quarta-feira, 30 de junho de 2010

Educação dos filhos

Matrimômio, caminho de santificação

Quando se fala em santificação precisa-se refletir sobre este termo enquanto processo que temos de passar a vida toda para atingi-lo. Ser santo é um processo: o lindo, mas doloroso, processo de santificação. E isso acontece na nossa vida, no cotidiano de nossa existência.
A pessoa casada experimenta de forma muito real este processo na sua vida, pois o matrimônio é um caminho certo para se alcançar a santidade. Começa pelos primeiros anos de casados com a adaptação à outra pessoa: os conceitos dela, a forma de viver e se comportar que passa de um viver individual para um viver a dois; os seus defeitos e imperfeições, que se confrontam com os nossos; a saída da casa dos pais ou de sua própria casa. Todos os conflitos resultantes dessa adaptação são sofrimentos que levam à santificação.
Com o passar dos anos começam outros processos, pois a pessoa muda de costumes e adquire outras manias e formas de pensar. Algumas delas se alienam, se fecham em si mesmas tornando-se egoístas e individualistas; outras se abrem demais e esquecem que estão casadas. Nascem os filhos e as dificuldades continuam a crescer: preocupações, doenças, noites sem dormir, perdem muitas vezes o foco no próprio matrimônio, ficando os filhos como barreiras para o encontro amoroso. Tudo isso é matéria-prima para a santificação dos cônjuges. O problema é quando a pessoa desiste de ser santa e resolve jogar fora a sua maior oportunidade de santificação: quem Deus colocou ao seu lado.
Vejo que os matrimônios de hoje precisam amadurecer nesta realidade: a santificação pessoal de cada pessoa: o esposo, a esposa e os filhos. Mas também isso não é desculpa para que continuem acontecendo as brigas, as discussões enormes, as agressões físicas e morais. Precisamos, sim, investir na própria concepção de pessoa: querer ser melhor para viver melhor com o(a) outro(a), aprender a perdoar e a receber perdão e acolher as dificuldades como formas de santificação que a Divina Providência nos proporciona.
Deus abençoe você.

Diácono Paulo Lourenço

É fácil seguir Jesus?

A Santa Eucaristia é a celebração do serviço de Nosso Senhor Jesus Cristo pela humanidade.
O início da narrativa do Evangelho do décimo terceiro domingo do Tempo Comum é uma introdução solene da viagem de Jesus a Jerusalém. É o começo de Sua volta ao Pai e Ele apresenta Suas condições para quem quer segui-Lo. Mas não é tão fácil e simples seguir esse Jesus, que pôs o pé na estrada. Dois discípulos precisam ser "exorcizados” quanto ao preconceito racial e à intolerância religiosa. Outros são provocados a abandonar segurança, a rever prioridades e a romper laços familiares para pertencer a uma família que não se constitui a partir dos laços de sangue.
As palavras de Jesus neste Evangelho são dirigidas a todos os cristãos. Ele exige tudo de todos para sermos cristãos. Não podemos nos apegar nem mesmo à nossa alma, que é uma de nossas posses; devemos nos desapegar de tudo e seguir Cristo. Desde que dirijamos nossa vida para Deus, não devemos nos perturbar. É preciso vencer os prazeres carnais e conduzir nossa vida da melhor maneira, abandonando todo o restante para Aquele que tem o poder de fazer tudo o que quiser.
O Senhor nos conhece. Ele sabe que não nos transformamos de uma hora para outra. Mas o nosso objetivo deve ser ir nos aperfeiçoando até chegar ao ideal cristão. Não é fácil, mas é possível. Só depende de nos tornarmos cristãos autênticos. E, justamente porque não é fácil, é que é importante, valioso.
Somos humanos e passíveis de erros e imperfeições, mas também somos divinos, porque fomos criados à imagem e semelhança de um Deus uno e trino, que fez o Cristo se tornar humano entre nós a fim de que aprendêssemos a assumir a divindade em nosso interior.
Dom Eurico dos Santos Veloso: Arcebispo Emérito de Juiz de Fora(MG)

