segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

O Sacramento do Batismo II

Quando o batismo é válido?
O batismo é ordinariamente válido quando o ministro (bispo, presbítero, diácono) - ou, em caso de necessidade qualquer pessoa (batizada) - derrama água sobre batizando, enquanto diz: "N..., eu te batizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo". Isso supõe a fé em Jesus Cristo, pois sem a fé o batismo não passa de uma encenação. Mas não só o batismo na Igreja Católica é válido. O batismo de crianças ou de adultos realizados em algumas outras também o é. Batizam validamente: as Igrejas Orientais; a Igreja Vetero-Católica; a Igreja Episcopal (Anglicana) do Brasil; a Igreja Evangélica Luterana do Brasil (IELB); a Igreja Evangélica de Confissão Luterana do Brasil (IECLB); e a Igreja Metodista. O batismo em outras Igrejas é válido se realizado com águas e na mesma fé, utilizando a fórmula trinitária. Por razões teológicas, ou pelo sentido que dão ao sacramento, a Igreja Católica tem reservas quanto à validade do batismo realizado em algumas Igrejas e considera inválido o batismo de certas expressões religiosas. Jesus disse aos discípulos: "Vão e façam com que todos os povos se tornem meus discípulos, batizando-os em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo, e ensinando-os a observar tudo o que ordenei a vocês" (Mt 28, 19-20). O Cristo Ressuscitado envia sua Igreja ao mundo, pois a salvação é oferecida a todos. Para ser salvo, é preciso Ter fé em Jesus e segui-lo, mas ninguém segue Jesus sozinho. Pelo batismo passamos a fazer parte da comunidade dos seguidores de Jesus, participantes da vida de Deus que é Pai, Filho e Espírito Santo. O batismo é um Dom de Deus para nós. Dom que nos torna filhos amados, e não apenas simples criaturas. Ele nos mostra que fomos feitos para a comunhão com aquele que é o Senhor de tudo e com o nossos irmãos, incluindo aquelas que acreditam em Jesus Cristo, mas não são católicos como nós. O Batismo é o sacramento da comunhão de todos no Cristo. É isso que nos diz São Paulo: "Pois todos vocês, que foram batizados em Cristo, se revestiram de Cristo. Não há mais diferenças entre judeu e grego, entre escravo e homem livre, entre homem e mulher, pois todos vocês são um só em Jesus Cristo" (Gl 3, 27-28)

O Sacramento do Batismo I

O Batismo é o nascimento.
Como a criança que nasce depende dos pais para viver, também nós dependemos da vida que Deus nos oferece. No Batismo, a Igreja reunida celebra essa experiência de sermos dependentes, filhos de Deus. Pelo Batismo, participamos da vida de Cristo. Jesus Cristo é o grande sinal de que Deus cuida de nós. O santo Batismo é o fundamento de toda a vida cristã, a porta da vida no Espírito e a porta que abre o acesso aos demais sacramentos. Pelo Batismo somos libertados do pecado e regenerados como filhos de Deus, tornamo-nos membros de Cristo, somos incorporados à Igreja e feitos participantes de sua missão: "Baptismus est sacramentum regenerationis per aquam in verbo - O Batismo é o sacramento da regeneração pela água na Palavra". Quando recebemos o Sacramento do Batismo, transformamo-nos de criaturas para Filhos Amados de Deus. Muitos pensam que os sacramentos em geral são obras eclesiásticas, ou seja, os sacramentos são "invenções" da Igreja. Isso não é verdade, os sacramentos são sem sombra de dúvidas criadas por Jesus Cristo, o próprio Deus Encarnado. O profeta João Batista, primo de Jesus, que veio ao mundo para preparar os caminhos para a vinda do Messias, foi quem batizava as pessoas para a vinda de Cristo (Mc 1, 2s). Ele sabia que o seu Batismo era temporário, pois logo depois dele viria o seu primo Jesus que batizaria no Espírito Santo, ou seja, o profeta batizava com água e Jesus batizava com o Espírito Santo. A Bíblia sugere o batismo de todos, o que inclui as crianças. Atos 2, 38-39: "Disse-lhes Pedro: 'Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados. E recebereis o dom do Espírito Santo. A promessa diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos que estão longe - a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar'." E também outras passagens. (ver Atos 16, 15; Atos 16, 33; Atos 18, 8; 1Coríntios 1, 16)

O desafio do vestibular

Vestibular, segundo o dicionário, é o “exame para ingresso no ensino superior”; na prática, sabemos que não é assim tão simples. Este “exame” é marcante na vida de todo jovem (e infelizmente nem sempre as marcas deixadas são positivas); este é capaz de fazer os maiores sacrifícios, de deixar tudo, amigos, grupo de oração e qualquer espécie de lazer e divertimento para obter a aprovação.
Cada vez mais cedo, os colégios começam a preparar os alunos para este concurso. E os jovens, atônitos, vêem-se jogados numa rotina estafante de muitas horas de estudo, aulas, simulados e toda uma parafernália montada em torno deles, tendo em vista unicamente o seu “sucesso” no famigerado vestibular. À sua volta, gritam muitas vozes internas e externas: “Você tem de ser o número um!”; “Ser bom só, não é suficiente!”; “Meu filho vai fazer medicina, afinal ele não pode desperdiçar tanta inteligência...”; “Quer morrer de fome, menino? Onde já se viu ganhar dinheiro fazendo vestibular para Física????”; “Enquanto você está aqui perdendo tempo, tem um concorrente seu estudando!”...
No meio de tudo isso, mergulhado numa rotina que chega a ser cruel, raramente o jovem é capaz de perceber a importância e o sentido desse momento, afogado que está na objetividade do ter de passar de qualquer jeito. Por causa da falta de sentido, o que era para ser apenas um exame, acaba se tornando uma verdadeira tortura, um gigantesco turbilhão gerador de frustrações.
Antes de ser “vestibulando”, o jovem é um ser em busca de sentido, que originalmente deseja e procura a felicidade, ou um motivo para ser feliz, como diria Viktor Frankl, fundador da Logoterapia.
Descobrir o sentido de sua vida: este é o grande desfio do jovem de hoje. E este sentido pode estar muito ligado à profissão que vai exercer ao longo da vida. Somos chamados a transformar, a recriar o mundo, e fazemos isto através dos talentos que nos foram confiados por Deus, dentro do exercício de nossa profissão, do nosso trabalho. E, no que toca esta questão, os estudos têm grande importância, porque, além de proporcionarem ao jovem a descoberta daquilo para o qual foi criado, também vão prepará-lo, dar-lhe subsídios para colocar isso em prática.
Os estudos figuram, então, como um caminho de crescimento e de amadurecimento na descoberta do sentido, não só porque trazem à tona os talentos e aptidões, mas também, e principalmente, por causa da disciplina e do trabalho que eles desprendem. A partir desse tempo de descoberta e discernimento, a pessoa vai se conhecendo, descobrindo suas inclinações e conciliando aquilo de que gosta com aquilo que sabe fazer.
Nos dias de hoje, mais do que nunca, a educação precisa ser voltada para a responsabilidade. Ser responsável é ter a capacidade de fazer escolhas. E a escolha profissional é de cada um e não dos pais. Cada um é livre para escolher o que quiser, e essa escolha, de um modo bem particular, é muito séria. Não deve de modo algum ser feita aleatoriamente e nem se basear em um mito do tipo: “Vou escolher o curso X porque é o que dá dinheiro” ou então, o que é mais triste: “Não sei o que vou fazer, vou marcar qualquer um”.
Não se deve trocar a realização pessoal e profissional por uma brincadeira, por uma escolha feita pelos pais, amigos ou quem quer que seja; e muito menos pela ilusão do dinheiro ou do “status”. É por causa desse tipo de engano que vemos tantos profissionais medíocres, tantas pessoas frustradas. É preciso escolher bem e ser responsável por aquilo que se escolhe, e ir até o fim, dar o melhor de si. Se não somos coerentes com aquilo para o qual fomos criados ou se não nos responsabilizamos pela escolha que fazemos ou ainda, se brincamos com nossas escolhas, corremos o sério risco de jogar nossa vida e seu sentido pela janela. Temos um compromisso, uma responsabilidade com a nossa vida e ninguém pode fazer a escolha no nosso lugar. Ninguém pode nos impor o modo nem o montante com o qual vamos contribuir com Deus na missão a que fomos chamados, já que esse chamado é pessoal; e a escolha livre que fazemos, ou não, a partir desse chamado também o é.
Nesse caminho, Deus mesmo vai abrindo as portas que deseja. Muitos jovens já sofreram com o fato de não terem passado no vestibular; entretanto, não conseguiram essa aprovação porque, certamente, Deus tinha reservado algo muito melhor para eles.
Porém, não se pode culpar a Deus quando, aparentemente, não recebemos nada “em troca”. Muitas vezes o “não passar” é fruto de uma negligência nossa, por não abraçarmos esse tempo como um momento único da vida, como uma oportunidade de crescer, conhecer, aprender. Deus quer que vivamos esse tempo correndo todo tipo de “risco”; com as alegrias e conquistas, mas também com os aparentes erros e fracassos, para que com eles amadureçamos como jovens de Deus, que têm nele a razão de passar por isso tudo. Se a vontade de Deus é a razão do nosso vestibular, não sofreremos tanto com as decepções, pois já teremos a paz garantida.
É preciso, portanto, perceber o vestibular não como um fim em si mesmo, muito menos como um instrumento de mensuração da inteligência – como muitos querem afirmar –, mas como uma maneira de descobrir e começar a realizar aquilo para o qual fomos criados; e de, dando o melhor de si, contribuir com Deus em favor da humanidade e da construção do Reino.

Comunidade Católica Shalom

A vida não é uma balada

O direito de se divertir e encontrar os amigos para algumas horas de distração juntos, nunca pode tirar, da consciência, o dever de cuidar-se e cuidar dos outros. Os encontros sempre foram uma oportunidade bonita de estreitar laços de amizade e construir relacionamentos verdadeiros. As baladas são uma oportunidade positiva, para quem tem a cabeça no lugar, assim outros ambientes sociais, e podem conduzir a uma verdadeira vivência dos valores da vida humana, como por exemplo a amizade, o respeito e a valorização do outro e da vida. Somos ou não somos corresponsáveis para criar um mundo melhor? Acreditamos ou não que a vida é presente de Deus e que deve ser preservada a todo custo?
Diante de tantos fatos de jovens se matando no trânsito, excedendo em bebida alcoólica, em drogas que afetam diretamente a consciência e o correto uso da razão; diante das reuniões exclusivas para determinados grupos sociais; diante da diversidade de opções que levam jovens ou adultos a viverem alienados em um mundo ilusório, acreditando serem felizes, pergunto: Quantas vidas foram e estão sendo ceifadas, a cada dia, por causa dos abusos e extravagâncias? Como convencer esta gente que pensa que a vida não vale nada? Como os pais podem ficar tranquilos em casa em um fim de semana, sem ver os filhos de volta? Quando e como voltam? Quantos não voltaram, senão em um carro funerário!
Como parte deste mundo imundo, não podemos estar de braços cruzados. Muitas iniciativas foram tomadas e estão sendo levadas a bom termo. Atitudes de repressão, como também de educação e de prevenção, são realizadas em todos os ambientes, com o objetivo de proporcionar qualidade de vida e favorecer a construção de uma sociedade cada vez mais solidária e segura. Além de todo o trabalho feito, a prevenção e a verdadeira educação vêm da família, onde, desde pequenos, aprendem a viver os limites da vida, onde aprendem o quanto vale cada coisa que usam, sabem de onde veio e quanto suor custou. Ao mesmo tempo, aprendem, com os pais, o caminho da igreja, do amor e o temor de Deus. Desde o colo materno e paterno os pequenos aprendem que a vida vale mais, que acima de tudo temos um Deus que nos ama e nos quer ver felizes, aqui e na eternidade.
Sem querer fazer dos filhos estátuas ou múmias sem sentimentos ou desejos, os pais devem, como missão, oferecer um caminho onde saibam valorizar o pouco, onde saibam viver na abundância e na carência, onde aprendam deste a tenra idade a orar e dobrar os joelhos, reconhecer que não estão sozinhos. Ninguém pode furtar-se a esse dever. É puro engano pensar: Vou deixar meus filhos crescerem e quando grande eles decidem o que querem seguir. A primeira escola, a primeira igreja, a primeira professora, o primeiro catequista é a sua casa, é o seu colo, é sua experiência de Deus. Quantos pais e mães, vazios de Deus, sem nenhuma experiência espiritual para apresentar aos filhos! Ninguém dá o que não tem. Com certeza, muitos deram tudo, menos o essencial. Com certeza, muitos não tinham nada e deram o que tinham: o amor e o carinho de quem acredita que a vida é dom de Deus Pai. Assim vamos contemplar um mundo, onde a morte não ocupa o primeiro lugar e nem nossas ruas ficarão manchadas de sangue de inocentes e de irresponsáveis que matam e morrem. A vida não é uma balada.

