lado, os sinais de afabilidade, presteza e reconhecimento, manifestados em nossos diferentes níveis de relacionamentos, alimentam e potencializam o nosso desejo de estreitar os laços favorecidos pela convivência. Vamos aprendendo, pouco a pouco, com essa proximidade a aprimorar nosso modo de ser.
No que diz respeito aos nossos hábitos pouco virtuosos, tentemos nos encarregar de extirpá-los de nossa vida, já que não produzem bons frutos.
O bom entrosamento em nossos relacionamentos cresce à medida que as pessoas se dispõem a nutri-los com pequenos gestos de carinho. No entanto, quem insiste em se fechar em si e em suas verdades, certamente, já deve ter percebido a superficialidade e a frieza do tratamento recebido e os poucos amigos conquistados. Isso acontece em razão da falta de interesse e reciprocidade dessas pessoas em viver um vínculo mais profundo nos relacionamentos, além dos estabelecidos pelas situações exigidas no trabalho, na escola ou em outras atividades sociais.
Amar é um esforço que passa pela atitude de nos reconhecermos gratos por aquilo que recebemos. Não tenho dúvida de que a gratidão é a alma do relacionamento, o ingrediente que ajuda na construção de compromissos duradouros. Dessa forma, se não nos esforçarmos para dar uma resposta diferente aos novos desafios da convivência correremos o risco de esvaziar o nosso círculo de amizades e maior será o desgaste dentro dos demais relacionamentos já estabelecidos.
Dado Moura
Por que os jovens optam por morar juntos?
As estatísticas não deixam margem a dúvidas. Se unir-se em santo matrimônio, ou "casar na Igreja", sempre foi uma luta secular (milenar) da Igreja, nos últimos decênios se acentuou perigosamente essa tendência. Os missionários leigos de uma Paróquia, certa ocasião, percorreram os domicílios de um bairro, no qual a grande maioria se professava católica. Verificaram que mais de 80% da população não era legalmente casada (no civil), e mais de 90% dos católicos não tinham um casamento abençoado pela Igreja. Os jovens tinham o costume de "ajuntar os trapos" e irem morar juntos. Isso de "casar com papel passado" sempre ficava para depois; isto é, para nunca. Tais casais ficam tolhidos em sua plena participação na vida da Igreja. É uma deficiência de raiz, para formar uma boa família. O que intriga são as razões de tal procedimento.
Sem explorar todos os motivos que podem originar essa vida, sem a certeza da graça de Deus na família, vou me deter, sobretudo, num deles. É a característica, descrita por Jesus, da perpetuidade do casamento; isto é, o matrimônio não deve ser dissolvido pela separação. Tal exigência vem para o bem do casal e para o bem dos filhos. A Igreja, acolhendo o ensinamento do Mestre, mostra que a fidelidade perpétua faz parte integrante de uma família.
Os namorados, contudo, vão mais longe que os apóstolos de Jesus. Estes, ao ouvirem as exigências de Cristo sobre o casamento, exclamaram: "Mas então é melhor não casar". Os jovens e os adultos de hoje falam: "Então é melhor se ajuntar". Os casadouros raciocinam: "Se o casamento não der certo, então é preciso desfazê-lo e partir para outra solução".
O que falta aos noivos de hoje é um sério namoro, bem conduzido, com o objetivo de conhecer a personalidade do parceiro. A maioria das uniões nasce de uma paixão momentânea, de um lampejo de ardor sexual, de uma intuição de feliz convivência. Não existe a paciência de um conhecimento mais profundo ou a verificação do modo como o parceiro sabe administrar as contrariedades. Mas o que falta mais é arrojo de crer no parceiro e saber que a graça divina estará com todos aqueles que recebem a graça do sacramento do matrimônio.
Sem explorar todos os motivos que podem originar essa vida, sem a certeza da graça de Deus na família, vou me deter, sobretudo, num deles. É a característica, descrita por Jesus, da perpetuidade do casamento; isto é, o matrimônio não deve ser dissolvido pela separação. Tal exigência vem para o bem do casal e para o bem dos filhos. A Igreja, acolhendo o ensinamento do Mestre, mostra que a fidelidade perpétua faz parte integrante de uma família.
Os namorados, contudo, vão mais longe que os apóstolos de Jesus. Estes, ao ouvirem as exigências de Cristo sobre o casamento, exclamaram: "Mas então é melhor não casar". Os jovens e os adultos de hoje falam: "Então é melhor se ajuntar". Os casadouros raciocinam: "Se o casamento não der certo, então é preciso desfazê-lo e partir para outra solução".
O que falta aos noivos de hoje é um sério namoro, bem conduzido, com o objetivo de conhecer a personalidade do parceiro. A maioria das uniões nasce de uma paixão momentânea, de um lampejo de ardor sexual, de uma intuição de feliz convivência. Não existe a paciência de um conhecimento mais profundo ou a verificação do modo como o parceiro sabe administrar as contrariedades. Mas o que falta mais é arrojo de crer no parceiro e saber que a graça divina estará com todos aqueles que recebem a graça do sacramento do matrimônio.
Dom Aloísio R. Oppermann – Arcebispo de Uberaba-MG
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
Inscrições para a 80ª Semana Bíblico-Catequética
Reflexões sobre o tema “Palavra de Deus, fonte de Vida e Salvação” marcam a 80ª Semana Bíblico-Catequética, que acontece do dia 30 de agosto a 3 de setembro. O evento conta com a participação dos padres Renzo Rossi, Sérgio Ricardo e Carlos André, além de ter a integrante da Fraternidade Javé Shamá, Meire Alessandra.
O evento é formativo e voltado para todos os públicos. Durante a tarde, o evento acontece no CAP(Centro de Pastoral, ao lado da Cúria - Garcia), enquanto à noite, ocorre no Colégio Sacramentinas.
As inscrições são feitas na Secretaria de Pastoral e Pastoral da Juventude(horário comercial) e custam R$15,00 até o dia 27 de agosto. Depois dessa data, o valor passa a ser R$20,00. Para mais informações, ligar para 4009-6616/6636.
Pascom
O evento é formativo e voltado para todos os públicos. Durante a tarde, o evento acontece no CAP(Centro de Pastoral, ao lado da Cúria - Garcia), enquanto à noite, ocorre no Colégio Sacramentinas.
As inscrições são feitas na Secretaria de Pastoral e Pastoral da Juventude(horário comercial) e custam R$15,00 até o dia 27 de agosto. Depois dessa data, o valor passa a ser R$20,00. Para mais informações, ligar para 4009-6616/6636.
Pascom
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
MARKETING, PAIS E FILHOS
Antigamente as crianças se divertiam na rua, jogavam jogos em família, ou saíam juntos para passear com seus pais. Hoje em dia se formou uma indústria fortíssima que assedia a família com seu marketing incansável... e cada vez mais imperdível.
A indústria do lazer descobriu o grande negócio do entretenimento das crianças. Os jogos de futebol dos filhos são organizados por profissionais formados em educação física, e não mais pelos pais. Você nem fica mais para assistir... deixa lá e pega depois. O mesmo acontece nas festas de aniversário, nos hotéis, nos clubes, etc.. Os animadores infantis e juvenis são cada mais numerosos, e, na melhor das intenções, terminam por reduzir o convívio familiar. Se já é escasso durante a semana, não engrena no fim de semana.
O computador é capaz de alienar a criança por horas. Os jogos eletrônicos são verdadeiras cachaças, no sentido que viciam mesmo. As crianças, pela idade que se encontram, têm ânsias de testar suas habilidades e vencer. É uma pena que esta gana se desperdice sentado numa cadeira, só, ao invés da prática esportiva de jogos coletivos, que tanto melhora o convício social, desenvolve o equilíbrio emocional e proporciona saúde corporal.
A Internet é outro consumidor de tempo precioso. Perde-se a criança no meio de tanta informação que muitas vezes se faz inútil por se apresentarem desconectas e distorcidas. Há que haver uma diversidade de estímulos para desenvolver a imaginação, o que se consegue através da leitura de romances, aventuras dos grandes clássicos juvenis. Vale a pena a atenção e orientação dos pais no uso da internet.
A indústria de marketing cria necessidades virtuais. Estimula a que as famílias tenham um quarto para cada filho, uma televisão em cada quarto, um aparelho de som em cada quarto, um computador para cada pessoa da família. O convívio familiar em casa termina por se limitar à hora da refeição, se a televisão estiver desligada.
Os pais devem aproveitar todos os recursos que dispõe para educar, para provocar o convívio familiar. Um destes recursos é reduzir os recursos. Se há somente uma televisão no lar, e cada um quer ver um programa diferente... então é natural que haja negociação. Uns terão que ceder hoje, para amanhã terem oportunidade de escolher a programação. Se o quarto é um só para alguns irmãos, terão que negociar a que horas se desliga a luz ao dormir, a divisão de tarefas para manter o quarto em ordem. Se o computador é um só, então haverá escala de uso... ou então os filhos poderão acessar os sites juntos, ou jogar jogos a dois. Trata-se de criar pequenas dificuldades, para que haja maior interação entre os filhos.
A criança que não recebe sólida formação no caráter, sem critérios firmes do que é efetivamente bom, fica mais vulnerável aos assédios de marketing, e aos modismos da sociedade.
Através da família é que efetivamente nossos filhos aprenderão a ser gente de verdade. A intimidade da família é o calor que permite que nossos filhos apurem o caráter e adquiram virtudes. Através da família é que nossos filhos terão noção de limites, sentido do dever, aprenderão a ser homens livres de verdade e a defender as próprias convicções no mundo complexo de hoje.
André Pessoa, Mestrado em Orientação Familiar por Navarra, ministra cursos e palestras de Educação de Filhos desde 1995; Graduado pelo IME (Engenharia), Pós-Graduado pela PUC (Administração), FGV (Contabilidade Gerencial), ISE (Programa de Treinamento de Executivos) e Navarra (Orientação Familiar).
A indústria do lazer descobriu o grande negócio do entretenimento das crianças. Os jogos de futebol dos filhos são organizados por profissionais formados em educação física, e não mais pelos pais. Você nem fica mais para assistir... deixa lá e pega depois. O mesmo acontece nas festas de aniversário, nos hotéis, nos clubes, etc.. Os animadores infantis e juvenis são cada mais numerosos, e, na melhor das intenções, terminam por reduzir o convívio familiar. Se já é escasso durante a semana, não engrena no fim de semana.
O computador é capaz de alienar a criança por horas. Os jogos eletrônicos são verdadeiras cachaças, no sentido que viciam mesmo. As crianças, pela idade que se encontram, têm ânsias de testar suas habilidades e vencer. É uma pena que esta gana se desperdice sentado numa cadeira, só, ao invés da prática esportiva de jogos coletivos, que tanto melhora o convício social, desenvolve o equilíbrio emocional e proporciona saúde corporal.
A Internet é outro consumidor de tempo precioso. Perde-se a criança no meio de tanta informação que muitas vezes se faz inútil por se apresentarem desconectas e distorcidas. Há que haver uma diversidade de estímulos para desenvolver a imaginação, o que se consegue através da leitura de romances, aventuras dos grandes clássicos juvenis. Vale a pena a atenção e orientação dos pais no uso da internet.