Campanha de Prevenção e Controle da Hipertensão


terça-feira, 29 de junho de 2010

Impaciência

O problema reside, em certa medida, na impaciência.
Reconhecemos, tal como já sucedia com os nossos antepassados, que estamos feitos para a felicidade, mas queremo-la no imediato. Não estamos dispostos a esperar por um além, do qual, aliás, nos acostumamos a duvidar. Paraísos... só se forem já e aqui.
Os antigos desconfiavam do imediato. Parecia-lhes pouco e pequeno. Encontravam dentro de si ânsias e desejos que nenhuma coisa daqui seria capaz de satisfazer. Parecia-lhes natural que um bem tão grande como aquele que pressentiam se fizesse esperar. Que custasse - em sacrifício - um preço muito elevado. Que se encontrasse, em plenitude, somente no final do caminho. Que estivesse tantas vezes escondido - como os tesouros.
Mas nós habituamo-nos a carregar em botões que fazem funcionar mecanismos que realizam - imediatamente e sem esforço da nossa parte - tarefas árduas e demoradas. Não cabe na nossa cabeça que não exista uma forma moderna, rápida e fácil de encontrar a felicidade.
Lançamo-nos, portanto, a procurá-la no que está perto, no que é fácil, no imediato.
Mas sucede - e todos vamos verificando isso - que não somos felizes. Que erramos o método. Que não existe modernidade neste campo.
Aquilo que está à nossa volta pode, sem dúvida, servir de caminho, fornecer pistas, funcionar como uma janela para o ponto de chegada. Mas não é o ponto de chegada.
Conseguimos apenas recolher prazer, satisfazer gostos e caprichos, saborear alguma comodidade - o que é muito, muito pouco. O nosso coração tem outras medidas. Por isso, continuamos a chorar por dentro, a sentir o desencanto e até a amargura.
Quem poderá descrever aquilo que existe dentro de nós?
Mas, para não termos de reconhecer o fracasso, chamamos a isso felicidade. Andamos emproados com as nossas roupas de marca, os nossos telefones celulares de último modelo, a nossa conta bancária, o nosso "poder de compra", a nossa ração diária de conforto...
Os resultados de confundirmos prazer com felicidade foram devastadores: animalizamos a sexualidade, desistimos da família, usamos as outras pessoas como nunca se tinha feito no planeta, tornamo-nos a nós mesmos semelhantes às coisas a que tínhamos entregado o coração.
E transmitimos tudo isso aos nossos filhos, pelo menos com o nosso exemplo ou com os nossos silêncios indesculpáveis. Ao mesmo tempo que - como andávamos muito ocupados com os nossos prazeres rasteiros - os deixávamos abandonados num mundo que não é fácil de entender.
Teriam precisado de nós muito mais do que aquilo que de nós lhes demos. Em tempo, em sinceridade, em exemplos de virtudes, em verdadeira amizade. Teriam precisado, antes de mais, de que lhes déssemos irmãos, muitos irmãos - que são os grandes educadores e os grandes amigos para a vida.
Muitos deles também procuram agora a felicidade no prazer. Bebem, drogam-se, curtem. Freqüentam casas noturnas. Divertem-se em risos tontos e vazios. Tornaram-se bonecos nas mãos dos mercadores. Estudam como loucos para virem a ser ricos. Enfeitam-se extravagantemente por fora, porque ninguém lhes disse que se deviam enfeitar principalmente por dentro.
Tenho como certo que trazemos sobre os ombros o peso do sofrimento de uma geração. Se não nos emendarmos, a nossa saída de cena - não falta muito - será um alívio para o mundo.
Ficarão por aqui as vítimas da nossa impaciência. Hão de crescer amparados apenas uns aos outros; hão de errar muito e sofrer aquilo que não seria necessário sofrer. Mas encontrarão o caminho e serão homens.
Paulo Geraldo é professor de Língua Portuguesa em Portugal.

Por que ele não fala em casamento?