Dom Anuar Battisti

Beijar ou não beijar?

"Eu estava conversando com alguns amigos alguns dias atrás e uma das minhas amigas contou de um "jogo" que ela sabia ou que viu pessoas jogando (talvez ela jogou), numa festa. Ela falou sobre um colar que você coloca em alguém que você quer beijar, se você aceitar o negócio é que você pode beijar a pessoa. O fato é que este, que recebeu o colar, beija duas pessoas: uma ao receber o colar e outra ao passar adiante. Ela falou sobre outros tipos de jogos de beijar que você acaba beijando todo mundo ao redor.
Não tenho nada contra essa pessoa (ela é uma menina joia) ou contra as pessoas que beijam alguém no mesmo dia que conhecem a outra pessoa. Eu só quero dizer que eu não faria isso e porquê eu não faria.
Meu corpo é parte de quem eu sou. Eu acredito que eu não sou só a minha alma ou só minha mente. Eu sou o meu corpo. Mesmo se eu acho que sou um pouco gordinho, que eu acho que preciso de uma dieta, ou fazer alguns exercícios a mais, meu corpo sou eu (ou é eu, dependendo de com quem vc faça a concordância verbal). Eu sou corpo e alma (e mente também se você quiser).
Que que isso tem a ver com eu beijar alguém?
Bem, é bastante simples. Quando eu beijo alguém eu estou dando a minha boca, uma parte muito sensível e vulnerável do meu corpo, para alguém e, claro, essa outra pessoa faz o mesmo para mim. O negócio é o seguinte: eu estou dando o meu corpo e, claro, estou dando a mim mesmo a alguém. Quando eu falo sobre coisas da minha alma para alguém eu não faço isso para alguém que acabei de conhecer, eu compartilho meus sentimentos com os meus amigos mais próximos. Por que eu deveria compartilhar o meu corpo com alguém que acabei de conhecer?
Durante a conversa eu disse: "Estou me sentindo um avô". Não estava defendendo o estilo de vida à moda antiga ou voltar para os velhos tempos, mas sou, neste caso, partidário dos amantes românticos. Eu acredito na amizade antes de namoro, eu acredito no beijo como uma forma de demonstrar amor, eu acredito no amor para sempre.
Quando eu estava escrevendo este post, vi um comercial na MTV, onde você envia uma mensagem de texto com o nome de que você está a fim pra saber se ele / ela beija bem. Esta é realmente a coisa mais importante (ou a primeira) a saber sobre uma pessoa por quem você se sente atraído? E os seus sonhos? Ou qualquer outro aspecto da vida de alguém? Não é importante saber quais são seus planos para o futuro? Ou o que é a coisa mais importante para ele / ela?
Bem, eu acho que você entendeu o que eu queria dizer. Eu acredito no amor."

O mundo de dentro do jovem

Atualmente, os jovens de uma forma geral conhecem a Internet; sabem as músicas da parada de sucesso; as gírias do momento; as roupas que estão na moda; os artistas que estão em alta; e alguns poucos, ainda sabem acerca de cultura, política; dentre outros assuntos que permeiam as notícias mais em voga. Isso reflete a era da tecnologia, da modernidade, da rapidez, da competitividade; aspectos tão presentes no nosso cotidiano e que nos ordenam cada vez mais conhecimento atualizado e nos implicam em uma rotina de inúmeras exigências para sermos pessoas “ideais”; mas ideais segundo quem? Infelizmente muitos jovens não sabem nem porque se submetem a certos imperativos do mercado; sejam no nível de atitudes ou de aquisição de bens de consumo; e o pior, não sabem nem distinguir suas verdadeiras preferências pessoais e se pedirmos para falarem de si ou dizerem quem são, não sabem responder ou dão respostas vazias. Os jovens se encontram tão imbuídos na realidade imposta; quer seja pela mídia, moda, sociedade capitalista; que lhes escapam o limiar entre o que originariamente são, acreditam e gostam; do que lhes é apresentado como bom, agradável, correto, e etc. Ou seja, conhecem o mundo de fora, mas sabem muito pouco de si, não conhecem o mundo de dentro. É comum entre os jovens a dificuldade de expressão dos seus sentimentos, de dizerem o que se passa dentro deles. O dia ‘corre’ muito rápido, são muitos afazeres: escola, faculdade, família, reuniões, academia, televisão, computador; tudo isso faz com que não se tenha oportunidade para parar e encontrar as verdades existentes dentro de si; e a vida superficial é o caminho trilhado constantemente, o qual traduz uma resposta de uma vivência inautêntica. O reflexo disso são as pesquisas que demonstram a grande eclosão de casos de depressão, anorexia, bulimia, fobia, dentre outras patologias que acometem numerosa parcela da população mundial, inclusive entre os jovens. As pessoas não “gastam” mais tempo com os outros, porque consideram ‘perca de tempo’. As relações interpessoais são hoje, na sua maioria, vazias e artificiais. Perde-se muito ao não conviver com as pessoas, e assim, poder revelar o grande mistério que é a vida do outro e a sua própria vida, que se expressa e se diz nos relacionamentos onde há caridade e doação de si, algumas dentre as características de uma amizade verdadeira. Considerando, que me conheço mais e contemplo a Deus no outro. O desejo de Deus está inscrito no coração do homem, já que o homem é criado por Deus e para Deus; e Deus não cessa de atrair o homem a si, e somente em Deus o homem há de encontrar a verdade e a felicidade que não cessa de procurar. (Catecismo da Igreja Católica, 27). Encontrar o mundo de dentro é encontrar o tesouro inesgotável da presença de Deus, daquele que pode saciar nossa sede de amor, e nos restituir a verdade de quem nós somos. O que nos torna pessoas autênticas e livres para testemunhar, em um mundo marcado pelo pecado, com a ousadia própria dos ungidos pelo Espírito Santo. O fato de ser de Deus não castra nossa juventude, nem nos exime de desfrutarmos da beleza contida na obras da criação divina, pelo contrário, nos lança nos relacionamentos saudáveis, em uma vivência legítima. Ser um jovem de Deus é poder viver com intensidade, sendo livre verdadeiramente, podendo optar pelo bem e não se deixar escravizar pelo pecado, pelas paixões desordenadas e nem pelo simples prazer momentâneo, tão característico do pecado. Um jovem cristão vive livremente olhando para a eternidade, para o que não passa, espelhando-se no mistério do Relacionamento Trinitário. Só Deus não muda, e é esse amor que nos motiva a dizermos não as ocasiões de pecado; é esse amor que nos faz levantar sempre; que nos leva a testemunhar concretamente a benevolência divina; que não nos faz desistir quando nos deparamos com nossas próprias fraquezas, que tantas vezes paralisam a nossa evangelização, a evangelização maior que manifesta-se através da nossa fidelidade a Deus. Quando tivermos a coragem de encontrar Aquele que habita em nós e a humildade de sempre buscá-lO na oração, muitos O encontrarão na nossa maneira de ser. Já diz o salmo bíblico: Alegre-se o coração dos que buscam o Senhor. (Sl 5, 3). Se o homem pode esquecer ou rejeitar a Deus, este de sua parte, não cessa de chamar todo homem a procurá-lo, para que viva e encontre a felicidade. Mas esta busca exige do homem todo o esforço de sua inteligência, a retidão de sua vontade, um coração reto e também o testemunho dos outros, que o ensinam a procurar a Deus.

Fonte: http://www.comshalom.org

Namoro e castidade: divina combinação

Os jovens cristãos que namoram e desejam viver a lei de Deus têm enfrentado um grande dilema. Transar ou se guardar para o amor maior, aquele que vai selar uma união duradoura diante de Deus? Muitas vezes, são os namorados que querem transar. Ainda é grande o número de meninas que não querem ter vida sexual no namoro e são pressionadas pelos namorados para dar uma “prova de amor”. Mas transar durante o namoro está longe de ser uma prova de amor, seja lá o que isso possa significar. Amor não é sentimentalismo, romance e prazer. Amor é responsabilidade, é fazer os outros felizes. O verdadeiro amor espera, respeita. As coisas da vida somente são boas e nos fazem felizes se são usadas dentro de sua finalidade e no momento certo. Para acalmar o coração e clarear o entendimento dos jovens enamorados, vale a pena deixar claro que o sexo só deve ser vivido no casamento por causa de sua finalidade e sua consequência. A dimensão unitiva tem em vista unir o casal que se comprometeu um com o outro a vida toda, diante de Deus e dos homens. A dimensão procriativa gera os filhos, que têm o direito de nascer em um lar constituído com pais preparados para acolher, amar e educar. E isso não pode acontecer ainda no namoro, porque o relacionamento é frágil. O ato sexual é o selo de uma união definitiva, permanente, compromissada para sempre. Não é uma brincadeira, um passatempo, uma diversão. Na verdade, os casais que fazem sexo antes do casamento estão realizando um ato egoísta, não um ato de amor, por mais que tentem justificar dessa forma. A última “entrega” ao outro deve ser a do próprio corpo, depois que os corações e as vidas estiverem unidos para sempre. Isso está longe de acontecer no namoro, que é um tempo de escolha. É o tempo de conhecer a pessoa do outro, seus valores e seus limites. Não é o tempo de viver a intimidade sexual dos casados. Quantas jovens engravidam durante o namoro e têm de mudar totalmente o rumo de suas vidas? Às vezes, são obrigadas a deixar os estudos para trabalhar. São obrigadas a continuar morando na casa dos pais, já que não têm condições financeiras nem tampouco emocionais de terem suas próprias casas, como convém. Isso sem mencionar muitos abortos realizados por causa da vida sexual dos jovens no namoro. Querer transar durante o namoro não é amor. É egoísmo. Infelizmente, ainda recai sobre as jovens uma decisão muito importante: de se guardar e direcionar o namoro. Afinal, os meninos não correm os riscos de uma gravidez. Se o namoro terminar, eles seguem em frente como se nada tivesse acontecido. Para as meninas ainda é diferente, porque elas jamais se esquecem do que aconteceu. Por isso, quando os jovens casais não chegam a um acordo sobre guardar a castidade, é importante que a menina cristã aprenda a dizer "não" a seu namorado. Deus quer que toda jovem se guarde e se prepare para aquele homem que um dia vai ser seu marido, companheiro e pai de seus filhos. Cabe à menina, então, hoje em dia, “fazer a cabeça” do namorado e aproximá-lo de Deus. É importante estar certa de que Deus não deixa ninguém desamparado. E ninguém pode ser infeliz por cumprir a Sua lei e fazer a Sua vontade.