A indústria de marketing cria necessidades virtuais. Estimula a que as famílias tenham um quarto para cada filho, uma televisão em cada quarto, um aparelho de som em cada quarto, um computador para cada pessoa da família. O convívio familiar em casa termina por se limitar à hora da refeição, se a televisão estiver desligada.
Os pais devem aproveitar todos os recursos que dispõe para educar, para provocar o convívio familiar. Um destes recursos é reduzir os recursos. Se há somente uma televisão no lar, e cada um quer ver um programa diferente... então é natural que haja negociação. Uns terão que ceder hoje, para amanhã terem oportunidade de escolher a programação. Se o quarto é um só para alguns irmãos, terão que negociar a que horas se desliga a luz ao dormir, a divisão de tarefas para manter o quarto em ordem. Se o computador é um só, então haverá escala de uso... ou então os filhos poderão acessar os sites juntos, ou jogar jogos a dois. Trata-se de criar pequenas dificuldades, para que haja maior interação entre os filhos.
A criança que não recebe sólida formação no caráter, sem critérios firmes do que é efetivamente bom, fica mais vulnerável aos assédios de marketing, e aos modismos da sociedade.
Através da família é que efetivamente nossos filhos aprenderão a ser gente de verdade. A intimidade da família é o calor que permite que nossos filhos apurem o caráter e adquiram virtudes. Através da família é que nossos filhos terão noção de limites, sentido do dever, aprenderão a ser homens livres de verdade e a defender as próprias convicções no mundo complexo de hoje.
André Pessoa, Mestrado em Orientação Familiar por Navarra, ministra cursos e palestras de Educação de Filhos desde 1995; Graduado pelo IME (Engenharia), Pós-Graduado pela PUC (Administração), FGV (Contabilidade Gerencial), ISE (Programa de Treinamento de Executivos) e Navarra (Orientação Familiar).
O leigo na Igreja
No 4° final de semana de agosto, a Igreja Católica celebra a vocação dos fiéis leigos. Incorporados a Cristo pelo batismo, eles participam das funções de Cristo Sacerdote, Profeta e Pastor. Conforme afirmação do "Documento de Puebla", são "homens da Igreja no coração do mundo, e homens do mundo no coração da Igreja" (DP, 786).
Paulo VI lembrava que "o espaço próprio de sua atividade evangelizadora é o vasto e complexo mundo da política, da realidade social e da economia, como também da cultura, das ciências e das artes, da vida internacional, dos Meios de Comunicação Social, e outras realidades abertas à evangelização, como o amor, a família, a educação das crianças e adolescentes, o trabalho profissional e o sofrimento" (EN, 70).
Além desse espaço próprio, a Conferência de Aparecida afirma que "os leigos também são chamados a participar na ação pastoral da Igreja, primeiro com o testemunho de vida e, em segundo lugar, com ações no campo da evangelização, da vida litúrgica e outras formas de apostolado, segundo as necessidades locais sob a guia de seus pastores". Ainda: "aos catequistas, ministros da Palavra e animadores de comunidades que cumprem magnífica tarefa dentro da Igreja, os reconhecemos e animamos a continuarem o compromisso que adquiriram no batismo e na confirmação" (DA, 211).
O Catecismo da Igreja Católica declara que "todos os fiéis são encarregados por Deus do apostolado em virtude do Batismo e da Confirmação". Por isso, "os leigos têm a obrigação e o direito de trabalhar para que a mensagem divina da salvação seja conhecida e recebida por todos os homens e por toda a terra" (CIC, 900).
A Igreja reconhece o grande trabalho desenvolvido pelos fiéis leigos e leigas na obra evangelizadora. Como bispo, estou ciente de que a Igreja ganha beleza e eficiência na medida em que conta com a efetiva participação de leigos em sua obra evangelizadora. Quando bispos, padres, religiosos e leigos atuarmos em igualdade de condições e com igual senso de responsabilidade, o rosto da Igreja Diocesana será muito mais atraente e a mensagem de Jesus Cristo será melhor anunciada e assimilada.
Parabéns pelo dia do leigo e da leiga e obrigado pelo testemunho fiel ao Evangelho e que Deus abençoe sua missão, sua vida e seu trabalho!
Paulo VI lembrava que "o espaço próprio de sua atividade evangelizadora é o vasto e complexo mundo da política, da realidade social e da economia, como também da cultura, das ciências e das artes, da vida internacional, dos Meios de Comunicação Social, e outras realidades abertas à evangelização, como o amor, a família, a educação das crianças e adolescentes, o trabalho profissional e o sofrimento" (EN, 70).
Além desse espaço próprio, a Conferência de Aparecida afirma que "os leigos também são chamados a participar na ação pastoral da Igreja, primeiro com o testemunho de vida e, em segundo lugar, com ações no campo da evangelização, da vida litúrgica e outras formas de apostolado, segundo as necessidades locais sob a guia de seus pastores". Ainda: "aos catequistas, ministros da Palavra e animadores de comunidades que cumprem magnífica tarefa dentro da Igreja, os reconhecemos e animamos a continuarem o compromisso que adquiriram no batismo e na confirmação" (DA, 211).
O Catecismo da Igreja Católica declara que "todos os fiéis são encarregados por Deus do apostolado em virtude do Batismo e da Confirmação". Por isso, "os leigos têm a obrigação e o direito de trabalhar para que a mensagem divina da salvação seja conhecida e recebida por todos os homens e por toda a terra" (CIC, 900).
A Igreja reconhece o grande trabalho desenvolvido pelos fiéis leigos e leigas na obra evangelizadora. Como bispo, estou ciente de que a Igreja ganha beleza e eficiência na medida em que conta com a efetiva participação de leigos em sua obra evangelizadora. Quando bispos, padres, religiosos e leigos atuarmos em igualdade de condições e com igual senso de responsabilidade, o rosto da Igreja Diocesana será muito mais atraente e a mensagem de Jesus Cristo será melhor anunciada e assimilada.
Parabéns pelo dia do leigo e da leiga e obrigado pelo testemunho fiel ao Evangelho e que Deus abençoe sua missão, sua vida e seu trabalho!
Dom Canísio Klaus
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
SER ou TER
O nosso corre-corre não nos deixa parar para perceber se o que já temos nãoé o suficiente para nossas vidas.
Nos preocupamos tanto em TER , ter isso,ter aquilo, comprar isso, comprar aquilo...Os anos passam, e quando nos damos conta, esquecemos o mais importante:VIVER e SER FELIZ!!Às vezes para ser feliz, não precisamos de tanto TER.
Podemos nos dar contade que o mais importante na vida é SER...
Esse SER tão esquecido, muitasvezes não é difícil de se realizar.
As pessoas precisam parar de correr atrás do TER e começar a correr atrás doSER...SER AMADO, SER GENTE....
Tenho certeza de que quando SOMOS, somos muitomais felizes do que quando TEMOS!!!!O "SER" leva-se uma vida toda para conseguir, enquanto que o "TER", muitasvezes conseguimos logo. Só que o SER não acaba nunca e nem se perde jamais,mas o TER pode terminar inesperadamente...
O "SER", uma vez conseguido, é eterno...E o "TER" é passageiro, e mesmo quedure muito tempo, em algum momento se esvai e pode não trazer a FELICIDADE.
Tente SER, e não TER, e você sentirá uma sensação maravilhosa eindescritível e uma felicidade sem preço!!!
Que você deixe de se cobrar quanto ao que fez e ao que não fez nesses anos.Tente o mais importante sempre:SER FELIZ
Harmonia sexual entre o casal
O bom relacionamento sexual na vida do casal é de fundamental importância para a sua harmonia. A primeira necessidade é conhecer o sentido da vida sexual no plano de Deus. O sexo tem duas dimensões na vida conjugal: unitiva e procriativa. A dimensão unitiva significa que o sexo é um meio de unidade do casal. Mais do que nunca é no relacionamento sexual que eles se tornam “uma só carne” . O ato sexual, para o casal, é a mais intensa manifestação do seu amor; é a celebração do amor no nível afetivo e sensitivo. Portanto, não pode haver sexo sem profundo amor; ele só pode ser vivido no casamento, porque só no casamento existe um compromisso de vida para toda a vida e a responsabilidade de assumir as suas consequências, especialmente os filhos.
O que faz do sexo algo perigoso e desordenado é exatamente o seu uso fora de uma realidade de manifestação de amor. Se tirarmos o amor, o sexo se transforma em mera prostituição: sexo sem amor, sem compromisso. Aquele que usa da prostituta não tem responsabilidade sobre ela; não se importa se amanhã ela estará doente, desempregada, passando fome ou morrendo de AIDS. Ela foi apenas um instrumento de prazer, que foi alugado por alguns instantes. É o grande desvirtuamento de uma das realidades mais lindas criadas por Deus. Se ao criar todas as coisas, “Deus viu que tudo era bom” (cf. Gen 1,10), também o sexo, já que foi feito com a bela finalidade de gerar a vida e unir os esposos. Se ele fosse sujo, em si mesmo, a criança não poderia ser tão bela e inocente. Nossos filhos vieram ao mundo porque tivemos relações sexuais. Deus, na Sua sabedoria, quis assim; quis que, no auge da celebração do amor do casal, o filho fosse gerado, para que este não fosse apenas “carne da carne dos pais”, mas “amor do seu amor”. A Igreja sempre viu com olhos claros esta realidade. São Paulo, há vinte séculos, já dava orientação segura aos fiéis de Corinto sobre isso: "O marido cumpra o seu dever para com a sua esposa e da mesma forma também a esposa o cumpra para com o marido.
A mulher não pode dispor de seu corpo: ele pertence a seu marido. E da mesma forma o marido não pode dispor do seu corpo: ele pertence à sua esposa. Não vos recuseis um ao outro, a não ser de comum acordo, por algum tempo, para vos aplicardes à oração; e depois retornais um para o outro, para que não vos tente Satanás por vossa incontinência" (I Cor 7, 3-5).
Com essas orientações o apóstolo dos gentios mostra a legitimidade da vida sexual no casamento e até pede que os casais não se abstenham dela por muito tempo, dizendo: "Não vos recuseis um ao outro”. E pede que cada um “cumpra o seu dever” para com o outro. Como não ver nessas palavras do apóstolo um pedido aos cônjuges, para que satisfaçam as legítimas aspirações do outro? É claro que a luz a guiar este relacionamento há de ser sempre o amor e nunca o egoísmo.
Haverá épocas na vida do casal em que a relação sexual será impossível. Quando a esposa está grávida, já próximo de dar à luz, após o parto, quando passa por uma cirurgia, entre outros. Nessas ocasiões, e em muitas outras, por bom senso, mas também por caridade para com a esposa, o esposo há de respeitá-la.
O fato de o sexo ser legítimo no casamento,– e só no casamento –, não quer dizer que nele "vale tudo" como se diz. Não somos animais irracionais; aliás, nem os animais irracionais fazem estrepolias em termos de sexo. Ao contrário, são extremamente naturais. A moral católica se rege pela "lei natural", que Deus colocou no mundo e no coração do homem. Aquilo que não está de acordo com a natureza, não está de acordo com a moral. Será que, por exemplo, o sexo oral ou anal estão de acordo com a natureza? Certamente não.