Muitas mulheres falam da dificuldade de encontrar um namorado; outras, por sua vez, mesmo namorando há algum tempo, reclamam da falta de compromisso do rapaz com relação ao futuro do relacionamento ou de que o namoro parece não progredir como gostariam. Medo e insegurança podem realmente rondar os pensamentos dos namorados, especialmente quando certas decisões dizem respeito a compromissos definitivos.
Assumir
a responsabilidade do casamento pode causar frio na barriga de muitos ao imaginarem o futuro e as complexidades da vida a dois, o que exigirá do casal disposição recíproca em fazer de suas vidas um enxerto.
Ninguém espera viver – como namorado – por um tempo indeterminado. Mas há alguns detalhes que talvez possam facilitar a compreensão dos possíveis motivos que levam ao adiamento da tão esperada data e, por sua vez, eliminar as inseguranças quanto ao compromisso para o casamento. Todavia, muitos casais, independentemente da necessidade de preparar os enxovais, mobiliar a casa, entre outras tarefas comuns aos nubentes, justificam ser ainda muito cedo para optarem pelo matrimônio. O casal sabe que deverá abdicar de coisas comuns à vida de solteiro, as quais lhes possam parecer insubstituíveis.
Algumas pessoas têm a imagem do casamento como uma prisão, mas, diferentemente disso, nesse novo estado de vida, apenas não cabem alguns dos antigos hábitos. Contudo, vale lembrar que a vida de quem opta pela experiência conjugal não se congela no tempo simplesmente pelo fato de se estar casado. Uma vez casado, uma nova perspectiva se abre para o jovem casal, agora, entrelaçando seus interesses, partilhando responsabilidades e abrindo-se ao aprendizado do convívio a dois.
Ao fazermos nossas escolhas assumimos as responsabilidades
vislumbrando algum tipo de compensação pelo esforço empreendido. É muito desagradável para alguns casais de namorados perceberem que, mesmo depois de anos, levam o namoro como se os constantes desentendimentos fossem normais; vivem como se suportassem um ao outro em meio às brigas e discussões e qualquer situação pode ser motivo para mais uma crise. Outros continuam com o namoro somente pelo fato de estarem vivendo por muitos anos o relacionamento. Quando questionados sobre o assunto, dizem estar apenas acostumados com a companhia do outro. Entretanto, por maior que possa ser a intimidade no namoro existente entre esses casais, ainda assim não estão convencidos de dar um passo mais sério.
Seria difícil imaginar um futuro promissor com alguém que não se empenha em romper com o mau humor, cujo negativismo, a baixa autoestima e a dificuldade em se fazer afável a outros estão sempre à mostra. Qualquer uma dessas características faz com que até mesmo os amigos se distanciem de alguém assim. Se tais comportamentos não conseguem manter os amigos, tampouco poderiam convencer o(a) namorado(a) de que essa pessoa é um bom partido. Ao ponderar essas dificuldades presentes no relacionamento, que vantagens o casal poderia prever para o futuro do namoro a ponto de assumir o compromisso da vida conjugal?
Esses exemplos, entre outros, podem ser um sinal para os namorados avaliarem se o esforço empreendido ao longo desse convívio tem sido compensador até mesmo para continuar o namoro. Por essa razão, os namorados precisam viver esse tempo com muita dedicação e estar atentos a tudo que não favoreça o crescimento do casal.
Antes que o namoro venha a celebrar bodas, melhor seria que os namorados – olhando para casamentos que são para eles bons modelos e procurando evitar os erros cometidos por aqueles que foram malsucedidos –, investissem na própria mudança de comportamento, fazendo-se flexíveis às novas exigências de uma vida comum.
Dado Moura

domingo, 27 de junho de 2010

Igreja cria curso na Itália para sogras não interferir em vida de casal

Com a finalidade de prevenir crises conjugais, uma arquidiocese italiana decidiu abrir um curso na cidade de Udine, no norte da Itália, para ensinar sogros e sogras a não interferir na vida de casal de seus filhos.
O curso - chamado "Famílias em diálogo, como ser pais eficientes com filhos que vivem a experiência de casal" - é organizado pela arquidiocese da região de Friuli e financiado pela prefeitura de Udine.
Durante os encontros, psicólogos vão ensinar os sogros a não se intrometer demais na vida familiar de seus filhos e a auxiliar na criação dos netos, respeitando as escolhas dos pais.
De acordo com os organizadores do curso, as intromissões de sogros e sogras desencadeiam discussões entre pais e filhos e sobretudo entre os sogros e os cônjuges de seus filhos, o que muitas vezes leva à dissolução de relações que pareciam sólidas.
A arquidiocese diz que o curso, que ainda será levado para outras cidades italianas, pretende ajudar os sogros a discutir seus problemas e a se colocar em seu devido lugar no âmbito familiar.
Causa de divórcio
Segundo pesquisas citadas pelos organizadores do curso, a intromissão dos pais na vida dos filhos casados é uma das principais causas de divórcio na Itália.
"Estudos evidenciam claramente que ao menos três em cada dez casamentos entram em crise por causa dos sogros. Em algumas regiões, essa proporção chega a 50%", diz o padre Giuseppe Faccin, responsável pela pastoral da família da arquidiocese de Udine.
Os dados divulgados pelo sacerdote são confirmados pela associação italiana dos advogados especializados em divórcios. A intromissão de sogros seria tão grave quanto a infidelidade conjugal, segundo a entidade.
O organismo calcula que cerca de 30% das separações judiciais ocorrem por causa dos sogros. As relações mais problemáticas seriam com as mães dos maridos, que muitas vezes entram em competição com as noras.
"Educar um sogro, ou mais frequentemente uma sogra, significa antes de mais nada recuperar a relação dele com seu próprio cônjuge", afirmou Faccin ao jornal Messaggero Veneto, de Udine.
Na avaliação do padre, com o casamento dos filhos, os pais precisam encontrar seu próprio equilíbrio como casal.
Segundo Faccin, após muitos anos dedicando-se à prole, a relação do casal enfraquece e os pais acabam se debruçando novamente sobre os filhos, mesmo quando eles já se casaram e geraram suas próprias crianças.
"(Os sogros) Deveriam aprender a ser avós e a deixar de se intrometer nas escolhas educativas dos filhos", afirma o sacerdote.