Felipe de Aquino

A Moralidade é Ouro

A sociedade está povoada de notícias que comprovam o quanto a corrupção e a desonestidade estão corroendo relações, provocando prejuízos irreversíveis na vida de cidadãos e de famílias, com sérios comprometimentos sociopolíticos. A confiança que se deposita em pessoas, no exercício de suas responsabilidades funcionais e ofícios, está e certamente continuará sendo abalada. O mesmo ocorre também na relação com as instituições, que têm tarefas de proteção aos direitos e à integridade de todos, constituídas para proteger o bem público, garantir a ordem e a justiça. Quando menos se espera, estouram aqui e ali acontecimentos que provocam decepção e generalizam a insegurança. Não se esperam conivências interesseiras dos que têm tarefa de garantir a justiça. Conveniências que comprometem a vida de jovens e de outros que têm seus sonhos inviabilizados de maneira irreversível. As providências que governos, instituições e outras instâncias da sociedade precisam e devem tomar diante de fatos graves no tecido social e cultural, não podem retardar mais a consideração da moralidade como ouro na história de todos. Esse cenário, com suas violências, desmandos, corrupções, tráficos e outras condutas imorais, é origem de tudo o que esgarça o tecido moral da cidadania. Valor que é a base para vencer seduções e ter força para permanecer do lado do bem, com gosto pela justiça e fecundo espírito de solidariedade. É imprescindível redobrar a atenção quanto à moralidade que baliza a vida de cada indivíduo e regula suas relações. É urgente e necessário avaliar o quanto o relativismo tem emoldurado critérios na emissão de juízos, na formatação de discernimentos, trazendo direções equivocadas e prejudiciais nas escolhas, tanto no âmbito privado quanto no exercício da profissão, da política e de outras ocupações na sociedade. É preciso diagnosticar esses pontos críticos na moralidade sustentadora da conduta cidadã e honesta. Não se pode desconsiderar a gravidade da situação vivida neste tempo de avanços e conquistas - marcado pela "démarche" (disposição para resolver assuntos ou tomar decisões) - imposta pela falta de moralidade pública, profissional e individual. Jesus, em Seus preciosos ensinamentos para bem formar os discípulos, não deixava de advertir e indicar critérios para comprovar os comprometimentos da moralidade. Ele dizia que “o irmão entregará o irmão à morte, o pai entregará o filho; os filhos ficarão contra os pais e os matarão”, convidando-os para não se escandalizarem e a permanecerem firmes diante do caos provocado pela imoralidade. A decomposição das relações familiares configura o paradigma da perda da moralidade, considerando a família com seu insubstituível papel de formadora de consciência. Com a família, o conjunto das instituições educativas, religiosas e outras prestadoras de serviços à sociedade, é preciso fortalecer o coro de vozes, como o fez a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), quanto à necessidade de incluir na pauta da sociedade a compreensão da moralidade como um tesouro do qual não se pode abrir mão. Sua ausência significa a produção de perdas irreparáveis, de vidas, de credibilidade e de conquistas e avanços de todo tipo, pelos inevitáveis comprometimentos advindos de uma cultura permissiva e cega a valores balizadores da vida cidadã. Nesse âmbito, é preciso retomar a tematização da responsabilidade dos meios de comunicação - também sublinha a CNBB. A apurada qualidade técnica e os admiráveis recursos da mídia, em particular da televisão, lamentavelmente, estão a serviço de programas que atentam contra a dignidade humana. Não se pode simplesmente ajuizar que os cidadãos são livres para escolher o que é de baixo nível moral. É melhor não produzi-los. Então, é preciso combatê-los, investindo na formação da consciência moral, com uma consistência tal que se rejeite, com lealdade, os fascínios da celebridade fugaz, o gosto mórbido pelo dinheiro e pelo poder, e substituí-los pelo apreço ao bem, à verdade; criar o gosto pela transparência e pelo que é honesto. As culturas e as sociedades não podem prescindir de investimentos, abordagens e compreensões da consciência na sua insubstituível e específica função de discernimento e juízo moral. É urgente superar considerações de que tratar e investir na moralidade é um viés antigo, e até superado. A liberdade e a autonomia que caracterizam a sociedade contemporânea não podem prescindir do exercício dos valores morais sob pena de continuarmos a fabricar o precioso tempo do Terceiro Milênio como um tempo de abominação da desolação.

Dom Walmor Oliveira de Azevedo

As 5 fases da vida nova

“De agora em diante, pois, já não há nenhuma condenação para aqueles que estão em Jesus Cristo. A lei do Espírito de Vida me libertou, em Jesus Cristo, da lei do pecado e da morte” (Rm 8, 1-2).
Deus não o condena. Por tantas coisas que Ele já fez por você, agora já não há condenação para os que estão no Cristo Jesus. Existe salvação, perdão, reconciliação, vida nova, tempo novo. A partir de agora, você pode experimentar a vida nova. Meu irmão, convença-se disso, porque o mundo nos prega muitas mentiras. Ela (mentira) aparece na vida do ser humano 250 vezes por dia, segundo uma séria pesquisa. A mentira faz parte do nosso dia-a-dia e vai nos dizendo que a nossa vida "não tem jeito". Mas Deus, ao contrário, nos diz que não há condenação para os que estão em Cristo.A lei do pecado é a morte. Muitos de nós já experimentaram essa lei na morte do casamento, na morte dos sonhos, no término de um relacionamento, na infidelidade; mas, agora, “por tanto” [tanta beleza que Deus realizou na sua vida], a lei de Jesus o libertou dessa lei do pecado. Isso é uma novidade para nós!O Espírito já o libertou para a vida nova em Cristo. Para ela acontecer, você precisa romper com a vida velha, porque ela o prende nos sentimentos. A salvação já foi dada, você já conhece essa história dos 2 mil anos do Cristianismo, mas o que precisamos fazer agora é assumir essa verdade. Precisamos que você volte para a sua casa convencido disso e realize o impossível junto à sua família.Deus tomou forma humana e assumiu a nossa condição. Você não precisa apanhar da vida, porque Jesus já apanhou por nós. Era impossível alguém apanhar tanto, estar tão sucumbido sob o peso dos pecados do mundo inteiro. A lei do Espírito Santo de Deus nos libertou das lágrimas, da tristeza, dos vícios. “Deus vê o coração, ele sonda com compaixão, sabe o tamanho da sua dor”.Vocês está preparado para a vida nova? Agora, neste momento, já não há condenação para os que estão no Cristo Jesus. “Os que vivem segundo a carne gostam do que é carnal; os que vivem segundo o espírito apreciam as coisas que são do espírito. 6.Ora, a aspiração da carne é a morte, enquanto a aspiração do espírito é a vida e a paz” (Rm 5-6). Um filho que olha para o pai e para mãe e cumpre os mandamentos; isso é espiritual. A fidelidade no casamento, a amizade, isso é espiritual; porque, outrora, tínhamos amigos para combinar data e hora do pecado, para ir juntos comprar drogas.Eu tinha amigos que, junto comigo, estavam sob a lei do pecado. Mas agora é vida nova. Você vai voltar para essa família, para esse amigo e inaugurar um novo tempo na sua vida.Com a vida nova em Cristo, você cristão vai começar a viver 5 novas fases que vão acompanhá-lo a partir de hoje:
1ª fase: Você será zombado pelos mais próximos de você;
2ª fase: Você passará a ser respeitado;
3ª fase: Você será considerado, as pessoas vão pedir a sua opinião;
4ª fase: Você será admirado;
5ª fase: Você será uma referência.
Para mim, meus pais eram a minha referência e foram eles que me tiraram das drogas. Se há alguém perdido na sua casa, você é a solução, porque Jesus está contigo.
Pela lei do Espírito, você é capaz de viver uma vida nova.

Dunga

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Como ser santo?

Quer saber como ser santo? Faça bem todas as coisas. Leve Jesus para todos os lugares. Convide-O para estar em todos os lugares. Santidade não é fuga do mundo, mas transformação deste mundo. É saber que podemos curtir aqui, mas sem sermos "curtidos”. É saber que podemos deixar marcas de Céu na vida de todos aqueles que estão ao nosso redor. Isso é ser santo. Fazer bem todas as coisas e amar. Esse é o segredo da santidade, a verdade de uma humanidade que vive a si própria na plenitude. O amor é tudo o que as pessoas procuram. Somos o que queremos ser. Somos, por assim dizer, obra de nossas mãos. Em cada escolha nossa, deixamos um rastro de nosso jeito de ser pessoa e, assim, deixamos um jeito de ser santo. O amanhã depende muito de como vivemos o hoje. Não deixe a vida o levar; leve a vida! Não a desperdice! Vamos viver com entusiasmo, com alegria, mas, sobretudo, com senso de responsabilidade. Existem muitas pessoas que pensam viver, mas, na verdade, estão fingindo. Ao mesmo tempo, muitos acreditam que, para ser santos, devam deixar de viver. Não é nada disso. A ordem é: Viva! Viva a vida! Deseje o Céu!É hora de nos levantarmos e propormos uma santidade linda, apresentada pela Igreja Católica há mais de dois mil anos e que é possível. Vamos santificar nossos namoros, nosso trabalho, nossas amizades, nossas baladas. É possível! O mundo e Deus esperam isso de nós! A juventude é uma riqueza que nos leva à descoberta da vida como um dom e uma tarefa. Você se lembra do jovem do Evangelho que era muito rico e um dia perguntou para Jesus o que era preciso para ganhar a vida eterna? Se quiser, confira essa passagem em Mateus (19, 16-22); ele percebeu a riqueza de sua juventude. Foi até Jesus, o Bom Mestre, para buscar uma orientação. Mas, no momento da grande decisão, não teve coragem de apostar tudo em Jesus Cristo. Saiu dali triste e abatido. Faltou-lhe a generosidade, o que impediu uma realização plena. O jovem fechou-se em sua riqueza, tornando-se egoísta.Não podemos desperdiçar a nossa juventude. Devemos vivê-la intensamente, apostando tudo em Jesus e sendo gente, humanos. Sempre com a certeza de que é possível sermos santos de calça jeans

Adriano Gonçalves

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Nós colhemos o que semeamos

O quanto e como damos é a medida do que recebemos. O banco da vida é justo e nos devolve o mesmo que antes depositamos. São Paulo nos adverte, baseado em sua própria experiência: "O que alguém tiver semeado, é isso que vai colher. Quem semeia na sua própria carne, da carne colherá corrupção; quem semeia no espírito, do Espírito colherá a vida eterna" (Gal 6, 7-8).
No Cânion do Colorado, um pai passeava com seu filho de sete anos. A manhã estava quente e o sol resplandecia num céu aberto. De repente, o pequeno cai, machuca o joelho e grita: “aaaaaahhhhh!!”
Para sua surpresa, ouve uma voz oculta que também se queixa: “aaaaaaaaahhhhhhh!!”
Curioso o menino grita: “Quem está aí?”
Das profundezas do Cânion, uma voz lhe faz a mesma pergunta: “Quem está aí?”
Irritado com a resposta anônima, o menino grita: “Covarde, por que se esconde?”.
Do outro lado, alguém lhe responde agressivamente: “Covarde, por que se esconde?”.
O menino olha para o pai e pergunta: “Que acontece?”.
O pai sorri e lhe diz: “Meu filho, preste atenção”.
Então, o pai grita para a montanha: “Te admiro”.
Do fundo do Cânion, alguém lhe confessa várias vezes: “te admiro, te admiro, te admiro”.
Mais uma vez o homem exclama: “És um campeão”.
A voz lhe responde: “És um campeão, campeão, campeão”.
O pai sussurra em voz baixa: “Te amo”.
A voz lhe responde com suavidade: “Te amo, te amo, te amo”.
O pequeno fica espantado, porém, não entende.
O pai lhe explica olhando em seus olhos: “Nós chamamos isso de eco, filho, porém, na realidade, é a vida”.
E acrescenta em voz alta: “Ela te devolve o que diz ou faz...”
Cada um colhe e recebe o que tem semeado e feito.
Se desejas mais amor neste mundo, semeia amor ao teu redor. Porém, se desejas pouco amor, dá pouco [amor]. Se esperas felicidade, dá felicidade a quem te cerca. Se queres sorriso e bênçãos, sorri e abençoa. Se gostas de colher desprezo, menospreza. Se desejas bem materiais, compartilha-os. Se busca amigos, faze-os. Se preferes solidão, fecha-te em ti mesmo. Se te interessa o meio ambiente, semeia uma árvore e não contribua com o aquecimento do planeta. Se necessitas que te escutem, escuta os demais.Se até o dia de hoje tens colhido solidão, enfermidade, tristeza, traições, não culpes os outros. Antes, reveja suas atitudes, as sementes que tens semeado, e mude se preciso for, para que, rápido, muito rápido, possas colher frutos abundantes e permanentes (cf. Jo 16, 8-16).
José H Prado Flores