O Catecismo da Igreja Católica (CIC) nos ensina o seguinte: "Os atos com os quais os cônjuges se unem íntima e castamente são honestos e dignos. Quando realizados de maneira verdadeiramente humana, testemunham e desenvolvem a mútua doação pela qual os esposos se enriquecem com o coração alegre e agradecido" (CIC, 2362; GS, 49). Tenho ouvido esposas que se queixam dos maridos que as obrigam a fazer o que elas não querem nem aceitam no ato sexual. Neste caso, será uma violência obrigá-las a isso. Aquilo que cada um aceita, dentro das características psicológicas de cada um, não sendo uma violência à lei natural, pode ser vivido com liberdade pelo casal.
É legítimo que o esposo prepare a esposa para que haja a harmonia sexual; isto é, ambos atingirem juntos o orgasmo. O esposo deve se guiar exatamente pela orientação da esposa, que saberá mostrar-lhe naturalmente o que ela precisa para chegar ao orgasmo com ele. Não é fácil, muitas vezes, o ajustamento sexual do casal; e, algumas vezes, precisa-se de anos para que ele aconteça. Também aí há de haver a paciência e a bondade de um para com o outro, para ajudá-lo a superar as suas dificuldades. Mas tudo se resolve se houver esses ingredientes.
O que faz do sexo algo perigoso e desordenado é exatamente o seu uso fora de uma realidade de manifestação de amor. Se tirarmos o amor, o sexo se transforma em mera prostituição: sexo sem amor, sem compromisso. Aquele que usa da prostituta não tem responsabilidade sobre ela; não se importa se amanhã ela estará doente, desempregada, passando fome ou morrendo de AIDS. Ela foi apenas um instrumento de prazer, que foi alugado por alguns instantes. É o grande desvirtuamento de uma das realidades mais lindas criadas por Deus. Se ao criar todas as coisas, “Deus viu que tudo era bom” (cf. Gen 1,10), também o sexo, já que foi feito com a bela finalidade de gerar a vida e unir os esposos. Se ele fosse sujo, em si mesmo, a criança não poderia ser tão bela e inocente. Nossos filhos vieram ao mundo porque tivemos relações sexuais. Deus, na Sua sabedoria, quis assim; quis que, no auge da celebração do amor do casal, o filho fosse gerado, para que este não fosse apenas “carne da carne dos pais”, mas “amor do seu amor”. A Igreja sempre viu com olhos claros esta realidade. São Paulo, há vinte séculos, já dava orientação segura aos fiéis de Corinto sobre isso: "O marido cumpra o seu dever para com a sua esposa e da mesma forma também a esposa o cumpra para com o marido.
A mulher não pode dispor de seu corpo: ele pertence a seu marido. E da mesma forma o marido não pode dispor do seu corpo: ele pertence à sua esposa. Não vos recuseis um ao outro, a não ser de comum acordo, por algum tempo, para vos aplicardes à oração; e depois retornais um para o outro, para que não vos tente Satanás por vossa incontinência" (I Cor 7, 3-5).
Com essas orientações o apóstolo dos gentios mostra a legitimidade da vida sexual no casamento e até pede que os casais não se abstenham dela por muito tempo, dizendo: "Não vos recuseis um ao outro”. E pede que cada um “cumpra o seu dever” para com o outro. Como não ver nessas palavras do apóstolo um pedido aos cônjuges, para que satisfaçam as legítimas aspirações do outro? É claro que a luz a guiar este relacionamento há de ser sempre o amor e nunca o egoísmo.
Haverá épocas na vida do casal em que a relação sexual será impossível. Quando a esposa está grávida, já próximo de dar à luz, após o parto, quando passa por uma cirurgia, entre outros. Nessas ocasiões, e em muitas outras, por bom senso, mas também por caridade para com a esposa, o esposo há de respeitá-la.
O fato de o sexo ser legítimo no casamento,– e só no casamento –, não quer dizer que nele "vale tudo" como se diz. Não somos animais irracionais; aliás, nem os animais irracionais fazem estrepolias em termos de sexo. Ao contrário, são extremamente naturais. A moral católica se rege pela "lei natural", que Deus colocou no mundo e no coração do homem. Aquilo que não está de acordo com a natureza, não está de acordo com a moral. Será que, por exemplo, o sexo oral ou anal estão de acordo com a natureza? Certamente não.
O Catecismo da Igreja Católica (CIC) nos ensina o seguinte: "Os atos com os quais os cônjuges se unem íntima e castamente são honestos e dignos. Quando realizados de maneira verdadeiramente humana, testemunham e desenvolvem a mútua doação pela qual os esposos se enriquecem com o coração alegre e agradecido" (CIC, 2362; GS, 49). Tenho ouvido esposas que se queixam dos maridos que as obrigam a fazer o que elas não querem nem aceitam no ato sexual. Neste caso, será uma violência obrigá-las a isso. Aquilo que cada um aceita, dentro das características psicológicas de cada um, não sendo uma violência à lei natural, pode ser vivido com liberdade pelo casal.
É legítimo que o esposo prepare a esposa para que haja a harmonia sexual; isto é, ambos atingirem juntos o orgasmo. O esposo deve se guiar exatamente pela orientação da esposa, que saberá mostrar-lhe naturalmente o que ela precisa para chegar ao orgasmo com ele. Não é fácil, muitas vezes, o ajustamento sexual do casal; e, algumas vezes, precisa-se de anos para que ele aconteça. Também aí há de haver a paciência e a bondade de um para com o outro, para ajudá-lo a superar as suas dificuldades. Mas tudo se resolve se houver esses ingredientes.
(Trecho do livro "Família, santuário da vida" do professor Felipe Aquino).
domingo, 22 de agosto de 2010
O valor da Santa Missa
A missa é a renovação do sacrifício de Cristo na Cruz.
É o mais importante ato que podemos participar.
A missa começa por um ato penitencial, um pedido de perdão pelos nossos pecados.
Louvamos a Deus pelo Glória e professamos nossa fé pelo Credo.
No ofertório apresentamos a Deus nossas ofertas que são o pão e o vinho. Elas, simbolizam, toda nossa vida; nossos trabalhos, nossas canseiras, nossos desejos.
A Consagração é o momento em que o presidente da assembléia repete as palavras de Jesus na última ceia.
Na Comunhão recebemos em nosso coração o Senhor Jesus.
São 4 os fins principais da Missa:
- Dar culto de adoração ao Pai;
- Agradecer os benefícios recebidos;
- Pedir-lhe perdão dos pecados cometidos;
- Implorar seus dons, graças e benefícios.
Na hora da morte, as missas a que tivermos assistido serão nossa maior consolação.O mérito da Missa é infinito, pois infinitos são os méritos de Jesus. Ela nos perdoa nossos pecados veniais não confessados, dos quais nos arrependemos. Diminui o império de Satanás sobre nós e sufraga as almas do purgatório da melhor maneira possível.Uma só Missa a que houvermos assistido na vida nos será mais salutar do que muitas a que outros assistirão por nós, depois da morte, diminuindo nosso purgatório."As graças que não se alcançam na Missa, dificilmente se obtém fora dela. Muito grande é o poder dos pedidos feitos na Missa". (S.Afonso)Toda Missa nos alcança um maior grau de glória no céu, e nos atrai muitas graças e bençãos temporais. Preserva-nos de muitas desgraças e fortifica-nos contra as tentações.
A benção do sacerdote é ratificada nos céus por Nosso Senhor."Se conhecessemos o valor da Santa Missa que zelo não teríamos em participar dela". (S.Crua D'Ars)"Mais se merece em participar de uma só Missa do que distribuir todas as riquezas aos pobres e peregrinar toda a Terra".(S.Bernardo)A Missa é a fonte de todos os bens. É a melhor das ORAÇÕES, é a rainha, como a chama S.Francisco de Salles.
http://www.paroquiaimaculadaconceicao.com.br/
A intercessão na Família
A oração de intercessão é profundamente agradável a Deus, pois é desprovida do veneno de nosso egoísmo. Quando rezamos pelos outros, saímos de nós mesmos, de nosso mundinho de mesquinhez e experimentamos o mesmo que Dom Bosco: Deus nos colocou no mundo para os outros. Jesus viveu para os outros, viveu para o Pai e para nós, esquecendo-se de Si mesmo. Podemos assim dizer que a oração de intercessão é uma oração de pedido que nos conforma perfeitamente com a oração de Jesus. Ele é o único intercessor junto ao Pai em favor de todos os homens. Interceder é pedir em favor de alguém, de maneira especial por aqueles que mais necessitam. Só quem experimentou a misericórdia do Senhor pode interceder com eficácia, pois ninguém pode dar o que não recebeu. É um coração misericordioso que faz nossa oração agradável a Deus. A intercessão não tem limites, não encontra barreiras, vai a qualquer lugar. Nem o tempo pode contê-la. Pela intercessão pode-se atingir a todos os homens, também os poderosos deste mundo, os nossos inimigos e até mesmo os que negam Jesus e a ele se opõem. A oração constante obtém a misericórdia de Deus, mesmo para os que não são Seus amigos. Por isso, o Senhor lhe diz: Nunca desanime de pedir o meu auxílio. Não abaixe a voz ao suplicar minha misericórdia para o mundo. O intercessor só pode ser um homem cheio do Espírito, pois o Espírito Santo é o Paráclito, Ele mesmo intercede por nós com gemidos inefáveis. Se estar cheios do Espírito nos leva a interceder, o contrário também é verdade, interceder vai nos fazendo cada vez mais plenos do Espírito Santo; basta que Ele veja um coração determinado à intercessão, que já vem logo ensinar como fazê-lo. Sinto muita pena quando vou aos encontros de oração e vejo pais e mães aflitos a pedir a outros que intercedam por seus filhos e vice-versa, ou ainda mulheres a pedir por seus maridos, maridos por suas mulheres e assim por diante. Não é mau pedir aos outros que rezem pelos que amamos, o doloroso é perceber que tais pessoas acreditam que nossa oração terá mais força que a delas. É doloroso notar o desânimo e ver que muitos não acreditam que Deus os ouvirá. Esquecem-se do sacramento que os envolve e que os uniu em Jesus para serem família. O casamento não é para obrigar as pessoas a viver juntas sob o risco de ser condenadas se assim não o fizerem. O casamento é uma graça que capacita os que o receberam a viver o plano de Deus em sua união. Essa graça é eficaz. Ah! Se os pais soubessem o poder de sua intercessão pelos filhos… Se a esposa soubesse o que no Céu acontece quando ora pelo seu marido… Antes de pedir a outros, rezariam eles mesmos por aqueles que Deus lhes confiou. Depois de suplicar a intercessão do Bispo pelo seu filho Agostinho, que andava perdido, Santa Mônica ouviu de sua boca umas palavras que foram proféticas e que encheram de consolo seu coração: "Vá embora, mulher, que é impossível que se perca um filho de tantas lágrimas!". Se as mães soubessem o valor de suas lágrimas, não as desperdiçariam entre xingamentos e maldições, mas as ofereceriam a Deus no silêncio de seu coração. Lágrimas de mãe removem montanhas. O sofrimento da esposa converte o marido. Nossas orações são tão preciosas que Deus destinou os anjos para Lhe apresentarem imediatamente as que estamos fazendo. Desde que a oração seja humilde, confiante e perseverante, tudo se alcança. Quanto maior for nossa confiança, tanto maiores serão as graças que alcançaremos, pois uma grande confiança merece coisas grandes.