Fonte: BBC BRASIL

Limites na educação

Algum tempo atrás manifestei nesta coluna certa perplexidade com o Projeto de Lei n. 2.654/2003, com o que se pretendia proibir qualquer forma de punição corporal a crianças e adolescentes. Como disse naquela oportunidade, o assunto merece ser melhor refletido.
Penso que as “palmadas” nas crianças não são mesmo um recurso educativo a ser utilizado a todo momento. Mais ainda, conheço vários pais que conseguiram educar muito bem sem jamais ter sequer levantado a mão contra os filhos. Aliás, se analisarmos bem, muitas das vezes que se bate numa criança, faz-se porque o pai ou a mãe estão nervosos com outro assunto que os afligem e a travessura foi apenas o estopim. Outras vezes, quase sempre, bate-se porque não se tem paciência para explicar o porquê de não poder ela fazer algo, dando os motivos pelos quais sua conduta não é adequada e, sobretudo, expondo as boas razões para se proceder corretamente.
O problema de leis radicais como essa são as más interpretações que podem causar. Estou certo de que, tão-logo aprovada, não tardará em surgir nas escolas e nas famílias uma falsa concepção do tipo: não se pode fazer nada com o garoto que não obedece, pois do contrário pode ser “processado”. Ou, pior ainda, as próprias crianças poderão incorporar o falso conceito e se levantarem contra os educadores, pais e professores, numa arredia desobediência a qualquer tipo de ordem com o petulante argumento: “não pode fazer nada comigo, sou menor”.
Não há educação sem limites. Já relatei a história de um garoto que, durante uma viagem com os colegas de escola para um acampamento, se queixava com o professor de que seus pais não lhe davam liberdade, que dependia da autorização deles para quase tudo. Esse bom professor deu ao aluno uma brilhante lição, que merece ser contada novamente:
“Seus pais não permitem que você faça tudo o que quer porque o amam. Veja esse pequeno riacho, em sua nascente, uma margem é bem próxima da outra. É o que ocorre com uma criança pequena, de tudo dependem dos pais. O riacho, conforme vai avançando, as suas margens vão ficando cada vez mais distantes, até que deságüe no mar, onde não há mais margens. Assim deveriam os pais fazer com os filhos. A autoridade dos pais é a margem dos rios que permite que cheguem ao destino.
Quanto maior o rio, mais distantes as margens, quanto maior e mais responsável o filho, maior pode ser a sua autonomia. E veja, que bom que é a margem, imagine o que seria do rio sem ela? Veja aquela parte do rio em que a margem é menos resistente, parte da água caiu para fora e apodrece à beira do rio, não chegará ao mar. Assim acontece com os filhos que possuem pais fracos, que não desempenham a obrigação de exercer a autoridade: deixam seus filhos perdidos nas ribanceiras do mundo, não chegam ao mar".
Soube também do drama de uma adolescente que talvez ilustre o desastre que é a educação sem limites. Trata-se de uma jovem de quatorze anos que estava deprimida e resolveu fazer um tratamento psicológico. Depois de algumas sessões, ela acabou por deixar de escapar algo, aparentemente sem importância, mas que revelava a causa de sua “depressão”.
Disse ela: “quando as minhas amigas me convidam para algum passeio que eu não quero, gosto muito de dizer que meus pais não deixaram. É a desculpa que mais me agrada”. “Você sabe por que isso lhe agrada?”, perguntou o psicólogo. “Na verdade não sei”, prosseguiu ela, “os pais de minhas amigas sempre as proíbem de fazer algo que elas verdadeiramente gostariam, mas eles também conversam com elas, fazem programas juntos, penso que elas ganham um beijo dos pais antes de irem dormir...”. Ela não contém as lágrimas que escorrem, e depois conclui: “meus pais me deixam fazer tudo o que eu quero porque não gostam de mim. Fazem isso para que eu não os incomode, então eu costumo dizer a minhas amigas que me proíbem de fazer alguma coisa para que não percebam que meus pais não me amam”.
Comprometedor esse relato, não? É hora, pois, de levá-lo mais a sério.