Safira e Ananias - A tentação de servir a Deus pela metade

A história do casal Safira e Ananias é descrita nos Atos dos Apóstolos 5,1-11. Naquele tempo os primeiros cristãos vendiam suas propriedades e depositavam aos pés dos apóstolos a quantia da venda, conquistando assim a admiração de todos. Eles procediam desta maneira, pois haviam descoberto o Tesouro Escondido, que é Nosso Senhor Jesus Cristo, pérola preciosa.O referido casal tramou vender seu campo e reter para si certa quantia do dinheiro. Deus não havia ordenado aos dois que vendessem a propriedade, mas eles estavam tocados pela admiração do povo por aqueles que se dedicavam totalmente ao Cristianismo. Os dois pretendiam ser “cristãos de aparência”, queriam parecer santos, quando, no fundo, estavam apegados ao materialismo. Não possuíam confiança absoluta no Senhor. Talvez tivessem guardado um pouco do dinheiro com medo de o Cristianismo não dar certo; então poderiam recomeçar a vida com o que lhes havia sobrado da venda do local.
Pensando assim, dirigiam-se um após o outro aos Apóstolos, primeiro Ananias, depois Safira. O primeiro que chegou teve seu pecado revelado: haviam mentido não para os Apóstolos, mas para o Espírito Santo. Safira chegou por último com a mesma mentira, encobrindo a verdade, tentando manter as aparências de pessoa muito santa; mas sua mentira, sua vida só de aparências, foi desmascarada por Pedro. Os dois tiveram a mesma sorte: pereceram devido à mentira.O ministro de Deus na música não pode servir a Deus pela metade. É uma grande tentação querer manter as aparências para servir o Senhor. Não se pode querer viver uma vida carismática aliada a uma vida de pecado ao mesmo tempo; uma vida de materialismo e de mentiras convivendo ao mesmo tempo com o serviço de Deus. Não podemos ter máscaras, temos de ser autênticos, não podemos ter procedimentos fingidos. É o que nos diz São Paulo: “Não desanimamos deste ministério que nos foi conferido por misericórdia. Afastamos de nós todo procedimento fingindo e vergonhoso. Não andamos com astúcia, nem falsificamos a Palavra de Deus” (II Coríntios 4,1-2).

Trecho extraído do Livro: "Formação Espiritual de Evangelizadores na Música" de "Roberto A. Tannus e Neusa A. de O.Tannus"

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Olhando do alto

Lembro-me de ser rotulado de nerds no período da escola. Não porque tirava boas notas ou sentava na frente na maioria das aulas. Eu era acusado de não saber curtir a vida, de não viver intensamente por não seguir o fluxo do sexo, das drogas e companhia. Hoje tenho a plena convicção de que fiz e faço a cada dia a escolha correta.
Nós, jovens, somos espertos. Muito espertos. Basta ouvirmos algo parecido com o discurso de “deixe a vida nos levar” que logo associamos isso a um prazer sem compromisso e a uma vida regada à libertinagem. Queremos a liberdade. Mas, da maneira como a procuramos, caímos em um ciclo vicioso que nos leva a ficarmos cada vez mais presos. Presos a nós mesmos, aos nossos sentimentos e aos outros.
Como bons jovens rebeldes, adoramos dizer - cheios da razão - que a Igreja nos poda e nos priva de muitas coisas. Que pena! A Igreja não nos proíbe nem nos força a nada. Somos livres à medida que optamos por viver a liberdade. Parece óbvio demais? Mas é.
Há quem defenda que não há maior liberdade do que aquela de quem está na lei. E é verdade. Pensem comigo. Um político honesto é livre. Passará seu mandato e sua vida inteira sem se preocupar. Diante de acusações, agirá tranqüilamente. O político que rouba pensa ser livre. Mas, na verdade, está aprisionado. Passará seu mandato e sua vida inteira escondendo suas falcatruas e torcendo para não ser desmascarado. Outro exemplo: quem anda na velocidade permitida na via é livre. Não precisa se preocupar com multas. Já aquele que insiste em pisar fundo imagina ser livre por correr o tanto que quer. Mas, no fundo, é aprisionado. Em cada radar, é obrigado a frear. E, além disso, vive a constante expectativa da chegada de uma multa em casa.
A Igreja é mãe. E, como boa mãe, nos alerta, nos quer bem. A Igreja sabe que os valores em nossa sociedade estão se invertendo e que tudo está ficando de cabeça para baixo. Daí a preocupação em manter acesa a chama da verdade. A verdade que, para nós que cremos no Cristo, não é relativa. Há, sim, uma verdade. E ela atende pelo nome de Jesus.
Nossa sociedade está perdida. E assim continuará enquanto não se encontrar e enquanto não se encontrar com e em Deus. A mesma sociedade que prega o erotismo é a que se preocupa com a gravidez precoce. A mesma sociedade que exige cada vez mais cedo do jovem a escola profissional é a que se incomoda com o elevado número de evasão nos cursos superiores.
Nossa sociedade está enferma. Mas nosso coração também está. E, com o nosso coração enfermo, nada muda. Santo Agostinho dizia que o coração dele só poderia descansar no Senhor. Essa é a nossa certeza. Nosso coração só descansa no Senhor. Fora isso, é um simples cochilo rápido. Há um lugar em nosso coração que somente Deus é capaz de preencher. Cabe a mim e a você deixar ou não que Ele ocupe o posto que Lhe é devido.


fonte: http://www.taufrancisco.com.br

Ser Santo e ser Jovem!

Para ser santo eu preciso deixar de sair com meus amigos? Preciso parar de namorar? Muitas pessoas acreditam que sim, mas isso por desconhecerem o verdadeiro sentido de ser santo, ou as próprias histórias das vidas de alguns santos. Um santo não, necessariamente, é um ser que nasceu diferente e desde pequeno realizava seus milagres e tinha uma luz diferente à daqueles que com ele conviviam. O santo é um ser humano que atingiu a santidade por meios das suas escolhas, das suas atitudes, da forma como resolveu viver. E, assim como todo ser humano, os santos pecaram. Uma vez um amigo me disse algo simples, mas que achei sensacional: "é verdade que a Igreja Católica tem uma série de regras, mas nenhuma delas nos proíbe, nos impede, de fazer qualquer coisa. Basta que vivamos de acordo com o que ela nos fala e podemos fazer tudo". Por que achei isso tão sensacional? Porque é a verdade. Porque se vivermos de acordo com essas tais regras da Igreja, nós podemos sair com amigos, podemos namorar, podemos nos divertir muito e de todas as formas, podemos ser os "santos de calça jeans" que o Papa João Paulo II tanto apoiava e queria dentro da Igreja. Portanto, seja santo no barzinho com seus amigos, seja santo em suas viagens, seja santo no namoro, seja santo e aproveite a vida, seja feliz, seja jovem!

Quando namorar

O namoro é um acontecimento complexo, um acontecimento de complexidade incomparável com uma idade em que não se possa, pelo menos, evitar os transtornos que comprometem a humanização dos personagens.
De modo geral, todos os psicólogos contra-indicam o namoro precoce; por uma série de motivos. O namoro antecipado encontra nossos filhos num flagrante estágio de imaturidade afetiva. E essa imaturidade afetiva incapacita-os a apresentar um número de condições indispensáveis para tornar construtivo o namoro. Todos sabemos como é complexo, e difícil o relacionamento afetivo, dentro e fora do casamento. Sabemos como as experiências afetivas desastrosas deixam marcas. Especialmente, as prematuras.
Quando por exemplo, o rapaz tem espinhas, a garota passa o tempo a tirar espinhas do rosto dele. Ambos calados... Se não há espinhas, é pior, porque não há o que fazer. Ou melhor, terminam fazendo o inevitável. E o inevitável é a manipulação erótica; vivenciando experiências para as quais não se encontram estruturados.
Dois namorados prematuros não dispõem de instrumental para outro tipo de comunicação capaz de preencher encontros freqüentes. Não têm condições de sustentar diálogos que só um mínimo de idade mental e afetiva seria capaz de promover. Por isso, o namoro prematuro está de antemão condenado a manipulações incontroláveis. Por isso, alguns psicólogos indicam a necessidade de se retardar ao máximo o início do namoro, para não dar excessiva ênfase à satisfação física, a qual bloqueia outros valores.
Segundo pesquisas, no namoro precoce é fatal o ciúme descabido e desproporcional. Sabemos que a grande causa do ciúme entre namorados é a insegurança de um ou dos dois parceiros. Ora, o namorado adolescente está cheio de inseguranças, próprias dessa transição etária. Qualquer gesto menos feliz, qualquer deslize natural dessa idade é visto como explosivo.
A idade juvenil é o período de autoconstrução biológica, psicológica e espiritual do adulto em cada ser humano. O namoro precoce pode comprometer esse destino da idade jovem.

Artigo extraído do livro: "Namoro é isto" de João Mohana

Jovens de hoje não estão contra Igreja: simplesmente não a conhecem

Hoje os jovens não estão contra a Igreja, simplesmente não a conhecem, não sabem nada sobre ela. Assim manifestou o sacerdote francês Éric Jacquinet, novo responsável da seção «Jovens» do Conselho Pontifício para os Leigos, que será uma das pessoas-chave na organização da próxima Jornada Mundial da Juventude de Madri.
Jacquinet explica, em uma entrevista ao jornal vaticano L'Osservatore Romano, que este afastamento dos jovens se deve à incapacidade da família para transmitir a fé.
O sacerdote pertence à comunidade do Emmanuel e desenvolveu uma intensa pastoral com jovens afastados da arquidiocese de Lyon. Na paróquia de Vénissieux, 65% dos jovens eram filhos de pais separados e os cristãos, uma minoria em meio aos imigrantes. Tivemos de evangelizar de porta em porta, explicou.
Entre os jovens atualmente existe mais que uma necessidade de espiritualidade, um desejo afetivo forte, que gera certa confusão com a experiência espiritual. Mas isso não basta para construir pessoas adultas na fé, explicou.

Fonte: ZENIT

A "moda" certa a seguir

Vocês já perceberam o quanto as pessoas são influenciáveis? Então, por que não influenciar de uma boa maneira, incentivar a fazer o bem?