Do livro: "Quando só Deus é a resposta" - Márcio Mendes
Namoro e noivado
Nem o namoro nem o noivado conferem ao rapaz e à moça direitos próprios de marido e esposa, de uma vida íntima com encontros sexuais, fruto de cega paixão e não de verdadeiro amor. Este é feito de respeito pela pessoa amada, é paciente e felicitante somente florescendo em uma nova vida quando realizado o casamento e constituída a família. Não é o que vem acontecendo com muita freqüência, nestes tempos de liberação sexual da mulher e de preservativos distribuídos à farta pelos governantes, ou adquiridos pelos namorados ou noivos. Uma possível gestação antes do casamento é fato que marcará, negativamente e para sempre, a vida dos namorados e noivos. Particularmente a da jovem, que arcará com maior peso da gravidez, desejada ou não. Em tais casos, os pais têm sempre o dever de cercar as próprias filhas de amor, aconselhando-as a aceitar o filho que gestam no ventre. É de todo inconveniente que os jovens e seus pais precipitem ou obriguem seus filhos ao casamento. Além de poder ser nulo, por falta de uma livre decisão ou por imaturidade psicológica, com freqüência serão casamentos destinados ao fracasso. Sintetizando, diria que os anos e o tempo do namoro e do noivado devem levar os jovens muito mais à contemplação e ao encantamento mútuo, aos sonhos e planos, do que às intimidades, frutos de uma paixão sempre grave, que acabarão deixando profundas marcas em ambos, ou pelo menos na jovem, por toda a vida futura. Sexólogos e psicólogos, pais ou amigos que pensam, dizem ou escrevem o contrário são irresponsáveis quando tudo permitem, desde que os jovens usem o preservativo, contraceptivo que acaba subvertendo o plano de Deus e os valores que os adultos têm o dever de transmitir. É incrível, mas lamentável, que pais moderninhos estejam abrindo os seus lares para encontros íntimos, sexuais, das próprias filhas com seus namorados, como dizem, um mal menor. Nada justifica essa irresponsabilidade dos pais, esquecidos dos próprios deveres de ser educadores dos que geraram para a vida, e apontando-lhes o reto caminho que devem seguir. Um verdadeiro processo de educação para o amor e um casamento feliz têm origem no ventre materno, quando os filhos já sentem o acolhimento e a ternura que devem cercar o dom de suas vidas. É processo que acompanhará a todos, nos anos da primeira e segunda infância, da adolescência e juventude. Quando os filhos, menores ou maiores, sentem o amor e o respeito mútuo dos seus pais, além de terem uma idéia mais exata da paternidade do próprio Deus, percebem que também eles poderão constituir um lar digno e feliz. Se as nossas paróquias, comunidades e movimentos juvenis, professores e mestras derem uma séria educação sexual para os adolescentes e jovens, estarão contribuindo para a formação de famílias bem constituídas e responsáveis, ajustadas ao belo plano de Deus.
Trecho do livro: O casal humano na Sagrada Escritura
Dom Amaury Castanho
Elas deverão aprender de novo?
O feminismo legítimo conquistou espaços impossíveis de prever antes de Cristo, como direito ao voto, a exercer profissões, e ter voz ativa no mundo. As mulheres, por serem muito intuitivas, sabem que o cristianismo lhes garantiu ares novos. As mais esclarecidas são agradecidas ao Bom Mestre que, contrariamente a todas as pessoas famosas, nunca fez campanha contra elas, nem as colocou em situação infamante ou de desdém. Ao contrário, sempre reconheceu seu grande valor, e sua capacidade de doação.À sombra de Jesus elas se tornaram o símbolo da bondade, da doçura de coração, da garantia de uma boa educação da nova geração. Também levaram otimismo à humanidade, e à eficiência do funcionamento das instituições. Até suas exigências - às vezes nervosas - foram a mola propulsora do progresso contínuo da civilização. Elas impediram a acomodação ao espaço conquistado, e levaram a raça humana para conquistas insuspeitadas. “A mulher sábia edifica a sua casa” (Prov 14, 1). Sem exageros, elas misteriosamente lembram a bondade do Criador. Mas não vamos entregar-nos a delírios, deixando de lado a realidade da vida. A mulher real pode, pela sua natureza, ser esposa, mãe e grande educadora da nova geração. Mas existe a vertente poluída, pela qual ela pode se tornar egoísta, sem paz, agressiva, e mesmo sem fé. Sim, em vez de querer ser esposa, o plano agora é ser amante sem compromisso. Sua glória não é mais ser mãe, mas praticar a greve do seio. Em vez de ser depositária da vida, manifesta-se favorável ao aborto. A educação monótona dos filhos é entregue a outras pessoas.Esses ensinamentos “novos” vieram do ateísmo, e se caracterizam por serem profundamente anti-marianos. Estão explícitos em algumas revistas, e em novelas sem conta. A mulher precisa voltar a aprender. Com quem ela irá aprender? Exatamente com a mãe de Jesus, a mulher por excelência. Ela, em muitos pontos, se contrapõe a Eva, que foi sem convicções e reforçou para o mau caminho. É olhando para Maria que as nossas moças vão aprender a ser jovens e idealistas. E as mulheres vão aprender dela o que as torna verdadeiramente felizes: ser esposas, mães e educadoras. Ignorar isso é comprar frustrações.
DOM ALOÍSIO ROQUE OPPERMANN
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
O mundo vive como se Deus não existisse
Nosso mundo moderno e autossuficiente, infelizmente, já não precisa mais de Deus; vive como se o Todo-poderoso não existisse, e agora sofre. O Papa Bento XVI disse que o homem moderno construiu um mundo que não tem mais lugar para o Senhor.
Os homens criaram milhares de leis e muitos códigos de Direito para serem felizes, mas, infelizmente, não querem obedecer a apenas Dez Mandamentos, dados a nós pelo Criador para nossa felicidade. Se seguíssemos voluntariamente esses Mandamentos Divinos, não seriam necessários tantos códigos de leis e tantos presídios. Mas ninguém pode seguir os Mandamentos de Deus se não amar a Deus.
Não há lei melhor do que a dada a nós por Deus. Ele nos criou por amor e para o amor, "para participar de sua vida bem-aventurada" (Catecismo da Igreja Católica §1), nos deu leis sábias e santas para chegarmos a essa felicidade. Ou será que alguém é melhor do que Deus e pode nos dar leis e preceitos melhores para vivermos? Não. Ninguém é melhor do que Deus Pai; ninguém é mais sábio, douto e santo do que Ele.
É a religião que dá base moral a todas as outras atividades. Como disse Dostoiwiski – em "Os Demônios" – "Se Deus não existe, então, eu sou deus". E faço o que eu quero, vivo segundo as "minhas" pobres leis. Esta é hoje a grande ameaça à humanidade: o homem ocupa o lugar de Deus. Como disse o saudoso Papa João Paulo II: no século XX os falsos profetas se fizeram ouvir.
"A Palavra de Deus é viva, eficaz, mais penetrante do que uma espada de dois gumes, e atinge até à divisão da alma e do corpo, das juntas e medulas, e discerne os pensamentos e intenções do coração" (Hb 4,12).
Por isso, ninguém é feliz se não viver as Leis Divinas, e a razão é simples: Ele é nosso Criador e nos conhece como ninguém. Santo Agostinho afirmou: "Quando Deus te fascinar, serás livre".
O Senhor sabe tudo a nosso respeito; toma conta de tudo e nos ama. Por essa razão, nos deu leis e mandamentos sábios; seremos insensatos se não os seguirmos.
Felipe Aquino
Os homens criaram milhares de leis e muitos códigos de Direito para serem felizes, mas, infelizmente, não querem obedecer a apenas Dez Mandamentos, dados a nós pelo Criador para nossa felicidade. Se seguíssemos voluntariamente esses Mandamentos Divinos, não seriam necessários tantos códigos de leis e tantos presídios. Mas ninguém pode seguir os Mandamentos de Deus se não amar a Deus.
Não há lei melhor do que a dada a nós por Deus. Ele nos criou por amor e para o amor, "para participar de sua vida bem-aventurada" (Catecismo da Igreja Católica §1), nos deu leis sábias e santas para chegarmos a essa felicidade. Ou será que alguém é melhor do que Deus e pode nos dar leis e preceitos melhores para vivermos? Não. Ninguém é melhor do que Deus Pai; ninguém é mais sábio, douto e santo do que Ele.
É a religião que dá base moral a todas as outras atividades. Como disse Dostoiwiski – em "Os Demônios" – "Se Deus não existe, então, eu sou deus". E faço o que eu quero, vivo segundo as "minhas" pobres leis. Esta é hoje a grande ameaça à humanidade: o homem ocupa o lugar de Deus. Como disse o saudoso Papa João Paulo II: no século XX os falsos profetas se fizeram ouvir.
"A Palavra de Deus é viva, eficaz, mais penetrante do que uma espada de dois gumes, e atinge até à divisão da alma e do corpo, das juntas e medulas, e discerne os pensamentos e intenções do coração" (Hb 4,12).
Por isso, ninguém é feliz se não viver as Leis Divinas, e a razão é simples: Ele é nosso Criador e nos conhece como ninguém. Santo Agostinho afirmou: "Quando Deus te fascinar, serás livre".
O Senhor sabe tudo a nosso respeito; toma conta de tudo e nos ama. Por essa razão, nos deu leis e mandamentos sábios; seremos insensatos se não os seguirmos.
Felipe Aquino
Por que acumular riquezas?
A vida deve ser marcada por opções firmes e cumuladas de segurança verdadeira. Isso supõe constantes revisões no atual modo de pensar e de agir. A segurança não pode se apoiar apenas em bens de cunho material. Numa cultura eminentemente capitalista e consumista, não é fácil o despojamento do que é desnecessário, a qual favorece um acúmulo desregrado e sem função social.
A virtude da partilha é fruto de prática fraterna e cristã.
O desapego conduz a uma sadia liberdade e a atitudes de sabedoria divina. A vida não depende da abundância dos bens materiais. Ela pode até ser sacrificada na sua identidade por opções insensatas e pelo acúmulo desnecessário.
A fortuna da pessoa não está nos bens puramente materiais, mas na qualidade da sua vida, sem ilusão e segura no que lhe dá verdadeira firmeza. Isso vai além de si mesma na abertura para ajudar os totalmente desprovidos.
Há um texto bíblico que diz: “Ainda nesta noite, tua vida te será tirada. E para quem ficará o que acumulaste?” (Lc 12, 20). O importante, na verdade, é tornar-se rico diante de Deus.
A verdadeira riqueza tem dimensão espiritual, de partilha, de comunhão e de solidariedade. A vida tem uma transitoriedade, mas com possibilidade de transcendência, concretizada no amor eterno.
Desapego das coisas da terra não significa ter uma vida alienada, sem compromisso temporal, mas preocupada com a justiça social. É assumir os valores reais que causam verdadeira felicidade.