Fábio Henrique Prado de Toledo: é Juiz de Direito em Campinas. Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo.

Lições do Futebol

1- Treinar sempre - Precisamos sempre estar em forma, em dia, preparados e adequados. Tudo na vida deve ser bem preparado para vencermos a mediocridade, a rotina, a superficialidade. Treinar significa dar o melhor de si, cultivar-se sempre, querer crescer. Nunca estamos prontos e acabados, somos eternamente aprendizes.
2- Trabalhar em equipe - Nós somos tentados ao individualismo, isolamento ou estrelismo. Tudo isso leva à derrota. O futebol é uma escola da vida em equipe, em unidade, em interação com os outros. O time, a equipe é como uma família. Todos são importantes. A vitória de um é sucesso de todos. O time em campo ensina valorizar o outro, promover o outro, aceitar ajuda do outro, colaborar e trabalhar juntos para vencer juntos.
3- Obedecer às normas - Quanto mais um jogador sabe e obedece às normas do jogo tanto mais ele é eficiente e erra menos. Obedecer às normas não é submissão, jugo, opressão, servilismo. As normas e leis existem para o bem comum e a obediência às leis permite a convivência social, a igualdade de todos e o zelo pelo que é público. Obedecer ao árbitro é proteger o time contra a violência, o egoísmo, o orgulho, a raiva, a vingança.
4- Saber ganhar e saber perder - Assim é a vida. Saber ganhar sem vaidade, orgulho e desprezo dos outros. O que importa é participar. Sem o adversário, não há vitória. Saber respeitar o adversário é sinal de maturidade. O adversário não é mau nem inimigo, mas, alguém importante que nos desafia. Outra lição do futebol é saber perder. Quão difícil na vida é saber perder. Aceitar a derrota, o fracasso e treinar de novo para melhorar, eis o caminho da sabedoria. A derrota é possibilidade de auto-avaliação e de superação das limitações. Muitas vezes a derrota é oportunidade para futura vitória.
5- Ser bom atleta - Um atleta passa por grandes renúncias, sacrifícios, exigências. Precisa de formação física e psicológica, de concentração e autocontrole, espírito de cooperação e domínio de si, superação da derrota, respeito ao rival, espírito de equipe e amizade. Se em nossas Igrejas, escolas, tivéssemos fiéis e estudantes com espírito de atleta, a missão educadora e evangelizadora seriam bem diferentes.
6- Ser torcedor - Aprendemos lições do futebol com os bons torcedores. Eles são entusiasmados, vibrantes, participantes, incentivadores, colaboradores, motivadores. Se soubéssemos vibrar com a verdade e o bem, a justiça e o amor com o vigor dos torcedores, teríamos outra sociedade. Ser torcedores do evangelho, do reino de Deus, do amor fraterno, é o que mais necessitamos para derrotar a violência, a droga, o vazio existencial. Demonstra alto grau de humanismo quem torce pelo sucesso e bem-estar dos outros.
7- Evitar os perigos - Quando o time vira ídolo enfrentamos sérios perigos. Deixamos Deus e adoramos o time. A corrupção financeira ronda os esportes. Tudo vira negócio. A violência toma conta dentro e fora do campo. Quando um time é endeusado a família é deixada de lado, as finanças não são controladas, o nervosismo, a hipertensão, as doenças vasculares aparecem. O torcedor se torna um escravo. Tudo vira circo, festa e alienação. A idolatria esportiva enfraquece a consciência política, o interesse social, a responsabilidade por outros valores inegociáveis. “Filhinhos, fugi dos ídolos”, nos diz o evangelista João. A idolatria gera fanatismos e escravidões, engana as pessoas, corrompe a vida. Além disso, afasta de Deus, prejudica a família, aliena a consciência, escraviza a sociedade. Somos atletas de Deus em busca da coroa incorruptível nos céus. A salvação eterna será o gol decisivo da vitória da graça e da fé. Cantaremos eternamente as glórias de Deus que deu à Igreja, o treinador Jesus e o Espírito Santo, o técnico da graça e médico de todas as feridas do jogo evangelizador.

Dom Orlando Brandes :Arcebispo de londrina
Folha de Londrina.