As pessoas hoje em dia seguem muito a moda, tomam atitudes ou deixam de tomá-las simplesmente para não se sentirem excluídas, para se sentirem inseridas em um grupo e assim terem a falsa sensação de segurança. E isso vai desde coisas banais até assuntos mais sérios. Imagina só o que as pessoas não fariam se fossem influenciadas por uma maioria verdadeiramente católica.
Você já repararam que as vezes você está chegando ao shopping ou ao supermercado e os carros fazem fila para passar por uma cancela e tem uma do lado, em perfeito funcionamento, que ninguém “se atreve” a ir? “Claro que não... Tá doido? Se ninguém tá indo naquela é porque tem alguma coisa errada, claro que tem...”.
As pessoas jogam lixo na rua o tempo todo e por que não chamamos a atenção? “Ah.. não.. todo mundo faz... Depois passa o gari e limpa direitinho. É só mais um papelzinho, olha o tanto que tem no chão, nem vai fazer diferença, um a mais, um a menos...”.
Acho que já deu pra ter alguns exemplos, né? São bem comuns e não é por isso que deixaram de estar errado. As coisas que costumamos chamar de “as coisas do mundo” (que eu não gosto muito de chamar assim, porque Deus fez o mundo perfeito e nós é que estamos estragando ele... Mas isso a gente discute em outra oportunidade) são cômodas, são simples e não exigem nenhum esforço da gente. Sendo assim, nesse mundo consumista e imediatista, é bem melhor seguir essas coisas e não a Deus e outros ainda diriam “E segue mesmo a tendência viu? Senão você vai ficar de fora.. Sozinho aí”.
Nós católicos temos a obrigação de dar exemplo e agir de uma forma coerente com a nossa religião. E assim conseguiremos também influenciar, ou melhor, mostrar a outros que é um caminho difícil, mas lindo e muito prazeroso. E não é para agir só dentro da igreja, ou de forma tímida, ou quando está sozinho não. Mostre que o que segue, o que acredita e como é bom! Não se omita quando falarem mal da sua religião, defenda! Procure estudar, conhecer melhor para que possa saber também explicar algo para alguém que tenha o interesse de conhecer e quer ter você como incentivador, como ponte para entrar nessa “onda”.
O mundo está como está porque infelizmente as pessoas têm muito mais exemplos de coisas erradas do que de coisas certas e seus conceitos acabam ficando deturpados. Não é porque uma coisa é “menos errada” que ela pode ser feita e a gente deixa passar.. Se é errado, é errado!
Continue indo a missa (ou procure começar a ir), participe das pastorais e movimentos de sua paróquia, de sua arquidiocese, ajude um irmão, ame o próximo. Comece o dia dando bom dia para aqueles que você encontra de manhã, pergunte, realmente se preocupando com o próximo, como as pessoas estão, ajude em casa, dê um beijo na sua mamãe e fale “Eu te amo!” para todos aqueles por quem você realmente tem esse sentimento. Seja o diferencial no dia dos outros e assim eles verão o quanto isso é bom, darão valor e procurarão aquilo que traz tamanha paz, tranqüilidade, bom humor, felicidade. E quando procurarem, acharão Deus e você terá feito a sua parte, terá criado uma nova "moda" a ser seguida.

Fonte: http://www.taufrancisco.com.br

A força do amor

Quando um homem e uma mulher se unem diante de Deus para formarem uma família, esse relacionamento se transforma num instrumento de cura um para o outro. Eu tenho muita pena quando um verdadeiro sacramento do matrimônio é abandonado, quando o marido e esposa decidem viver um longe do outro por causa das feridas, que um acabou causando no outro ao longo de suas vidas. Eu tenho muita pena porque esse relacionamento longe de Deus se transformou numa arma, porque conviveram juntos e sabem dos limites um do outro.Qual a maneira concreta por meio da qual o sacramento se torna instrumento de cura um para o outro? "Meu filho, faze o que fazes com doçura" (cf. Eclesiástico 3, 19ss). Se você faz todas as coisas com doçura, você ganha o afeto da pessoa que está com você; quando somos doces, mais do que sermos estimados e reconhecidos nós ganhamos o afeto da pessoa, porque afeta a pessoa que é querida e é amada. O que é dar afeto? É você afetar a pessoa; e nós afetamos uns aos outros quando no decorrer do dia fazemos tudo o que devemos fazer com doçura. Eu não estou falando de coisas que fogem do seu dia a dia, estou falando das coisas que você faz no ordinário da vida. Quando prepara a mesa do café, fazendo do jeito que o seu marido gosta, do jeito que seus filhos gostam de se sentar à mesa, preparando as coisas com carinho, porque você já os conhece, você já sabe o que cada um vai pegar na mesa. Estou falando da maneira que você chega ao seu trabalho, da forma que você dirige; eu estou falando do momento do almoço ou do jantar que vocês se encontram para compartilharem a refeição, de uma palavra que você dirige à sua esposa. Já que você tem de fazer essas coisas, faça-as com ternura, faça-as de forma doce. Não é fazer mais coisas, é fazer tudo o que você já faz com bondade e ternura. Existem pessoas que dizem “mas, eu já faço tudo o que ele gosta”, mas, às vezes, falta doçura no fazer. Não fez de maneira terna. Não importa só darmos ou fazermos coisas, mas a forma como as damos e as fazemos.A Palavra de Deus nos diz que quando agimos assim, ganhamos mais do que uma estima, e sim, o afeto. Estima é como ir levar uma joia ao joalheiro e dizer: "Quanto o senhor estima que vale esta joia?", ou seja, é aquilo que tem valor por si só, é aquilo que admiramos. Admirar é reconhecer o valor do outro, e na admiração há uma certa distância, mas o afeto é diferente, não há admiração apenas. Nós podemos admirar até um inimigo, você pode até reconhecer que o seu inimigo tem qualidades, mas casamento sobrevive de doçura, de ternura, de toque, ou seja, a pessoa foi atingida por outra que está na mesma condição que ela. Às vezes nós amamos uma pessoa que não nos ama, mas a força do amor é tão grande que quando passamos a amar aquela pessoa, ela que não nos amava antes passa a nos amar. É tão grande a força do amor que você que ama acaba fazendo a outra pessoa o amar também. É algo simples? Sim, é simples. Mas é fácil amar? Fácil não é, mas é o único caminho para a transformação da outra pessoa. Quando nós queremos que uma pessoa mude há três coisas simples e poderosas a fazer:
1º) Você deve utilizar no relacionamento a máxima exigência com você mesmo;
2º) Você deve ter o máximo de compreensão com a outra pessoa e
3º) Ter sempre um sorriso para a outra pessoa.
No casamento nós queremos o máximo de exigência com o outro e o máximo de compreensão conosco, mas o que transforma não são as exigências com os demais, mas sim com nós mesmos. É preciso haver exigência com nós mesmos e compreensão com os outros. Muitas vezes, erramos porque colocamos o foco no lugar errado. Quando eu cobro do outro o que eu não dou, as coisas não mudam. Como é diferente um casal que troca palavras de carinho, de apoio, de elogios! Como é bom encontrar um casal que se promove e que se ama! Como é bom encontrar uma mulher apaixonada pelo marido, que, quando tem algo a dizer dele, é sempre uma coisa boa. Como é bom encontrar um marido que ama, que tem uma verdadeira devoção à sua mulher. É claro que há brigas para que ambos coloquem as coisas nos eixos; o que não deve haver são brigas destrutivas. Por outro lado, como é ruim encontrar casais que só têm palavras ruins e críticas mordazes um para com o outro; censuras que, quando feitas, você não sente ternura, só uma punhalada no coração. Quantos casais destroem os casamentos por causa dessas críticas, pois, geralmente, estas não permanecem só entre os cônjunges, mas transbordam para os filhos, visto que, em pouco tempo, pai e mãe começam a ser cruéis com os estes [filhos]. A Palavra de Deus se preocupa tanto com isso que, São Paulo, em uma de suas cartas, afirma que um dia nós vamos prestar contas de cada palavra inconsiderada que dissemos, porque a maioria das feridas existentes dentro de um casamento acontecem por causa de nossas declarações. "A flecha atirada e a palavra proferida não têm volta", diz um provérbio. A palavra fere como a flecha, pois quantos matrimônios se esvaziaram por palavras malditas. Quantos casais entraram nos casamentos felizes e encantados e no momento de um apoiar o outro começaram as palavras de destruição. Irmãos, nós vamos prestar contas a Deus por causa destas palavras de destruição!Se os maridos soubessem o quanto as palavras ditas na hora do nervoso e da raiva destroem as mulheres eles não as diriam. Porque a raiva e as brigas passam, mas as palavras ficam lá dentro, "cozinhando" no coração da pessoa a quem você ofendeu. Da mesma forma, se as mulheres soubessem a força das palavras proferidas por elas contra o marido elas também não diriam. Homem tem a mania de fazer de conta que não está ouvindo, mas aquilo fica armazenado dentro do coração e quando "explode" leva junto o casamento da pessoa. Há coisas que não são amor. Nós somos enganados a todo momento pelas novelas, pelos filmes, com mulheres e homens perfeitos, com o beijo perfeito. Isso é mentira, isso é ilusão, isso não existe! Você quer saber o que é amor? É quando um homem olha para a esposa e sabe que ela teve um dia difícil, por isso, ela está sendo áspera nas palavras, e para não brigar com ela, ele se cala para não se desentender com ela. Amor é quando você está numa casa, numa família mais pobre e pega aquele pedaço que mais gosta e põe para outra pessoa porque você quer o melhor para ela. Amor passa por uma panela de carne. Amor é quando depois de ter brigado, de ter discutido, ainda preparar uma cama gostosa para os dois dormirem, pois não conseguem dormir sem dizer uma palavra boa um para o outro. Isso é amor.

Márcio Mendes

Uma só coisa é necessária

“Senhor, dono das panelas e marmitas, não posso ser a santa que medita aos vossos pés. Não posso bordar toalhas para o vosso altar. Então, que eu seja santa ao pé do fogão. Que o teu amor esquente a chama que eu acendi e faça calar minha vontade de gemer a minha miséria. Eu tenho as mãos de Marta, mas quero também ter a alma de Maria. Quando eu lavar o chão, lava, Senhor, os meus pecados. Quando eu puser na mesa a comida, come também, Senhor, junto conosco. É ao meu Senhor que sirvo, servindo minha família”. Encontrei essa oração de uma camponesa de Madagascar, que nos abre a compreensão de uma bela página do Evangelho (cf. Lc 10, 38-42), da qual emergem preciosas lições para o nosso cotidiano.Os discípulos de Jesus são chamados a fazer suas escolhas, provocados em sua liberdade. Os que foram chamados pelo Senhor tinham feito sua primeira experiência missionária, da qual retornam repletos de alegria e são contagiados pela exultação de Cristo, que louva o Pai do Céu (cf. Lc 10, 21-24). Em seguida, aprendem os dois mandamentos principais do amor a Deus e ao próximo, acolhendo o impulso missionário que os fará próximos daqueles dos quais se aproximarem (cf. Lc 10, 25-37), unindo a oração e a contemplação no episódio da casa de Marta, Maria e Lázaro. Enfim, a série de lições se completa com o ensinamento sobre a oração e a entrega do “Pai nosso”, a ser levado pela vida afora como um verdadeiro tesouro (cf. Lc 11, 1-13).De Marta e Maria já se falou muito. E a figura daquela que se encontra acocorada aos pés de Jesus para ouvir Sua Palavra tornou-se até uma carta magna da vida monástica e eremítica, consagrada à oração e à meditação da Palavra de Deus. Mas a página do Evangelho de Marta e Maria não foi escrita só para monges, tendo em vista que não existiam ainda! Ela foi escrita para todos os discípulos de Jesus de todos os tempos.Jesus, que recomenda reconhecer Sua presença nos irmãos a quem servimos, não reprova o serviço prestado por Marta. Chama sua atenção porque não se ocupa do necessário serviço, mas se “pré-ocupa”, porque é uma pessoa agitada. Jesus deseja ver-nos curados do ativismo, não da atividade justa e necessária! Mas em nosso tempo, reconheçamos logo, a agitação não é tanto escolhida, mas praticamente imposta pelo ritmo frenético do dia a dia. Basta ver o estresse a que são submissas tantas pessoas que passam horas e horas no trânsito, às quais se ajunta o tempo dedicado ao trabalho. Entende-se, assim, o desejo de recolher-se em locais mais tranquilos, fazendo com que o final de semana traga consigo o esvaziamento das cidades, com levas de pessoas que buscam refúgio, numa forma, quem sabe secularizada, de contemplação!O equilíbrio é ideal a ser alcançado à custa de muito esforço, tarefa a ser assumida ao longo da vida. Dentro da agitação da Marta do Evangelho encontra-se uma virtude, tantas vezes esquecida, a hospitalidade. “Não vos esqueçais da hospitalidade, pela qual algumas pessoas, sem o saberem, hospedaram anjos” (Hb 13, 2). A Carta aos Hebreus se referia ao importante episódio de Abraão recebendo hóspedes ilustres, portadores da promessa da posteridade (cf. Gn 18, 1-10). Marta, modelo da hospitalidade, mesmo agitada, é santa, que a Igreja celebra a cada ano no dia 29 de julho. Dela acolhemos o convite para praticar essa virtude, para abrir corações que, por sua vez, abram portas!Vale receber as pessoas em nossa casa, valorizar os momentos gratuitos de convivência. Vale a atenção, quem sabe muito rápida, mas intensa, com a qual saudamos as pessoas que estão ao nosso lado num meio de transporte público ou nas ruas e vielas, elevadores e corredores da vida. É hospitalidade o "bom dia" e o sorriso no início do trabalho. Hospitalidade é capacidade de ouvir, dar atenção, perder tempo. Hospitalidade é a Santa Missa de domingo, bem preparada e vivida em nossas paróquias, na qual as pessoas se restauram com a Palavra e o Pão da Vida. Hospitalidade é a oportuna Pastoral da Acolhida, hoje implantada, em tantos lugares, muitas vezes, exercida pelas “guardas” existentes na maioria de nossas paróquias. Hospitalidade é ter igrejas de portas abertas, para os peregrinos do cotidiano, sedentos de silêncio e recolhimento. Hospitalidade é olhar, abraço e carinho, Marta e Maria, irmãs e santas, sinais de um relacionamento mais profundo, no qual Céu e terra se encontram.