Somos chamados a uma nova maneira de pensar e de agir, especialmente nos libertando da ganância incontrolada. Temos de nos acercar dos bens terrenos, necessários para a vida, mas com sabedoria.
Tudo deve estar a serviço da humanidade. É contrassenso ser escravo das riquezas terrenas. A economia tem sentido quando colocada a serviço da vida. Do contrário, ela causa exclusão e pobreza. Somos insensatos ou sábios? Assumimos um humanismo novo, ao encontro de nós mesmos, com valores superiores de amor e de amizade? Só assim poderemos passar de condições menos humanas para mais humanas.
A virtude da partilha é fruto de prática fraterna e cristã.
O desapego conduz a uma sadia liberdade e a atitudes de sabedoria divina. A vida não depende da abundância dos bens materiais. Ela pode até ser sacrificada na sua identidade por opções insensatas e pelo acúmulo desnecessário.
A fortuna da pessoa não está nos bens puramente materiais, mas na qualidade da sua vida, sem ilusão e segura no que lhe dá verdadeira firmeza. Isso vai além de si mesma na abertura para ajudar os totalmente desprovidos.
Há um texto bíblico que diz: “Ainda nesta noite, tua vida te será tirada. E para quem ficará o que acumulaste?” (Lc 12, 20). O importante, na verdade, é tornar-se rico diante de Deus.
A verdadeira riqueza tem dimensão espiritual, de partilha, de comunhão e de solidariedade. A vida tem uma transitoriedade, mas com possibilidade de transcendência, concretizada no amor eterno.
Desapego das coisas da terra não significa ter uma vida alienada, sem compromisso temporal, mas preocupada com a justiça social. É assumir os valores reais que causam verdadeira felicidade.
Somos chamados a uma nova maneira de pensar e de agir, especialmente nos libertando da ganância incontrolada. Temos de nos acercar dos bens terrenos, necessários para a vida, mas com sabedoria.
Tudo deve estar a serviço da humanidade. É contrassenso ser escravo das riquezas terrenas. A economia tem sentido quando colocada a serviço da vida. Do contrário, ela causa exclusão e pobreza. Somos insensatos ou sábios? Assumimos um humanismo novo, ao encontro de nós mesmos, com valores superiores de amor e de amizade? Só assim poderemos passar de condições menos humanas para mais humanas.
Dom Paulo Mendes Peixoto
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
A perseverança nos bons propósitos
O que falta, por vezes, a muitos cristãos é a perseverança nos bons propósitos de seguir generosamente a Cristo. Há o entusiasmo pela figura do Divino Redentor e Suas palavras empolgam o coração. Acontece, porém, que tudo isso pode se dissipar rapidamente ao passar à realização concreta em ações bem definidas e a longo prazo. Vem daí a surpresa e, em seguida, a decepção e até o desânimo de continuar nas veredas traçadas pelo Mestre. Surge o vacilo e o titubeio. Qual o motivo de tudo isso? É que faltou uma reflexão profunda e sazonada, amadurecida. Fora fruto de um arrebatamento súbito e efêmero, talvez racional ou sentimental e sempre precipitado.
A afoiteza é um empecilho para uma existência cristã em plenitude. O cristão quer ser de Cristo, desse Cristo que é Deus e, ao mesmo tempo, Homem excelente, modelo de todas as virtudes humanas, percebe que junto d'Ele só há felicidade, mas se esquece daquilo que Jesus vai pedir nas ações do cotidiano. Não se lembra do que Ele disse: “Se alguém não tomar a sua cruz e me seguir não é digno de mim” (Mt 10,28). É preciso saber sacrificar as paixões, o comodismo, cumprir fielmente o dever de cada hora, não ceder às tentações diabólicas. Há forças hostis que necessitam ser dominadas. É preciso ser totalmente de Cristo e não de Lúcifer, pois este trabalha incessantemente no mundo para impedir a total vivência cristã.
Quem alertou sobre isso foi São Pedro: “Meus irmãos, estai atentos porque o demônio, como um leão a rugir, anda em derredor de vós, prestes a vos devorar. Resisti-lhe firmes na fé” (1Pd 5,8).
Não há tréguas nem quartel. O cristão quer, de fato, ser de Cristo e sabe que Ele é a personificação de todo o bem, do que há de melhor e de mais excelente; é Deus o próprio fim do batizado, a chave da salvação, da felicidade eterna. Esta constatação generosa compromete, porém, cada um a provas árduas e dolorosas. O maligno oferece riqueza, bens materiais, prazeres, luxo no comer e no vestir. Cristo, contudo, prega o desapego do mundo, a fuga dos deleites pecaminosos, o comedimento no se alimentar e no gastar. Lúcifer precipita o ser racional no rancor, na inveja, no ressentimento, no ódio. Jesus quer amor, pugna contra o egoísmo, perdão cordial, anistia radical. O demônio é o pai da mentira (cf. Jo 8,44); Cristo é a verdade personificada (cf. Jo 14,6).
A bandeira do diabo é a soberba; a de Jesus é a humildade. Então quem é de Cristo não quer outra glória senão a de Deus, nem outros triunfos do que os da santa causa da Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo. Nada de vã glória, proeminências ilusórias. Cumpre arrancar as raízes da vaidade e da empáfia. Não há meio-termo entre Lúcifer e Cristo. Este afirmou claramente: “Quem não é comigo é contra mim” ( Mt 12,30). Ele quer a mansidão: “Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração” (Mt 11,29). Ele quer perseverança total: “Ninguém que, no ato de por mão ao arado, olha para trás, é apto para o reino de Deus” (Lc 9,62). Deseja pureza de consciência: “Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus”. Quer compaixão: “Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia”. Seu seguidor é agente da paz: “Ditosos os pacíficos, porque serão filhos de Deus” (Mt 5, 7- 9).
Em síntese, Jesus exige que, perseverantemente, se coloque em prática, custe o que custar, tudo que está no Sermão da Montanha (cf. Mt cap. 5-7, 13). Ele alertou: “Entrai pela porta estreita, porque larga a porta e espaçosa a via que leva à perdição, e são muitos os que entram por ela. Mas quão estreita é a porta e apertada a via que leva à vida, e poucs são os que passam com ela!” (Mt 7,13). Portanto, sem perseverança, sem muita coragem os bons propósitos se evaporam, se tornam nuvens passageiras, sonhos dourados que logo desaparecem.
A afoiteza é um empecilho para uma existência cristã em plenitude. O cristão quer ser de Cristo, desse Cristo que é Deus e, ao mesmo tempo, Homem excelente, modelo de todas as virtudes humanas, percebe que junto d'Ele só há felicidade, mas se esquece daquilo que Jesus vai pedir nas ações do cotidiano. Não se lembra do que Ele disse: “Se alguém não tomar a sua cruz e me seguir não é digno de mim” (Mt 10,28). É preciso saber sacrificar as paixões, o comodismo, cumprir fielmente o dever de cada hora, não ceder às tentações diabólicas. Há forças hostis que necessitam ser dominadas. É preciso ser totalmente de Cristo e não de Lúcifer, pois este trabalha incessantemente no mundo para impedir a total vivência cristã.
Quem alertou sobre isso foi São Pedro: “Meus irmãos, estai atentos porque o demônio, como um leão a rugir, anda em derredor de vós, prestes a vos devorar. Resisti-lhe firmes na fé” (1Pd 5,8).
Não há tréguas nem quartel. O cristão quer, de fato, ser de Cristo e sabe que Ele é a personificação de todo o bem, do que há de melhor e de mais excelente; é Deus o próprio fim do batizado, a chave da salvação, da felicidade eterna. Esta constatação generosa compromete, porém, cada um a provas árduas e dolorosas. O maligno oferece riqueza, bens materiais, prazeres, luxo no comer e no vestir. Cristo, contudo, prega o desapego do mundo, a fuga dos deleites pecaminosos, o comedimento no se alimentar e no gastar. Lúcifer precipita o ser racional no rancor, na inveja, no ressentimento, no ódio. Jesus quer amor, pugna contra o egoísmo, perdão cordial, anistia radical. O demônio é o pai da mentira (cf. Jo 8,44); Cristo é a verdade personificada (cf. Jo 14,6).
A bandeira do diabo é a soberba; a de Jesus é a humildade. Então quem é de Cristo não quer outra glória senão a de Deus, nem outros triunfos do que os da santa causa da Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo. Nada de vã glória, proeminências ilusórias. Cumpre arrancar as raízes da vaidade e da empáfia. Não há meio-termo entre Lúcifer e Cristo. Este afirmou claramente: “Quem não é comigo é contra mim” ( Mt 12,30). Ele quer a mansidão: “Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração” (Mt 11,29). Ele quer perseverança total: “Ninguém que, no ato de por mão ao arado, olha para trás, é apto para o reino de Deus” (Lc 9,62). Deseja pureza de consciência: “Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus”. Quer compaixão: “Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia”. Seu seguidor é agente da paz: “Ditosos os pacíficos, porque serão filhos de Deus” (Mt 5, 7- 9).
Em síntese, Jesus exige que, perseverantemente, se coloque em prática, custe o que custar, tudo que está no Sermão da Montanha (cf. Mt cap. 5-7, 13). Ele alertou: “Entrai pela porta estreita, porque larga a porta e espaçosa a via que leva à perdição, e são muitos os que entram por ela. Mas quão estreita é a porta e apertada a via que leva à vida, e poucs são os que passam com ela!” (Mt 7,13). Portanto, sem perseverança, sem muita coragem os bons propósitos se evaporam, se tornam nuvens passageiras, sonhos dourados que logo desaparecem.
Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho
Vida Religiosa
É comum associar a expressão “vida religiosa” a uma vida reclusa, como a das freiras enclausuradas. Mas, na verdade, toda pessoa que crê no Pai do céu, no Seu projeto, no destino que Ele traçou para as criaturas, obviamente deve ter uma vida religiosa. Não se pode conhecer uma verdade, acreditar nela e não se pronunciar a respeito. Há de haver uma reação. Portanto, acreditamos que vida religiosa é aquela que todos nós devemos viver.
Conhecendo o mistério da magnífica criação do mundo, conhecendo as nossas falhas, conhecendo a misericórdia divina, através da Bíblia e, principalmente, através dos relatos da Paixão de Jesus Cristo, que veio ao mundo para nos remir de nossas faltas e para nos ensinar a construir a felicidade, temos de tomar uma atitude com relação a tudo isso e essa atitude é a nossa vida religiosa. Religião é palavra oriunda do latim (re+ligare) e significa “religação, nova ligação”, ligação do que foi quebrado e restaurado.
Para o cristão, a Ressurreição é a etapa conclusiva da salvação. No Evangelho, encontramos o fato, a dinâmica e todo o objetivo da vida que, em Maria, se realiza de maneira plena e livre. Nosso destino é um novo céu, não um céu "lá em cima", porque céu não é um lugar, mas um estado.
Maria Santíssima é o modelo do perfeito discípulo. A sua vida foi toda uma vida religiosa, não fora do mundo, mas atuante no mundo, para Deus e pelos irmãos. Na atitude da Virgem Maria, ser humano realizado, toda pessoa encontra inspiração de vida, fé e amor: o projeto se torna realidade; o mal é vencido; o amor triunfa.