Batismo de bebê reaviva a fé na Espanha




Uma imagem impressionante tornou-se uma mensagem de fé, na Espanha. Esta foi tirada no batismo de Valentino Mora, filho de Erica, a mãe solteira de 21 anos que o fotógrafo pediu para tirar uma foto de seu filho de graça.A foto do batismo de Valentino Mora está varrendo a internet, porque na época o padre derrama a água benta sobre a cabeça, a água flui na forma de um rosário (veja as fotos). Essa história começou na paróquia da Assunção de Nossa Senhora em Córdoba, Espanha, onde o batismo de um bebê de um mês teve lugar. No momento em que Valentino chegou à pia batismal para o sacramento do batismo, Erica perguntou o fotógrafo Maria Silvana Salles, que foi contratado por outros pais batizar seus bebês, para tirar uma foto de seu filho como um favor, uma vez que a jovem mãe teve nenhuma maneira de pagar por isso. O fotógrafo, movido pelo pedido de Erica, concordou em tirar uma foto de Valentino.

Maria Silvana trabalha com uma câmera tradicional e teve de enviar o filme para ser desenvolvido para uma loja em Córdoba. Quando recebeu as fotos, ela notou com surpresa que a água que derramou da cabeça de Valentino foi um rosário perfeito. A foto do batismo de Valentino tem despertado fé no povo de Córdoba que vêm para a humilde casa de Erica e Mora Valentino para tocá-lo. A verdade é que este sinal de fé tem mobilizado nesta cidade de Córdoba, cujos moradores ir à loja de Silvana Maria de comprar a imagem como se fosse um cartão de oração.

Dificuldade

Quando estiver em dificuldade
E pensar em desistir,
Lembre-se dos obstáculos
Que já superou.
OLHE PARA TRÁS
Se tropeçar e cair, levante,
Não fique prostrado,
Esqueça o passado.
OLHE PARA FRENTE
Ao sentir-se orgulhoso ,
Por alguma realização pessoal,
Sonde suas motivações.
OLHE PARA DENTRO

Antes que o egoísmo o domine,
Enquanto seu coração é sensível
Socorra aos que o cercam.
OLHE PARA OS LADOS
Na escalada rumo às altas posições,
No afã de concretizar seus sonhos,
Observe se não está pisando em alguém.
OLHE PARA BAIXO
Em todos os momentos da vida,
Seja qual for sua atividade,
Busque a aprovação de DEUS!
OLHE PARA CIMA

Lugar certo

O dia havia apenas amanhecido e o agricultor solitário já estavacapinando a lavoura.Aquele seria, como outros tantos, um dia de trabalhos árduos desol a sol.
Ele sulcava o solo e ao mesmo tempo pensava na vida.
Como eradifícil a sua luta diária para sustentar a família.
Algumas vezes se surpreendeu questionando a justiça divina, que oescolhera para o trabalho duro enquanto privilegiava outros com tarefas levese agradáveis.
O sol já ia alto quando ele, cansado, tirou o chapéu e limpou osuor que escorria pelo rosto.
Apoiou o braço sobre o cabo da enxada e sedeteve a olhar ao redor por alguns instantes.
Ao longe podia-se ver a rodovia que cruzava as plantações e eleavistou um ônibus que transitava pelas cercanias. Imediatamente pensou consigomesmo: "vida boa deve ser a daquele motorista de ônibus.
Trabalha sentado, esem muito esforço conduz muita gente a vários destinos. Não toma chuva nem sole ainda de quebra deve ouvir uma musiquinha para se distrair". De fato o motorista trabalha sentado e não está sujeito àsintempéries.
Todavia, ao ser ultrapassado por um automóvel de passeio, começoua pensar de si para consigo: "vida boa mesmo deve ser a desse executivo,dirigindo um carrão de luxo!"."Não tem patrão para lhe cobrar horários nem tem que passar diasna estrada como eu, longe de casa e da família."No entanto, logo à frente o executivo pensava em como era difícila sua labuta.
As preocupações com os negócios, as viagens longas, as reuniõesintermináveis, o salário dos empregados no final do mês, os impostos,aplicações, investimentos e outras tantas coisas para resolver.
Mergulhado em seus pensamentos, olhou para o céu e avistou umavião que cruzava os ares, e disse como quem tinha certeza: "vida boa é a depiloto de avião. Conhece o mundo inteiro de graça, não precisa enfrentar essetrânsito infernal e o salário é compensador".Dentro da cabina da aeronave estava um homem a pensar nos seuspróprios problemas: "como é dura a vida que eu levo. Semanas longe da esposa,dos filhos, dos amigos. Vivo mais tempo no ar do que no solo e, para agravar,estou sempre preocupado com as centenas de pessoas que viajam sob minharesponsabilidade".
Nesse instante, um ponto escuro no solo lhe chamou atenção.Observou atentamente e percebeu que era um homem trabalhando na lavoura.Exclamou para si mesmo com certa melancolia: "ah como eu gostariade estar no lugar daquele homem, trabalhando tranqüilamente em meio àvegetação e ouvindo o canto dos pássaros, sem maiores preocupações!E ao final do dia voltar para casa, abraçar a esposa e os filhos,jantar e repousar serenamente ao lado daqueles que tanto amo. Isso sim é que évida boa!".
Pense nisso!Deus, que é a Inteligência Suprema do Universo, sabe qual é omelhor lugar para cada um de seus filhos.Deus sabe o de que necessitamos para evoluir e que lições devemosaprender. Por essa razão todos estamos no lugar correto, com as pessoascertas, e na profissão adequada. Lembremo-nos de que, se temos problemas, temos também soluções emuitos motivos de alegria.Por isso, façamos o melhor que esteja ao nosso alcance, pois viveré, e sempre será, um grande desafio à inteligência humana e à capacidade dohomem de florescer no lugar exato em que foi plantado.Pense nisso!