Dom Alberto Taveira Corrêa

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Reflexão: Em lugar de um carro, uma bíblia

Narra uma história que uma vez certo rapaz ia muito mal na escola e seu pai lhe propôs um acordo.
"Se você, meu filho, mudar o comportamento, se dedicar aos estudos e conseguir ser aprovado no vestibular ganhará um carro de presente".
Por causa do carro, o rapaz passou a estudar como nunca e a ter um comportamento exemplar. Sabia que a mudança era apenas fruto de interesse. E isso não era bom.
O grande dia chegou. Foi aprovado no vestibular. O pai convidou a família e amigos para uma festa de comemoração. Elogiou o resultado obtido pelo filho e lhe passou às mãos uma caixa de presente. Crendo que ali estavam as chaves, o rapaz abriu o pacote e encontrou uma bíblia.
O rapaz ficou visivelmente decepcionado, calou-se e jurou que jamais perdoaria o seu pai por não cumprir o que lhe prometera. Deixou a casa dos pais e foi morar com um amigo. O tempo passou, ele se formou, arrumou emprego e ignorou ainda seu pai.
Todas as tentativas do pai para reatar os laços familiares foram inúteis. Até que um dia o velho, muito triste, adoeceu e não resistiu: faleceu. No enterro, a mãe entregou ao filho, indiferente, a bíblia, que tinha sido o último presente do pai. Ao abri-la, encontrou um cheque e uma carta que dizia: "Meu filho, sei o quanto você deseja ter o carro. Prometi-lhe e aqui está o cheque para que você escolha aquele que mais lhe agradar. No entanto, fiz questão de lhe dar um presente ainda melhor: A BÍBLIA SAGRADA. Nela você aprenderá o Amor de Deus e a fazer o bem, não pelo prazer da recompensa, mas pela gratidão de termos um Pai, louco de amor por nós."
Com profundo remorso, o filho caiu em pranto.

Vida matrimonial é um combate

A vida cristã, de modo geral, é um grande combate no qual as forças do mal lutam para destruir os filhos de Deus. E a vida conjugal não é diferente. Marido e esposa precisam de um grande esforço para permanecer fiéis um ao outro.
No atendimento aos
casais, observo que os casamentos têm sido infestados pelo adultério. Este tem sido um dos mais freqüentes motivos de separação e divórcio.
Talvez você, que está lendo texto, esteja passando justamente por uma situação semelhante e pensando: “fui traído(a). Vou embora e não acredito mais em casamento”.
Acredite: tudo isso é tentação. Você foi vítima quanto seu pensamento de abandonar o seu cônjuge. Você precisa entender que o casamento é também combate. E é isto que o inimigo quer que você faça: jogue tudo para cima e vá embora. Não faça o jogo do inimigo. É preciso fazer o contrário.
Você sabe que nem você, nem seu marido são anjos. Não é porque vocês se casaram que não passarão por tentações. Reflita um pouco: será que você nunca sentiu atração por ninguém? Claro que sim. Mas, graças a Deus, você foi forte e não caiu em tentação.
Se, infelizmente, o seu marido ou sua esposa caiu, não se separe. É preciso lutar para começar novamente. O inimigo conseguiu derrubar o seu marido (ou a sua esposa). Foi ele quem induziu seu cônjuge a se separar para ficar com a outra, com o outro. Você vai se perder facilmente?
Lembre-se de toda luta que você passou para se casar e agora, por causa do adultério, vai pedir a
nulidadedo seu casamento? Não peça! Lute para tê-lo de volta. Infelizmente ele(a) caiu em tentação.
Uma mulher certa vez recebeu a triste notícia de que o seu marido a deixou para ficar com outra. Muito orante, ela resolveu interceder por ele. Perdoou-o de coração, renovou as suas promessas matrimoniais e aguardou o seu retorno. Também recebeu muitos conselhos dos amigos para que pedisse a nulidade, pensasse na sua pouca idade, pois não merecia isso. Disseram que era bom ela arrumar outra pessoa – claro que muitas vezes ela foi tentada a fazer tudo isso -, mas ela pediu a Jesus o retorno do seu marido. Nas Missas colocava as suas intenções, pedia a Nossa Senhora que cuidasse dele e transformasse o seu coração. Os anos foram passando e ela não desistiu até que o marido voltou.
Veja bem, ela não desistiu, não seguiu os conselhos errados. Rezou e aguardou até que Deus ouvisse suas preces.
Contei este caso para você que está passando pela mesma situação. Lute pelo que é seu. Ele é seu porque foi Deus quem o deu a você, ela é sua porque foi Deus quem a deu para você. Seja um(a) intercessor(a).

Padre José Augusto

Humildade:

A vida sempre ensina, àqueles que se deixam formar por ela, que a humildade é uma virtude que caminha de mãos dadas com a vitória, pois, todos aqueles, que pretensiosamente engrandecem a si próprios, fechando-se às suas próprias fraquezas e limitações, acabam experienciando derrotas e dissabores.
O time, a pessoa, a empresa que se crêem invencíveis e invulneráveis, e que não valorizam a força e as qualidades dos demais, caminham acertadamente para a ruína.
É impossível que exista alguém que seja perfeito em tudo, todos temos defeitos. Quem se enche de orgulho, fechando-se ao aspecto das próprias imperfeições, julgando-se perfeito e vendendo a outros esta imagem, caminha ausente de si mesmo, pois, a verdade que expressa é irreal. Utiliza-se de uma máscara que oculta aquilo que realmente é.
É sabedoria reconhecer-se fraco e limitado, pois, somente assim será possível trabalhar as próprias fraquezas fortalecendo-as gradativamente. Também o é reconhecer as virtudes alheias e aprender com elas.
Os outros têm muito a nos ensinar, e quem não desperdiça a graça de aprender, amadurece significativamente em tudo o que faz.
Quem é humilde reconhece o que tem de bom no outro, cresce com ele, valoriza-o e lhe dá a oportunidade de também ser bom.
O típico orgulhoso é aquele que acredita que somente o que ele faz é bom, e que nos outros a bondade está ausente.
Ter humildade significa não exigir da vida respostas prontas e imediatas para tudo, mas saber acolher o mistério que vai nos formando no cotidiano, nas lutas ordinárias, mesmo quando esta não nos responde...
Aqueles que são muito "seguros" e cheios de si, que crêem não precisar de ninguém e que não conseguem depender do outro em nada, perdem de vista a realidade que tece a vitória na história de qualquer um: a humildade de reconhecer-se na própria verdade e de lutar a partir dela, desprezando a ilusão e assumindo o real.
Humildade é sabedoria, é ser gente, é deixar-se ajudar, é saber respeitar, é dar espaço para amar e ser amado, para encontrar e ser encontrado. Aprendamos com esta virtude, construindo no concreto da vida a vitória que somente ela pode nos garantir.

Adriano Zandoná

Da paquera à traição

Pensar na possibilidade de que a pessoa com quem nos relacionamos está vivendo um “affair” pode nos causar calafrios na espinha. Ainda que seja apenas uma piscadinha ou uma olhadinha, isso não deve ter espaço dentro da relação compromissada entre os casais; sejam eles casados ou namorados. Pois, facilmente, um ato aparentemente inocente, pode favorecer um ambiente para se iniciar o adultério, se a outra pessoa corresponder favoravelmente à primeira atitude.
O sentimento de "ainda provocar suspiros" pode estimular tanto homens como mulheres, fazendo com que se sintam atraentes, charmosos, bonitos e até pensar que mantêm ainda latente a arte do encantamento.
Ninguém está totalmente imune a essas tentações relacionadas com o sexo oposto. “Quem brinca com fogo pode se queimar” já diz o ditado popular. A imunidade contra este mal não existe, por isso, se um “dragão de sete cabeças” estiver nos rondando, será necessário não alimentar qualquer tipo de atitude que possa revitalizar suas forças destruidoras de nossos relacionamentos. Infelizmente, sabemos de muitos casos em que as pessoas estão cultivando esse tipo de “monstro”, ainda que seja um “filhote”, aparentemente inofensivo. Contudo, devemos considerar que este crescerá ao ritmo das paixões desenfreadas.
Quando decidimos viver um relacionamento, assumimos viver sob os mesmos laços de sentimentos. Estamos diretamente ligados e comprometidos por meio da confiança e do respeito mútuo; qualquer pensamento ou atitude que firam esses laços de compromisso geram um grande desconforto e abalam nossas estruturas. Se uma crise pode abalar casais de namorados quando estes vivem tal situação, imaginemos quais seriam seus efeitos na vida conjugal, em que os laços de confiança, respeito e responsabilidade não se limitam apenas entre o casal, mas se estendem até os filhos.
Se houver a confirmação de uma relação extraconjugal, ficamos a imaginar em que poderíamos ter errado, no que estamos falhando, o que fulano (a) tem que atrai nosso (a) cônjuge, entre outros. Ainda neste “caldeirão” de sentimentos feridos e de ciúme, pensamos na vergonha e como enfrentaremos a situação diante dos filhos, da família, amigos e de todos aqueles que fazem parte do nosso círculo de amizade.
Sem o desejo de revitalizar – sob graça do sacramento – os laços conjugais na sua plenitude, a busca por um prazer fora do casamento se tornará uma busca interminável. Talvez, sejam inúmeras as justificativas que poderíamos discorrer na tentativa de justificar um ato de adultério, mas ao contrário, melhor seria ressaltar os motivos assumidos quando escolhemos viver nossa vida a dois, os quais foram ratificados pelo sacramento do matrimônio.
Crises e dificuldades vividas ao longo da vida conjugal não são poucas e tampouco deixarão de existir. Certamente, são muitos os momentos de extrema dificuldade enfrentada pelo casal, como crises financeiras, de adaptação, entrosamento, desemprego, problemas com filhos, entre outros. Entretanto, a superação de cada uma delas acontecerá quando ambos assumirem que há um Deus apaixonado por cada um deles e que por Sua vontade os uniu em corpo e alma, os sustentando.
A beleza dos frutos desse sacramento está na força restauradora que imbui de coragem os casais e atualiza a consciência do que são e dos projetos que têm a realizar a partir da vida a dois. Ainda que haja, numa relação extraconjugal, a aparente união física na intimidade
entre quatro paredes, não haverá e nem terá como acontecer a celebração da comunhão de corpo e alma, que alegra o espírito.
Deus lhe abençoe,