Vida religiosa é isto: é o indivíduo ver, em cada momento e em cada circunstância de sua vida, a presença amorosa de Deus e responder a esse amor, não importa o que der e vier, como “a serva do Senhor”: faça-se em mim segundo a Vossa vontade. E dentre aqueles que vivem uma vida religiosa nós rezamos especialmente por todos os que têm uma vida consagrada, contemplativa ou não, os religiosos que, seguindo aos conselhos evangélicos da pobreza, obediência e castidade, se colocam mais proximamente na radicalidade do serviço e do anúncio do Evangelho ao mundo.
Que os religiosos, os frades, as freiras, os monjes e as monjas possam crescer cada vez mais no testemunho e na ação pastoral da Igreja de Cristo.
Conhecendo o mistério da magnífica criação do mundo, conhecendo as nossas falhas, conhecendo a misericórdia divina, através da Bíblia e, principalmente, através dos relatos da Paixão de Jesus Cristo, que veio ao mundo para nos remir de nossas faltas e para nos ensinar a construir a felicidade, temos de tomar uma atitude com relação a tudo isso e essa atitude é a nossa vida religiosa. Religião é palavra oriunda do latim (re+ligare) e significa “religação, nova ligação”, ligação do que foi quebrado e restaurado.
Para o cristão, a Ressurreição é a etapa conclusiva da salvação. No Evangelho, encontramos o fato, a dinâmica e todo o objetivo da vida que, em Maria, se realiza de maneira plena e livre. Nosso destino é um novo céu, não um céu "lá em cima", porque céu não é um lugar, mas um estado.
Maria Santíssima é o modelo do perfeito discípulo. A sua vida foi toda uma vida religiosa, não fora do mundo, mas atuante no mundo, para Deus e pelos irmãos. Na atitude da Virgem Maria, ser humano realizado, toda pessoa encontra inspiração de vida, fé e amor: o projeto se torna realidade; o mal é vencido; o amor triunfa.
Vida religiosa é isto: é o indivíduo ver, em cada momento e em cada circunstância de sua vida, a presença amorosa de Deus e responder a esse amor, não importa o que der e vier, como “a serva do Senhor”: faça-se em mim segundo a Vossa vontade. E dentre aqueles que vivem uma vida religiosa nós rezamos especialmente por todos os que têm uma vida consagrada, contemplativa ou não, os religiosos que, seguindo aos conselhos evangélicos da pobreza, obediência e castidade, se colocam mais proximamente na radicalidade do serviço e do anúncio do Evangelho ao mundo.
Que os religiosos, os frades, as freiras, os monjes e as monjas possam crescer cada vez mais no testemunho e na ação pastoral da Igreja de Cristo.
Padre Wagner Augusto Portugal
Teologia do corpo
A doutrina cristã sempre valorizou o corpo humano por entender que ele é bom. Desde os primeiros séculos, os doutores da Igreja tiveram de combater a doutrina maniqueísta, que considerava a existência de dois deuses: um do bem e outro do mal, sendo que tudo que era material era entendido como obra do deus mau. Dessa forma, o corpo, por ser matéria, era desprezado.
Entretanto, a fé cristã sempre viu no corpo uma bela obra de Deus. O homem é uma unidade de corpo e alma. O corpo é tão importante que, no mistério da Encarnação do Verbo Divino, o Filho de Deus assumiu a nossa carne. Por isso, a Igreja entende a grandeza do corpo humano e a necessidade de valorizá-lo e protegê-lo desde a gestação materna. É através do nosso corpo que nos relacionamos como os outros, com a natureza e com o cosmos. Ele não é apenas uma máquina fria sem expressão.
Na pessoa humana o corpo é um reflexo da vida interior, tanto que expressa o cansaço do espírito, a depressão da alma ou a alegria de viver. Para o cristão, matéria e espírito são duas dimensões do ser. O homem todo é obra boa de Deus, é um ser racional que deve valorizar todas as atividades: físicas, racionais, psicológicas e espirituais.
Também a Bíblia ressalta a grandeza do nosso corpo. São Paulo fala do cristão como o “templo vivo da Santíssima Trindade”. Jesus disse aos apóstolos que “se alguém me ama, meu Pai o amará, viremos a ele e faremos nele nossa morada” (João 14,23). E é por isso que o apóstolo dos gentios é tão severo ao advertir os coríntios sobre a necessidade de se manter a pureza do corpo. “Não sabeis que sois o templo de Deus e que o espírito de Deus habita em vós?” (I Cor 3,16).
Esses ensinamentos fazem com que o cristão saiba usar o seu corpo com dignidade, sobretudo, na vida sexual, expressão maior do amor conjugal. Por isso, o sexo não é vivido nem antes nem fora do casamento. Quando Deus une o casal para sempre – como uma só carne – este se torna um compromisso de vida na dor e alegria. Fora do casamento, toda relação sexual se torna vazia, porque perde o sentido unitivo e procriativo. Pela relação amorosa dos seus corpos, homem e mulher celebram a “liturgia conjugal” e são capazes de dar vida a um novo ser que, como eles, é imagem de Deus.
Por outro lado, o corpo não pode ter uma primazia sobre o espírito. Na Antiguidade, se valorizava somente o espírito, desprezando-se o corpo. Hoje, corremos o risco de ver o contrário acontecer. Há pessoas que se tornaram escravas do corpo. O consumismo as convenceu de que o mais importante é ser bonito fisicamente, esbelto, magro. Muitas pessoas são convencidas de que, se não estiverem de acordo com esses padrões, não serão felizes. Entretanto, Deus seria injusto se fizesse com que a felicidade dependesse da cor da pele, do biótipo do corpo, da ondulação do cabelo. O corpo não é um fim em si mesmo, mas um meio para nos expressarmos. Michel Quoist dizia ao jovem que, para ser belo, é melhor parar “cinco minutos diante do espelho, dez diante de si mesmo e quinze diante de Deus”. Se considerarmos esse princípio, estaremos dando a justa medida às coisas e, por consequência, trilhando o caminho da verdadeira felicidade.
Felipe Aquino
Entretanto, a fé cristã sempre viu no corpo uma bela obra de Deus. O homem é uma unidade de corpo e alma. O corpo é tão importante que, no mistério da Encarnação do Verbo Divino, o Filho de Deus assumiu a nossa carne. Por isso, a Igreja entende a grandeza do corpo humano e a necessidade de valorizá-lo e protegê-lo desde a gestação materna. É através do nosso corpo que nos relacionamos como os outros, com a natureza e com o cosmos. Ele não é apenas uma máquina fria sem expressão.
Na pessoa humana o corpo é um reflexo da vida interior, tanto que expressa o cansaço do espírito, a depressão da alma ou a alegria de viver. Para o cristão, matéria e espírito são duas dimensões do ser. O homem todo é obra boa de Deus, é um ser racional que deve valorizar todas as atividades: físicas, racionais, psicológicas e espirituais.
Também a Bíblia ressalta a grandeza do nosso corpo. São Paulo fala do cristão como o “templo vivo da Santíssima Trindade”. Jesus disse aos apóstolos que “se alguém me ama, meu Pai o amará, viremos a ele e faremos nele nossa morada” (João 14,23). E é por isso que o apóstolo dos gentios é tão severo ao advertir os coríntios sobre a necessidade de se manter a pureza do corpo. “Não sabeis que sois o templo de Deus e que o espírito de Deus habita em vós?” (I Cor 3,16).
Esses ensinamentos fazem com que o cristão saiba usar o seu corpo com dignidade, sobretudo, na vida sexual, expressão maior do amor conjugal. Por isso, o sexo não é vivido nem antes nem fora do casamento. Quando Deus une o casal para sempre – como uma só carne – este se torna um compromisso de vida na dor e alegria. Fora do casamento, toda relação sexual se torna vazia, porque perde o sentido unitivo e procriativo. Pela relação amorosa dos seus corpos, homem e mulher celebram a “liturgia conjugal” e são capazes de dar vida a um novo ser que, como eles, é imagem de Deus.
Por outro lado, o corpo não pode ter uma primazia sobre o espírito. Na Antiguidade, se valorizava somente o espírito, desprezando-se o corpo. Hoje, corremos o risco de ver o contrário acontecer. Há pessoas que se tornaram escravas do corpo. O consumismo as convenceu de que o mais importante é ser bonito fisicamente, esbelto, magro. Muitas pessoas são convencidas de que, se não estiverem de acordo com esses padrões, não serão felizes. Entretanto, Deus seria injusto se fizesse com que a felicidade dependesse da cor da pele, do biótipo do corpo, da ondulação do cabelo. O corpo não é um fim em si mesmo, mas um meio para nos expressarmos. Michel Quoist dizia ao jovem que, para ser belo, é melhor parar “cinco minutos diante do espelho, dez diante de si mesmo e quinze diante de Deus”. Se considerarmos esse princípio, estaremos dando a justa medida às coisas e, por consequência, trilhando o caminho da verdadeira felicidade.
Felipe Aquino
Acredite: o Pai ama você!
Bem no fundo, acreditamos no amor de Deus, mas naquele amor genérico. Quando se trata, porém, de acreditar no amor de Deus, que é pessoal, há um tipo de cortina, de sombra, que envolve nossa mente e nosso coração, atrapalhando-nos e impedindo-nos de crer nesse sentimento. Tal cortina e sombra são o resultado da nossa própria maneira de pensar e agir, da ação diabólica, além da má educação recebida. Temos dado muito mais importância aos nossos defeitos, às nossas falhas, fraquezas, pecados, incapacidades e infidelidades do que ao amor de Deus Pai.A ação diabólica deseja fazer-nos desacreditar no amor do Altíssimo. O maligno coloca em nossas mentes, e especialmente em nossos sentimentos, o que para nós é negativo, ou seja, que somos fracos, infiéis, pecadores, errados. No dia a dia, ele faz questão de mostrar os nossos pontos negativos.A própria tentação já faz isso quando procura colocar diante de nossos olhos tudo o que é negativo, até coisas como pensar que não somos bons de oração, que não somos perseverantes nem constantes, que somos incapazes de ter uma vida espiritual contínua, que não temos firmeza na oração de todos os dias, que não somos firmes na leitura diária da Palavra de Deus.Além dessa obra maligna e do nosso jeito de pensar e agir, há ainda a educação que recebemos; uma educação alheia à fé e impregnada de medo. Infelizmente, não fomos educados para acreditar no amor do Pai; pelo contrário, toda a nossa formação, seja no lar, na rua, na escola, nas aulas de catecismo, na igreja, na forma de ser e de raciocinar, enfim, toda a nossa educação foi delineada para que não acreditássemos no amor do Senhor. Fomos ensinados a crer num Deus severo, punitivo e vingativo, que não conhece meio-termo. Crescemos com medo do Todo-poderoso, assustados, medrosos e sem coragem de encará-Lo. O Senhor é muito diferente daquela imagem deturpada que nos foi passada: sempre atento às nossas falhas, pronto a nos castigar. Ele conhece, sim, nossas falhas e erros, mas é um Pai disposto a ajudar, a curar nossas feridas e a socorrer os que estão feridos. Eis o Pai que Deus é. Todavia, sentimos dificuldade em crer nisso.Deus Pai é cheio de bondade para conosco e quer fazer um verdadeiro trabalho de libertação em nós. Para que isso aconteça, o Senhor deseja primeiro rasgar as cortinas e remover as sombras que nos impedem de receber o Seu amor e nele acreditar.