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Você nasceu para dar Certo!

Quantas vezes o fracasso aparece no quintal de nossa casa, bate em nossa porta e quer ocupar espaço em nossa vida. O mais engraçado é que às vezes abrimos a porta e dizemos: “Pode entrar”.
Chegamos aos 45 minutos do segundo tempo de nossa vida com um saldo de “bolas murchas” que nem mesmo sabemos dizer do que realmente aconteceu! Mas o fracasso está ali para nos levar mais e mais ao chão!
“Nesta hora é incrível como sempre aparecem pessoas com o “dom” de nos levar para mais baixo ainda, dizendo palavras como: “a vida é assim mesmo”, “nascemos pra sofrer”, “não adianta, não vai mudar”. Estas pessoas esqueceram que a vida é para ser vivida e não uma morte decidida!
Não sei o que te fez parar neste texto, pode ser que esteja se sentindo mal, um fracassado, já tenha tentado mudar de atitude, mas ainda a tristeza está falando mais alto que antes. E a conclusão que chega é a de que o passado com seus erros venceu, ele é o grande vencedor.
Queria entrar no quintal de sua casa, bater em sua porta e ocupar 3 minutos do seu tempo para te dizer:
Seu passado não tem o poder de impedir a sua felicidade! Você nasceu para dar certo! Se ainda não deu certo ainda é porque não acabou e as possibilidades estão em suas mãos! Acredite você é um acerto e não um erro. Mesmo que tenha cometido muitos erros, eles não têm o poder de fazer de você um erro. Uma vida de erros, não te faz uma pessoa-erro! Você é um acerto!
Mesmo que o jogo da vida tenha chego aos 45 minutos do segundo tempo, Deus prorroga o tempo e dá mais alguns minutos de acréscimo, isso é Misericórdia!
Feche a porta de seu coração para o fracasso, e se você já chegou ao chão e as forças são tão poucas que te impedem de se levantar, pode gritar: “Jesus eu confio em vós!”
Ele com mão forte tem o poder de mudar o placar, só Nele o fraco é forte e o derrotado sai vitorioso!
Hoje, escolha as respostas em Deus, tudo vai ser diferente. Descubra o Senhor nos pequenos detalhes da sua vida. Ele está ai!
Quero com você proclamar este grito: Nasci para dar certo!!!
Por isso também deixo espaço para você comentar. Não perca tempo, proclame aqui neste espaço que você toma posse desta verdade! É um gesto exterior mais que reflete nosso interior. Comente para o mundo que você nasceu para dar certo!

Adriano Gonçalves

Você está encalhado?