Dado Moura

A ditadura da 'cultura do corpo'

Atualmente há a ditadura da "cultura do corpo". Os pais precisam estar atentos a essa doentia "cultura", que hoje domina o mundo e que se estabeleceu na sociedade com o objetivo de consumo de produtos e de serviços voltados para a beleza. É uma verdadeira ditadura. Muitos jovens sofrem porque não têm aquele corpinho de "top model" ou porque não têm "aquela" musculatura especial... A mídia colocou na cabeça, especialmente das mulheres, que o "mais importante" é ser bonita de corpo, esbelta, magra, segundo os "padrões de beleza" dos que ditam a moda para os outros. A propaganda emplacou uma grande mentira: se você não tiver aquela calça "da moda" ou aquela camisa "da marca", então você não será feliz. Os comerciais de TV e as novelas ensinam para os jovens uma coisa perversa: se você não for sexy, você não poderá ser feliz e não terá um namorado, será rejeitada. Os pais têm que criar um antídoto contra essa insanidade. Por causa dessa "cultura do corpo", que hoje ocupou o lugar da "cultura do espírito", muitos jovens estão angustiados e até mesmo "escravizados", porque não conseguem atingir este padrão de "beleza". Ora, saiba mostrar a seus filhos que a felicidade construída em cima desses valores é efêmera, vai acabar muito cedo e deixar o jovem no vazio. A moda pode até ser boa se for equilibrada, se for um meio, mas não um fim. Os pais precisam despertar os filhos para a verdadeira beleza que está na alma, no interior, "invisível aos olhos", que não acaba; que o tempo não envelhece.Deus seria injusto se a nossa felicidade dependesse da cor da nossa pele, do perfil do nosso corpo ou da ondulação do cabelo. Pois tudo isso é genético e não conseguimos mudar.
Quanto mais o jovem construir a sua felicidade em cima de valores espirituais, tanto mais ele será de fato um homem e uma mulher como Deus quer.É dificílimo hoje para o jovem fugir desta onda de supervalorização do corpo, por isso é muito importante a educação neste sentido para ele não se tornar um escravo [do corpo]. E os pais têm de mostrar isso a eles de maneira convincente. Saiba mostrar a seu filho que Deus o ama por aquilo que ele é; e do jeito que ele é. Que diante do Senhor não se é avaliado pelo que se vê, mas pelo que se faz. Ensine o jovem a atirar para longe este complexo de inferioridade; e faça-o olhar menos para o espelho e mais para a sua alma. Ajude-o a cultivar o seu saber, a fé, a espiritualidade, seus amigos e amigas, sua família, seu trabalho, sua profissão e seu Deus, muito mais do que o seu corpo. Ensine-o a gastar mais o seu tempo e seu dinheiro em coisas e atividades que o fazem crescer, naquilo que não passae que o tempo não destrói.Michel Quoist, grande padre francês, dizia aos jovens que para ser belo é melhor parar 'cinco minutos diante do espelho, dez diante de si mesmo, e quinze diante de Deus". Não deixe que o seu filho inverta esta ordem, para que não caminhe de cabeça para baixo. Infelizmente a cultura de hoje valoriza mais a roupa, a comida, o carro, a casa, as viagens, as festas, o celular, o CD..., em vez do "ser" mais e melhor. Não estou falando aqui de desprezar as coisas boas que nos ajudam a viver, mas de não tomá-las como um fim. Pais, hoje temos edifícios altos, mas homens pequenos; estradas longas e largas, mas almas curtas; pessoas ricas, mas gente pobre... As casas são grandes, mas as famílias são pequenas... Temos muitos compromissos, mas pouco tempo... Gastamos muito e desfrutamos pouco... Multiplicamos os nossos bens, mas reduzimos os valores humanos... Falamos muito, mas amamos pouco e odiamos demais...Fomos à lua, mas ainda não atravessamos a rua para conhecer o vizinho... Temos mais conhecimentos, mas pouco discernimento... Temos muita pressa e pouca perfeição... Temos mais dinheiro, mas menos moral e menos paz... Temos mais bens, mas menos caráter... Temos casas mais lindas, porém, mais famílias destruídas... Conquistamos o espaço exterior, mas perdemos o espaço interior... Temos mais prazer, porém, menos alegria...Lembro-me de Edith Piaf, uma cantora lírica francesa, pequenina e "feinha", mas muito simpática. Quando começava a cantar a plateia a ovacionava; parecia um anjo a cantar. Muito mais se pode dizer de Madre Teresa de Calcutá, Edith Stein e tantas outras. Se a beleza física fosse sinônimo de garantia de felicidade, não encontraríamos tantos artistas frustrados, buscando fugir de suas angústias nas drogas, muitas vezes. Quantas moças e rapazes lindos já morreram numa overdose de cocaína! Se o dinheiro fosse sozinho garantia de felicidade, não encontraríamos tantos ricos angustiados e tantos ídolos que acabam com a própria vida no suicídio.Ensine seu filho a construir a vida naquilo que os olhos não veem, mas que é essencial: honra, saber, moral, caridade, bondade, mansidão, força de vontade, humildade, desapego, pureza, paciência, disponibilidade. Esses são valores que nos mantêm verdadeiramente de pé!De nada vale um jovem ter um corpo de atleta ou de modelo se a sua alma está em frangalhos e o seu espírito geme sob o peso da matéria e da carne. Será um escravo que poderá um dia buscar compensação até nas drogas, para fugir do vazio existencial.Se você bater num tambor cheio de água, ele não fará barulho; mas se você bater num tambor vazio, vai fazer um barulhão. Os homens também são assim, fazem muito barulho quando estão vazios... Se a hierarquia de valores que os pais transmitem aos filhos for invertida, a grandeza deles ficará comprometida. Quando você permite que as paixões do corpo sufoquem o espírito, não há mais homem ou uma mulher, mas uma "caricatura" de homem ou de mulher.Se o seu filho se frustrar no nível biológico, porque possui algum defeito físico, ele poderá sublimar essa frustração e ser feliz se realizando num nível mais alto, o da cultura e do saber. Se ele não pode se realizar no nível racional, poderá fazê-lo no nível espiritual, que é o mais elevado, numa relação íntima com Deus. Mas se ele desprezar o nível espiritual, não poderá se realizar plenamente porque acima deste não há outro onde possa buscar a compensação.O grande poeta francês Exupèry dizia que "o essencial é invisível aos olhos". A razão é simples: tudo que é visível e material passa e acaba; o invisível, o espiritual, fica para sempre.Todos os seres criados voltam ao seu nada, voltam ao pó da terra, porque a força que os mantém vivos está em cada um, mas não lhes pertence. O poder de ser uma rosa está na rosa, mas não é da rosa. Quando você vê uma bela flor murchar, é como se ela estivesse lhe dizendo: "A beleza estava em mim, mas não me pertencia; Deus a tinha me emprestado". O poder de ser um cavalo está no cavalo, mas não é dele. Se fosse dele, jamais ele morreria. Ele foi criado por Alguém, que o mantém vivo. Quando uma bela artista envelhece, e surgem as rugas, ela está dizendo que a beleza estava nela, mas não era propriedade sua. Se o seu filho ficar cultivando apenas o seu corpo e se esquecer da sua alma, amanhã estará amargurado, pois, do mesmo jeito que a rosa murchou, o seu corpo também envelhecerá; e isso é inexorável. O seu filho não foi criado apenas para esta vida transitória e passageira, na qual tudo fica velho e se acaba, ele foi feito para a eternidade, para uma vida que nunca acaba.O jovem fogoso que foi Santo Agostinho, um dia chegou a esta conclusão: "De que vale viver bem, se não posso viver sempre?"

Felipe Aquino

sábado, 19 de fevereiro de 2011

O que é fé?

Quando se pergunta o que é a fé, é necessário considerar a existência de seus vários tipos, por exemplo, a fé-assentimento da inteligência, a fé-confiança, a fé-estabilidade. Mas, no nosso caso, podemos nos ater àquela que nos possibilita aceitar a salvação que Jesus nos deu. Antes de mais nada é importante dizer que a fé é um dom de Deus, um presente para aqueles que lhe abrem o coração.
A fé é a coisa mais simples e evidente do Novo Testamento – é uma pena que muitos só a descobrem no fim de sua vida – no fundo, trata-se simplesmente de dizer um “sim” a Deus. Deus criou o homem livre para que pudesse aceitar livremente a vida e todo o dom que vem d’Ele. Deus esperava que o homem se aceitasse como uma criatura e respondesse com um “sim” ao seu plano de amor, mas ao invés disso, recebeu um “não”, que configura todo pecado – pois, na verdade, o pecado nada mais é do que o “não” da criatura ao Criador, um rompimento com o seu Senhor. Porém, Deus, que não encontra limites em seu amor e sua bondade, oferece ao homem uma nova oportunidade, uma nova chance de ser feliz e de se realizar, perguntando-lhe: “Você aceita a salvação que o meu Filho trouxe, aceita ser curado de todos os seus males e libertado de tudo o que o oprime para viver uma vida nova em Jesus?”
Ter fé significa dizer-lhe “sim, aceito!”. Quando isso é dito do fundo da alma, com toda sinceridade, nasce uma nova criatura. O homem nasce de novo no exato momento em que Jesus dá a sua vida por ele, e Jesus morre por ele, naquele momento em que ele reconhece a salvação e se torna consciente da vida nova que lhe foi proporcionada pelo sacrifício do Senhor.
A fé se manifesta pelo “sim” livre e consciente que o ser humano dá a Deus como resposta à sua proposta de salvação.

Márcio Mendes

Quem deve escolher a pessoa e o momento certo é Deus!

Para descobrirmos a vontade de Deus para nós aqui na Terra. Namoro é época de profundo conhecimento, não de simples envolvimento físico e emocional. Nesse período devemos buscar no outro a esposa e o marido, que Deus já escolhera para nós desde a eternidade. Assim, namoro é a busca aqui na Terra para que possamos descobrir a vontade do Céu. Por isso, é importante que rezemos e ensinemos nossos filhos, amigos ou parentes a também rezarem desde crianças ou adolescentes para que consigamos discernir a vontade do Pai, e não a nossa, quanto ao nosso (a) futuro (a) companheiro (a), pois se não corremos o risco de escolher a pessoa errada, isto é, uma pessoa que não tenha sido designada por Deus para que fosse o(a) nosso(a) companheiro(a) da vida inteira. É por isso que existem tantas desilusões amorosas, tantas separações dolorosas e tantos matrimônios desfeitos... Porque temos feito a nossa vontade e não a do Pai! E se você ainda está sozinho, isto é, se ainda não tenha encontrado o seu parceiro-da-vida-inteira não se precipite, não se perturbe e nem se estresse, pois há um tempo para cada coisa, conforme a Palavra de Deus nos ensina:" Para tudo há um tempo, para cada coisa há um momento debaixo dos céus: Tempo para nascer, e tempo para morrer; Tempo para plantar e tempo arrancar o que foi plantado; (...) Tempo para procurar, tempo para perder (...)." ( conf. Eclesiastes 3, 2-8)Lembre-se: não é você quem deve escolher a pessoa e o momento certo, mas sim Deus! Fale com Ele, abra o seu coração e aguarde no Senhor, pois Ele é nosso Pai, nosso Amigo, nosso Mestre. Só Ele pode nos compreender e nos guiar rumo ao Céu, pois Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida. Amém!

Fonte: www.paideamor.com.br

Educar quem? Pais ou filhos?