O Espírito Santo quer reanimar a sua vocação
Vamos pedir ao Senhor hoje que Ele venha nos reanimar, afinal de contas o chamado que Deus faz vem muito antes de nós nascermos. Nós vemos no Livro de Jeremias, no capítulo 1, versículos 5 a 6, Deus diz a esse profeta: "Antes que no seio fosses formado, eu já te conhecia; antes de teu nascimento, eu já te havia consagrado, e te havia designado profeta das nações. E eu respondi: Ah! Senhor JAVÉ, eu nem sei falar, pois que sou apenas uma criança".
Talvez você diga para Deus: "Ah! Senhor Deus, eu não aguento mais o meu casamento, meu marido, meus filhos, minha paróquia, o meu ministério!" Ou quem sabe você faça parte de uma congregação e diga: "Eu não aguento mais" e está dizendo isso porque está contando com as próprias forças sem perceber. E você que talvez tenha desanimado na sua busca vocacional, tem medo, quer ir em busca [de realização], mas tem medo dentro de você.
Vamos pedir ao Espírito Santo que Ele venha nos reanimar, que Ele venha nos dar a graça de retomar o nosso chamado.
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Trindade Santa, nós Te pedimos, neste dia, as forças do Alto para retomar a nossa busca vocacional. Nós Te pedimos, Senhor, derrama sobre nós o Seu Espírito. Vem reavivar, reinflamar este chamado que está em cada um de nós. O chamado para servir, para ser pai, mãe, esposo, esposa, consagrado ou sacerdote. Vem, Espírito Santo, reinflama o carisma que nós recebemos de Deus. Vem dar a motivação de que nós precisamos. Liberta-nos do desânimo, da falta de fé, vem levantar o nosso ânimo, Espírito Santo.
E você pode orar no Espírito, desejando este reavivamento, deixando-O trabalhar no seu interior, retirar os entulhos, lixos e toda a tentação que se colocou em seu caminho.Nós pedimos, Espírito Santo, expulsa todo o mal da nossa vida! Inflama o nosso coração, o nosso desejo de servir a Deus.
Vem, Espírito Santo, retirando toda a poeira espiritual e toda a contaminação. Vem, Espírito Santo, em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Talvez você diga para Deus: "Ah! Senhor Deus, eu não aguento mais o meu casamento, meu marido, meus filhos, minha paróquia, o meu ministério!" Ou quem sabe você faça parte de uma congregação e diga: "Eu não aguento mais" e está dizendo isso porque está contando com as próprias forças sem perceber. E você que talvez tenha desanimado na sua busca vocacional, tem medo, quer ir em busca [de realização], mas tem medo dentro de você.
Vamos pedir ao Espírito Santo que Ele venha nos reanimar, que Ele venha nos dar a graça de retomar o nosso chamado.
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Trindade Santa, nós Te pedimos, neste dia, as forças do Alto para retomar a nossa busca vocacional. Nós Te pedimos, Senhor, derrama sobre nós o Seu Espírito. Vem reavivar, reinflamar este chamado que está em cada um de nós. O chamado para servir, para ser pai, mãe, esposo, esposa, consagrado ou sacerdote. Vem, Espírito Santo, reinflama o carisma que nós recebemos de Deus. Vem dar a motivação de que nós precisamos. Liberta-nos do desânimo, da falta de fé, vem levantar o nosso ânimo, Espírito Santo.
E você pode orar no Espírito, desejando este reavivamento, deixando-O trabalhar no seu interior, retirar os entulhos, lixos e toda a tentação que se colocou em seu caminho.Nós pedimos, Espírito Santo, expulsa todo o mal da nossa vida! Inflama o nosso coração, o nosso desejo de servir a Deus.
Vem, Espírito Santo, retirando toda a poeira espiritual e toda a contaminação. Vem, Espírito Santo, em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Salette Ferreira
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Consciência: a voz de Deus
O Antigo Testamento deixa claro o conceito de consciência. Quando Adão e Eva desobedeceram a Deus eles se esconderam "longe da face do Senhor Deus, entre as árvores do jardim" (cf. Gn 3,8). A consciência deles os alertou sobre algo errado que eles haviam cometido. Lemos no Livro de Samuel que "Davi sentiu remorsos de consciência e disse a Deus: 'pequei gravemente com o que fiz; mas agora, ó Senhor, perdoai, vos rogo, a culpa de vosso servo, porque procedi muito nesciamente'" (2 Sm 24,10).
No Novo Testamento encontramos o termo "consciência" 15 vezes. A Carta aos Hebreus, por exemplo, aconselha a que nos aproximemos de Jesus, Sumo-sacerdote "com intenção sincera, cheios de fé, com o coração purificado da má consciência" (cf. Hb 10,22). São Paulo, na Carta a Tito, asseverou: "Para os puros tudo é puro; para os corruptos e para os incrédulos nada é puro, porque a sua inteligência e sua consciência estão contaminadas" (Tito 1,15).
Grandes teólogos definiram a consciência como a "voz de Deus". Isso é profundamente bíblico, porque a consciência é "teônoma". Ela transmite a lei divina e concomitantemente oferece condições para se julgar um ato realizado ou por realizar da parte do ser racional com todo o discernimento. Diz Paulo aos Coríntios: "Minha consciência, é verdade, de nada me acusa, mas nem por isso estou justificado; quem me julga é o Senhor" (1 Cor 4,4). Sempre que este apóstolo se refere à consciência, realmente, ele menciona Deus (cf. 2 Cor 4,2) ou o testemunho do Espírito Santo (cf. Rm 9,1). Este texto do apóstolo dos gentios é também elucidativo: "Pois bem, esta é a nossa ufania: o testemunho da nossa consciência, de que temos procedido no mundo, e de modo particular para convosco, com a simplicidade e sinceridade que vêm de Deus, não com a sabedoria humana, mas com a graça divina" (2 Cor 1,12).
Que Deus ilumina a consciência e nos fala por meio da consciência é certo, pois o Altíssimo sonda os rins e os corações (cf. Jr 11, 20;17,10). Davi suplica: "Cesse a maldade dos iníquos, e amparai o justo, vós, Deus, justo, que perscrutais o coração e as entranhas" (Sl 7,10). Diz ainda o salmista ao se dirigir ao Onisciente Senhor: "Vós examinais o meu caminhar e as minhas paradas e todo o meu proceder vos é familiar.[...] Por trás e pela frente, vós me envolveis, e me fechais na vossa mão" (Sl 139, 3..5). Eis por que o remorso da consciência é consequência da não aceitação dos recados divinos. Entretanto, a última ruína do homem vicioso é a de se tornar insensível ao remorso. Santo Agostinho advertia: "A tudo podes fugir, ó homem, salvo da tua consciência. Se os pecados te roem a alma, não encontrarás no teu interior recanto algum em que te possas refugiar". Isso porque houve uma ruptura entre o ser contingente e o Ser Supremo, um rompimento da aliança e harmonia que devem existir entre a vontade submissa à razão e esta ao Espírito que ilumina.
Feliz aquele que pode então repetir com Jó: “Em consciência, não tenho que me arrepender dos meus dias” (Jó 27,6).
Por mais interiorizada que seja a consciência, ela tende, com efeito, a avaliar o mistério de Deus através do conhecimento que tem da Sua vontade expressa na Lei. O que vale, naturalmente, para o batizado é deste modo a pureza de intenção, ou seja, o esforço contínuo, sincero, sem dubiedades de se sujeitar aos desígnios de Deus, que lhe fala, persistentemente, por meio de sua consciência. É o Espírito infundido nos corações que assim torna livre o cristão, uma vez que este se liberta da escravidão do pecado, do mundo, das veleidades terrenas. Trata-se do julgamento reflexo e autônomo que flui lá do íntimo do coração sintonizado com seu Senhor. São Paulo aconselhava a Timóteo a ter um coração puro, boa consciência e fé sincera (cf. 1 Tm 1,5).
E asseverava aos romanos: "Tribulações e angústias sobrevêm à alma de todo o homem que praticar o mal" (Rm 2, 9). Podia garantir que "a glória do homem virtuoso é o bom testemunho de sua consciência" (2 Cor 1). Não existe, realmente, nada mais precioso do que a boa consciência, que é o aplauso de Deus lá dentro de cada um. Os franceses têm um ditado maravilhoso sobre o assunto: "O melhor travesseiro é a boa consciência".
Para concluir nada melhor as palavras do sábio Cardeal Newman: "Consciência é a voz de Deus no coração do homem".
No Novo Testamento encontramos o termo "consciência" 15 vezes. A Carta aos Hebreus, por exemplo, aconselha a que nos aproximemos de Jesus, Sumo-sacerdote "com intenção sincera, cheios de fé, com o coração purificado da má consciência" (cf. Hb 10,22). São Paulo, na Carta a Tito, asseverou: "Para os puros tudo é puro; para os corruptos e para os incrédulos nada é puro, porque a sua inteligência e sua consciência estão contaminadas" (Tito 1,15).
Grandes teólogos definiram a consciência como a "voz de Deus". Isso é profundamente bíblico, porque a consciência é "teônoma". Ela transmite a lei divina e concomitantemente oferece condições para se julgar um ato realizado ou por realizar da parte do ser racional com todo o discernimento. Diz Paulo aos Coríntios: "Minha consciência, é verdade, de nada me acusa, mas nem por isso estou justificado; quem me julga é o Senhor" (1 Cor 4,4). Sempre que este apóstolo se refere à consciência, realmente, ele menciona Deus (cf. 2 Cor 4,2) ou o testemunho do Espírito Santo (cf. Rm 9,1). Este texto do apóstolo dos gentios é também elucidativo: "Pois bem, esta é a nossa ufania: o testemunho da nossa consciência, de que temos procedido no mundo, e de modo particular para convosco, com a simplicidade e sinceridade que vêm de Deus, não com a sabedoria humana, mas com a graça divina" (2 Cor 1,12).
Que Deus ilumina a consciência e nos fala por meio da consciência é certo, pois o Altíssimo sonda os rins e os corações (cf. Jr 11, 20;17,10). Davi suplica: "Cesse a maldade dos iníquos, e amparai o justo, vós, Deus, justo, que perscrutais o coração e as entranhas" (Sl 7,10). Diz ainda o salmista ao se dirigir ao Onisciente Senhor: "Vós examinais o meu caminhar e as minhas paradas e todo o meu proceder vos é familiar.[...] Por trás e pela frente, vós me envolveis, e me fechais na vossa mão" (Sl 139, 3..5). Eis por que o remorso da consciência é consequência da não aceitação dos recados divinos. Entretanto, a última ruína do homem vicioso é a de se tornar insensível ao remorso. Santo Agostinho advertia: "A tudo podes fugir, ó homem, salvo da tua consciência. Se os pecados te roem a alma, não encontrarás no teu interior recanto algum em que te possas refugiar". Isso porque houve uma ruptura entre o ser contingente e o Ser Supremo, um rompimento da aliança e harmonia que devem existir entre a vontade submissa à razão e esta ao Espírito que ilumina.
Feliz aquele que pode então repetir com Jó: “Em consciência, não tenho que me arrepender dos meus dias” (Jó 27,6).
Por mais interiorizada que seja a consciência, ela tende, com efeito, a avaliar o mistério de Deus através do conhecimento que tem da Sua vontade expressa na Lei. O que vale, naturalmente, para o batizado é deste modo a pureza de intenção, ou seja, o esforço contínuo, sincero, sem dubiedades de se sujeitar aos desígnios de Deus, que lhe fala, persistentemente, por meio de sua consciência. É o Espírito infundido nos corações que assim torna livre o cristão, uma vez que este se liberta da escravidão do pecado, do mundo, das veleidades terrenas. Trata-se do julgamento reflexo e autônomo que flui lá do íntimo do coração sintonizado com seu Senhor. São Paulo aconselhava a Timóteo a ter um coração puro, boa consciência e fé sincera (cf. 1 Tm 1,5).
E asseverava aos romanos: "Tribulações e angústias sobrevêm à alma de todo o homem que praticar o mal" (Rm 2, 9). Podia garantir que "a glória do homem virtuoso é o bom testemunho de sua consciência" (2 Cor 1). Não existe, realmente, nada mais precioso do que a boa consciência, que é o aplauso de Deus lá dentro de cada um. Os franceses têm um ditado maravilhoso sobre o assunto: "O melhor travesseiro é a boa consciência".
Para concluir nada melhor as palavras do sábio Cardeal Newman: "Consciência é a voz de Deus no coração do homem".
Cônego José Geraldo Vidigal de Carvalho
Vencendo as barreiras nos relacionamentos
Se não tivéssemos aprendido um pouco sobre a metamorfose das borboletas, sequer poderíamos imaginar que o mesmo inseto que esvoaça entre flores tenha sido uma asquerosa lagarta, a qual semanas antes estava rastejando pelo mesmo jardim.
Foram necessários interesse e maturidade para estudar o delicado comportamento dessas lagartas, do contrário, teríamos nos empenhado no extermínio daquelas devoradoras de plantas e erradicaríamos da natureza a beleza colorida que vivifica os bosques. Uma dedicação semelhante se faz necessária para cada um de nós quando a questão envolve vidas e diferenças de comportamentos.
Como seria fácil se, para o nosso convívio diário, – diante das divergências e na tentativa de convencer alguém sobre uma determinada opinião – pudéssemos inserir um cartão de memória pré-programada para obter os resultados esperados, como fazemos em máquinas… Ou ainda, não estando satisfeitos com as atitudes e procedimentos de alguém, simplesmente cortássemos o contato com ele, como podamos os ramos de uma árvore em nosso jardim.
Por diversas vezes já tivemos vontade de “abrir” a cabeça de alguém e fazer com que ele entendesse o nosso pensamento para que vivesse a nossa vontade. Entretanto, bem sabemos que, diante de tais desafios, muitas vezes, tomamos atitudes enérgicas, apoiadas em nosso autoritarismo. Se assim agirmos, estaremos sufocando a “metamorfose” na vida daqueles que ainda precisarão atingir o próprio amadurecimento, tal como ocorre com as borboletas.
Quem se abre aos relacionamentos deverá estar sempre disposto a resgatar a saúde do convívio, mesmo quando inúmeras situações indicarem a facilidade da fuga como válvula de escape. É verdade que somente nos desentendemos com aqueles com os quais realmente convivemos e, de maneira especial, quando as coisas não vêm ao encontro das nossas cômodas intenções. Muitas vezes, preferiríamos viver numa ilha, isolados de tudo e de todos, especialmente quando experimentamos as asperezas dos desentendimentos, comuns e pertinentes às nossas amizades. Em outras ocasiões, surge até o desejo de pegar um dos nossos amigos pelo pescoço, chacoalhá-lo e jogá-lo contra a parede. Certamente, tal vontade tem de ser controlada, já que esses sentimentos tendem a desaparecer com a mesma velocidade com que emergiram no calor dos ânimos exaltados.
Contudo, a lição proposta pela vida é a de sempre conquistarmos alguns passos à frente na caminhada que estamos trilhando rumo à maturidade. Mas como fazer com que um infortúnio se torne uma história de superação? Sem culpar pessoas ou acontecimentos, passemos a considerar as consequências do impasse que estamos enfrentando. Sem parar na dificuldade, busquemos as possíveis soluções ao nosso alcance. Pois, assim como o rochedo desafia um alpinista, as nossas diferenças permanecerão imóveis até que nos coloquemos em ação para superá-las.
Tal como as ondas do mar roubam as areias sob os nossos pés, as desavenças, impaciências, irritações, invejas solapam os alicerces das nossas amizades. Penso não existir coisa mais descabida numa relação pessoal do que o ato de “dar um gelo”, ou como alguns preferem dizer: “matar fulano no coração”, ou seja, esquecê-lo. Ignorar, mudar de calçada ou desconsiderar a presença de alguém, que antes fazia parte de nosso círculo de amizade, faz com que retrocedamos ao tamanho das picuinhas dos seres mais ínfimos que podemos imaginar. Seríamos injustos se comparássemos tais atitudes ao comportamento infantil, pois, na pureza peculiar das crianças, sabemos que logo após seus acessos de raiva, estas instantaneamente voltam à amizade sem nenhum ressentimento ou mágoa.
Pelos motivos acima apontados, muitas vezes, ferimos os sentimentos daqueles com quem convivemos; talvez, na mesma intensidade de uma agressão física.
Para nós adultos, reviver a aproximação com alguém que tenha nos ferido não é uma atitude fácil. Ninguém é superior o bastante para estar livre dos erros e deslizes em seus relacionamentos. Podemos ser vítimas, também, de nossos próprios ataques que, refletidos em atos potencializados pela ira, descontentamento ou ciúme, tenham decepcionado um amigo com nossas grosserias ou indiferenças. O restabelecimento desses abalos em nossas relações, ainda que não seja algo fácil, poderá ser possível ao tomarmos a iniciativa da reaproximação, por exemplo, a partir das atividades ou coisas que eram vividas em comum.
“Atire a primeira pedra aquele que nunca errou”. Assim, ao nos colocarmos na mesma condição – sujeitos aos mesmos erros – justificaremos a atitude do destrato sofrido não como sendo um comportamento próprio do nosso amigo, mas como resultado de uma faceta ainda desconhecida dentro do nosso convívio, a qual precisará ser trabalhada.
Deus abençoe o seu, o meu e o nosso esforço.
Dado Moura
Foram necessários interesse e maturidade para estudar o delicado comportamento dessas lagartas, do contrário, teríamos nos empenhado no extermínio daquelas devoradoras de plantas e erradicaríamos da natureza a beleza colorida que vivifica os bosques. Uma dedicação semelhante se faz necessária para cada um de nós quando a questão envolve vidas e diferenças de comportamentos.
Como seria fácil se, para o nosso convívio diário, – diante das divergências e na tentativa de convencer alguém sobre uma determinada opinião – pudéssemos inserir um cartão de memória pré-programada para obter os resultados esperados, como fazemos em máquinas… Ou ainda, não estando satisfeitos com as atitudes e procedimentos de alguém, simplesmente cortássemos o contato com ele, como podamos os ramos de uma árvore em nosso jardim.
Por diversas vezes já tivemos vontade de “abrir” a cabeça de alguém e fazer com que ele entendesse o nosso pensamento para que vivesse a nossa vontade. Entretanto, bem sabemos que, diante de tais desafios, muitas vezes, tomamos atitudes enérgicas, apoiadas em nosso autoritarismo. Se assim agirmos, estaremos sufocando a “metamorfose” na vida daqueles que ainda precisarão atingir o próprio amadurecimento, tal como ocorre com as borboletas.
Quem se abre aos relacionamentos deverá estar sempre disposto a resgatar a saúde do convívio, mesmo quando inúmeras situações indicarem a facilidade da fuga como válvula de escape. É verdade que somente nos desentendemos com aqueles com os quais realmente convivemos e, de maneira especial, quando as coisas não vêm ao encontro das nossas cômodas intenções. Muitas vezes, preferiríamos viver numa ilha, isolados de tudo e de todos, especialmente quando experimentamos as asperezas dos desentendimentos, comuns e pertinentes às nossas amizades. Em outras ocasiões, surge até o desejo de pegar um dos nossos amigos pelo pescoço, chacoalhá-lo e jogá-lo contra a parede. Certamente, tal vontade tem de ser controlada, já que esses sentimentos tendem a desaparecer com a mesma velocidade com que emergiram no calor dos ânimos exaltados.
Contudo, a lição proposta pela vida é a de sempre conquistarmos alguns passos à frente na caminhada que estamos trilhando rumo à maturidade. Mas como fazer com que um infortúnio se torne uma história de superação? Sem culpar pessoas ou acontecimentos, passemos a considerar as consequências do impasse que estamos enfrentando. Sem parar na dificuldade, busquemos as possíveis soluções ao nosso alcance. Pois, assim como o rochedo desafia um alpinista, as nossas diferenças permanecerão imóveis até que nos coloquemos em ação para superá-las.
Tal como as ondas do mar roubam as areias sob os nossos pés, as desavenças, impaciências, irritações, invejas solapam os alicerces das nossas amizades. Penso não existir coisa mais descabida numa relação pessoal do que o ato de “dar um gelo”, ou como alguns preferem dizer: “matar fulano no coração”, ou seja, esquecê-lo. Ignorar, mudar de calçada ou desconsiderar a presença de alguém, que antes fazia parte de nosso círculo de amizade, faz com que retrocedamos ao tamanho das picuinhas dos seres mais ínfimos que podemos imaginar. Seríamos injustos se comparássemos tais atitudes ao comportamento infantil, pois, na pureza peculiar das crianças, sabemos que logo após seus acessos de raiva, estas instantaneamente voltam à amizade sem nenhum ressentimento ou mágoa.
Pelos motivos acima apontados, muitas vezes, ferimos os sentimentos daqueles com quem convivemos; talvez, na mesma intensidade de uma agressão física.
Para nós adultos, reviver a aproximação com alguém que tenha nos ferido não é uma atitude fácil. Ninguém é superior o bastante para estar livre dos erros e deslizes em seus relacionamentos. Podemos ser vítimas, também, de nossos próprios ataques que, refletidos em atos potencializados pela ira, descontentamento ou ciúme, tenham decepcionado um amigo com nossas grosserias ou indiferenças. O restabelecimento desses abalos em nossas relações, ainda que não seja algo fácil, poderá ser possível ao tomarmos a iniciativa da reaproximação, por exemplo, a partir das atividades ou coisas que eram vividas em comum.
“Atire a primeira pedra aquele que nunca errou”. Assim, ao nos colocarmos na mesma condição – sujeitos aos mesmos erros – justificaremos a atitude do destrato sofrido não como sendo um comportamento próprio do nosso amigo, mas como resultado de uma faceta ainda desconhecida dentro do nosso convívio, a qual precisará ser trabalhada.
Deus abençoe o seu, o meu e o nosso esforço.
Dado Moura
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