Basta ligar a televisão, o rádio ou conversar alguns minutos com alguém para sabermos de fatos horríveis: neto que mata a avó, pais que mataram ou espancaram seus filhos, filhos roubando ou matando os próprios pais; enfim, uma violência, que até então, existia, mas não tão evidente no âmbito familiar. Se já é triste ouvir falar de violência, imagine quando esta ocorre dentro da família. Neste momento é importante se perguntar: o que está acontecendo? E mais importante: Como podemos melhorar essa situação? Talvez, a resposta seja aquela que já ouvimos inúmeras vezes: uma melhor educação dos filhos, a qual acrescentaria também outra não tão comum: a educação para os pais.
Sim, pode soar estranho, mas a educação dos pais também é importante - diria fundamental, pois não há nenhuma carga genética que nos ensine a ser pai ou mãe, ou o que seja certo ou errado, o que fazer ou não fazer, ou seja, é preciso que aprendamos a ser pais. Até porque, se pararmos para refletir, o que todos os manuais que se prontificam a ajudar na educação dos filhos trazem são, na verdade, maneiras de os pais agirem, porque sabem que só uma postura diferente dos pais pode contribuir para comportamentos diferentes nos filhos.
Outro fator - que demonstra o quanto essa nova postura parece correta - é que hoje os pais pensam que dando aos filhos tudo o que eles querem: roupas da moda, tênis de marca, brinquedos, etc , poderão conquistá-los ou suprir o tempo que eles passam sozinhos, sem atenção, sem carinho... Não é difícil notar que isso não vem adiantando em nada e que se “fosse realmente assim os pobres não teriam como educar seus filhos, assim como os ricos não teriam as dificuldades com a educação que já nos acostumamos a ver que existem” (Aquino, 2002).
Buscando ajudar os pais na educação dos filhos, e conseqüentemente educando os pais, Felipe Aquino (2002), cita os “dez mandamentos dos pais e educadores”, são eles:
1- Os pais não briguem nem discutam na frente dos filhos,
2- Tratem todos os filhos com igual afeto.
3- Nunca mintam a uma criança (se isso lhe parecer impossível, ao menos evite dar informações ambíguas, ou seja, que cada um dos pais dê informações que se contradizem),
4- Sejam os pais afetuosos e atenciosos um com o outro, na presença dos filhos.
5-Haja confiança entre pais e filhos (porque a partir da confiança se gera a responsabilidade),
6- Os pais recebam bem os amigos dos seus filhos (o que faz com que você saiba quem são as pessoas com os quais o seu filho convive), não permitam gastos inúteis e além de suas mesadas (o que gera responsabilidade, noção de limites),
7-Quando castigá-lo, indique o motivo do castigo (para que ele possa saber com clareza o que está sendo considerado errado e o porquê disso),
8-Notem e encoragem as qualidades dos filhos (afinal quem não gosta de ser elogiado?) e não saliente seus defeitos (este devem ser “apenas” corrigidos e não comentados todos os dias e diante de todas as pessoas),
9- Respondam sempre as perguntas dos filhos conforme as exigências de sua idade (apesar de não ser bem definido o que é adequado para cada idade, ninguém melhor que os pais para perceber o grau de entendimento de sua criança e a partir disso, responder os seus questionamentos. Lembre-se: falar demais só gera mais questionamentos e falar de menos faz com que o filho procure respostas em outros lugares....),
10 – Mostre aos filhos o mesmo afeto e o mesmo humor sem demonstrar demasiada preocupação(caso você ao ler a último “mandamento” esteja pensando que é melhor desistir, aqui vai uma dica: comece tentando demonstrar o mesmo afeto para situações nas quais seu(s) filho(s) age de maneira parecida e não esqueça que o seu filho não é o responsável pelas brigas que aconteceram no trabalho, com amigos, etc.).
Enfim, vale dizer que uma solução rápida não há. Reaprender a educar os filhos é um primeiro passo, aplicar essa educação seria um segundo. Já mantê-la, mesmo quando o filho se rebela, chora e esperneia diante dos limites e das regras propostas seria a prova de que você está em plena evolução não só na educação do filho, mas principal e primeiramente, no seu "auto-educar-se" como pai.
Claudia May Philippi

Deus é por nós

Nada pode nos separar do amor de Deus. Só o Senhor pode se utilizar do nada para fazer o tudo. Quero falar para vocês sobre as principais táticas do ataque de satanás para nos enganar.A primeira tática é de nos fazer esquecer que já fomos salvos por Jesus Cristo. Sim, por Ele já fomos salvos, e esta salvação já foi conquistada na cruz. Um ponto importante é viver o presente. O demônio quer nos iludir, ele quer que vivamos o hoje, pensando no passado ou no futuro. Retirando todas as nossas energias, para que não vivermos bem o tempo presente.Ele quer usurpar o nosso presente. Se o passado é lembrado com dor, ele deixa de ser passado e se torna presente. Quanta gente passa boa parte do seu tempo presente, pensando no passado? Quando olhamos para o passado nos paralisamos. Portanto, é impossível caminharmos andando para trás. Só podemos reparar o passado, vivendo bem o presente. Temos em nossas mãos este presente maravilhoso presente de Deus, que se chama o hoje!O que passou, passou; você precisa trazer à tona para ser curado e não para ficar remoendo. E se o demônio não consegue prender você no passado, ele tenta fazer com que você viva no futuro, na irrealidade, se esquecendo do tempo presente. Se preocupando com problemas que ainda não existem, você não vai a lugar nenhum.Revivendo o passado ou se projetando no futuro, você não conseguirá viver o presente com serenidade. E Deus quer que vivamos nesta serenidade, por isso que esta escrito no Evangelho de São Mateus 6,34: “A cada dia basta o seu cuidado”.
Não perca a paz com o que você viveu no passado. Outra tática do domônio é o desânino. Ele quer que vivamos desanimados, porque estando desanimados, murmuramos, reclamamos e a reclamação é a oração do diabo. Você quer viver mais? Pare de reclamar, pare de murmurar. Você quer viver mais? Começe a louvar! Com problema ou sem problema eu sou de Jesus, afirme isso para a sua vida. O diabo quer nos esvaziar de Deus. E está é a tática que ele mais gosta.Quando o demônio não consegue levar você ao pecado, ele implanta o desânimo dentro de você. É nas pequenas coisas que nos deixamos influenciar, é por meio destas pequenas coisas que, delicadamente, vamos nos prendendo a este mundo. O ressentimento é a semente do inferno dentro de nós.

Irmã Maria Eunice
Canção Nova

A verdadeira tristeza vem do pecado

Em Gênesis, no capítulo 2, a Bíblia diz que Deus criou o homem e a mulher lhes dando a liberdade de poderem comer tudo o que eles encontrassem no jardim do Éden, simbolizando a amizade d'Ele com o ser humano. É a mesma coisa de quando temos um amigo e o colocamos dentro de casa: abrimos o coração e entregamos tudo a essa amizade, estabelecendo uma cumplicidade. Foi isso que aconteceu com o homem e a mulher, o Altíssimo deu tudo a eles. Deu-lhes o dom de imortalidade, dom da ciência e todos os outros dons. Foi quando o demônio veio e pela vaidade começou a dizer-lhes que deveriam comer a fruta proibida e os instigou a desobedecerem a Deus. Por que ele foi tentar a mulher e não o homem? Porque a mulher influenciaria o homem mais facilmente do que o diabo, pois o homem é influenciável pela mulher. Assim como uma mulher pode levá-lo à perdição, ela também pode levá-lo à salvação. Quantos homens foram salvos por uma mulher e quantos caíram pelas mulheres. Adão e Eva desobedeceram e quiseram ser como o Criador, assim como o demônio invejava a Deus. “O salário do pecado é a morte” (cf. Rom 3,23), entrando o pecado veio a morte para a humanidade por intermédio de um homem. A perdição é você perder Deus, por isso as pessoas falam "perdido". O inferno é a pessoa viver sem Deus. O pecado entrando por um homem era necessário que outro Homem morresse por nós. O demônio sequestrou-nos de Deus Pai. O pecado entrou no mundo e daí entrou a morte, e a humanidade se separou do Senhor. Os santos doutores nos ensinaram que quando pecamos nos separamos de Deus, e hoje já se tem o perdão pela morte de Jesus Cristo. Por pura vaidade e fraqueza, ficar longe de Deus, num lugar que só tem choro, tristeza e escuridão e nada parece ficar bem. A consequência do pecado vem de gerações, Deus encheu Adão e Eva de riquezas, mas as perdemos. Assim como nosso pai é rico e perde todo dinheiro e nós seremos pobres, com a consequência do pecado de Adão e Eva nós perdemos toda riqueza e dons que eles tinham e ainda tivemos a consequência do pecado original. A cruz é a imagem mais concreta e valiosa do Cristianismo. Jesus se fez Homem, nos amou e morreu por nós. Quando nós dizemos que Deus não nos ama, isso é uma blasfêmia. “Nisto consiste o amor: não em termos nós amado a Deus, mas em ter-nos Ele amado, e enviado o seu Filho para expiar os nossos pecados” (I João 4, 10). Deus nos amou tanto que nos deu Seu Filho Jesus. A nossa culpa foi assumida por Cristo. Para que nenhum de nós fosse pregado na cruz, Ele se fez crucificar-se para nos salvar. O amor é mais forte que a morte. Assim como por um homem entrou o pecado, por outro Homem entrou a salvação. Jesus rasgou nossa culpa quando foi crucificado por nós e isso acontece quando somos batizados; todo batizado que crer na salvação será salvo, mas se for batizado e não crer será como morto. Nós como cristãos temos o dever batizar nossos filhos assim que nascerem para terem a salvação. Por que deixar seu filho até 20 anos sem batizar? Para que perguntar se ele quer ser batizado ou não, se o que está em jogo é a salvação eterna dele? Você vai perguntar-lhe, quando ele ainda é pequeno, se ele quer tomar vacina para não ficar doente? Lógico que não, é obvio. Pais, por que não batizar seus filhos assim que estes nasçam? “Ou ignorais que todos os que fomos batizados em Jesus Cristo, fomos batizados na sua morte”? (Rom 6, 3). Não sabeis que aquele que é batizado participa da ressurreição de Cristo? Quantas crianças nascem mortas e mesmo no hospital você pode batizá-la com água, quando não há tempo de levá-la ao sacerdote; pois é necessário batizar para o bebezinho ir direto para o céu. “Em nenhum outro há salvação, porque debaixo do céu nenhum outro nome foi dado aos homens, pelo qual devamos ser salvos” (Atos 4, 12). Não há salvação fora do nosso batismo. “Ide e pregai o Evangelho por todas as nações”. Quantas pessoas estão em outras religiões, mas é necessário pregar a todos, mesmo que já tenham uma religião, porque não há salvação sem o sacramento da Igreja. João Batista anunciou: “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”, e Nosso Senhor Jesus Cristo veio exatamente para ser o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Jesus nos deixou Sua doutrina, o sermão da montanha, a confissão, o jejum, esmola que são remédios para a nossa salvação. A primeira coisa que Cristo fez, depois que ressuscitou, foi aparecer para os apóstolos e instituir o sacramento da confissão. “Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio a vós” (João 20, 22). O Senhor quis dar o perdão com o derramamento do Seu Sangue. Jesus veio para tirar o pecado do mundo, por isso a primeira coisa a fazer é confessar os pecados. Deus quer que você vá até aquele homem pecador que é o padre, mas instituído pela Igreja e por Jesus Cristo com o poder de lavar seus pecados. Não abuse da confissão. Seja transparente. Se for confessar, não deixe pecado para trás porque é um sacrilégio você deixar pecado escondido, é um pecado maior ainda [do que não confessá-lo]. Não minta para o padre porque é a mesma coisa que mentir para Deus. A verdade dói, mas liberta, assim como o que arde cura e o que aperta segura, a verdade não nos deixa na ignorância. Para arrancar o pecado do mundo é necessária a confissão, e ao fazê-la você vai ser muito feliz! Santo Agostinho dizia: “Tua tristeza vem dos teus pecados, deixe que sua santidade seja tua alegria”.

Felipe Aquino