“ENCALHADO” você já ouviu falar nesta palavra? Tão temida por alguns e tão vividas por outros… Hoje um dos maiores medos nos relacionamentos é o de ficar só, sem namorado; sem namorada. Aí entra esse grande rótulo (encalhado!).
Colocado muitas vezes por nós mesmos. Mas eu quero te apresentar uma nova palavra… Por sinal, não a encontramos em qualquer lugar, muito menos para qualquer um…
Pense comigo!
Quantas vezes fomos para um casamento ou uma festa importante e encontramos lá bem grande:
“RESERVADO”.
Chegamos num supermercado e vemos logo de cara aquela fila:
“RESERVADA”.
A primeira impressão que fica é que pessoas importantes irão usufruir daquilo que foi separado, escolhido, preparado e reservado.
Não quero só te dizer que você está reservado (a), mas existe uma pessoa separada, escolhida, preparada e reservada que na hora certa vai dar certo.
Encalhado é uma palavra tão baixa, tão vulgar que ninguém deveria ser rotulado assim. Afinal de contas quem fica encalhada é baleia e na maioria das vezes, ela não consegue soltar-se, fica presa, se ferindo até morrer.
Você está encalhado/a?
Não está.
Pense diferente.
Pense assim:

Você está “Reservado/a” você é muito importante e só pessoas importantes podem usufruir, só a pessoa certa pode ter acesso.
Não se deixe levar por essa onda, mas se assuma como: RESERVADO(A)
Como fala Stª Edith Stein “O que vale apena possuir, vale a pena esperar”

Thiago Teodoro

quarta-feira, 23 de junho de 2010

As armas contra o inimigo

Muitos cristãos, ao tomarem a decisão de seguir ao Senhor, pensam que vão ter uma vida mais tranquila. Mas a verdade é o contrário, pois o demônio não tem interesse em atacar os que não são seguidores de Cristo. Até mesmo os santos foram perseguidos. O interesse do maligno é colocar obstáculos na vida daqueles que decidiram seguir o Senhor.
Isso não é motivo de nos levar a uma crise. Não temos motivo para temer o inimigo, pois ele já foi derrotado. O demônio é que tem de ter medo de você, e a razão é simples: nós somos filhos e filhas de Deus, herdeiros do Reino. O maligno tem muita raiva, porque aquilo que foi dado a ele uma vez, agora é dado a nós. Ele tenta nos enganar de várias maneiras, mas tem uma técnica que ele usa frequentemente para nos atacar: é o desânimo, o desencorajamento. O desânimo não vem de Deus, sempre vem do inimigo, daquele que nos faz desistir de ir em frente.
Vamos olhar para São Pio de Pietrelcina. Quando um analista do Vaticano disse que ele era um psicopata, este santo entrou numa crise tremenda. Ele olhou para seus estigmas e se questionou se tudo era falso. Madre Teresa de Calcutá, no seu leito de morte, também viveu uma grande crise ao sentir o amor de Deus longe dela. O bispo teve de enviar um exorcista até ela e convencê-la de que aquele sentimento não vinha de Deus.
É muito normal que também nós vivamos esses momentos de crise. Seguir Jesus num momento de entusiasmo é fácil, mas continuar O seguindo nos momentos de sofrimento é difícil. O inimigo virá tentá-lo quando você estiver se sentindo fraco, cheio de medos, com raiva, ansiedade, tristeza. É nosso papel lutar contra essas táticas que ele usa para nos desanimar. A tática que ele também utiliza é nos apresentar meias verdades, porque o demônio é um mentiroso, enganador, trapaceiro. Ele nos apresenta algo que parece muito bom, quando, na verdade, é muito ruim.
O maligno diz que por causa dos seus pecados, você não consegue fazer nenhuma tentativa para ser mais santo. Muitas vezes nós pensamos que as tentações são somente relacionadas ao sexo, à raiva, aos sentimentos de ódios. Essas são grandes tentações. Mas temos de estar atentos a uma grande tentação que é não fazer a vontade de Deus.
O inimigo faz de tudo para que nós saiamos do caminho da vontade do Senhor. Ele ousou tentar Jesus a desobedecer ao Pai, quando O levou ao alto do monte e mostrou-Lhe as cidades, dizendo que elas pertenciam a Ele [Jesus]. A tentação do inimigo a Cristo era muito atraente. O Pai dizia para o Filho ir para a cruz e o inimigo pedia que Ele desobedecesse ao Pai e tomasse posse daquelas cidades. Mas Nosso Senhor Jesus Cristo diz: “Afasta-te de mim, satanás. Eu adoro somente ao Pai”.
Irmãos e irmãs, será uma luta até o fim de nossa vida, mas se nós usarmos as armas não precisaremos ter medo nenhum. A primeira arma é a Eucaristia. O inimigo treme diante da Eucaristia, porque ela é sinal de humildade. Jesus quis, por um momento, aniquilar a Si mesmo, entrando nas espécies do pão e do vinho para ficar perto de nós. Uma outra arma forte contra o inimigo é o Sacramento da Confissão. Este sacramento é mais poderoso do que a própria oração do exorcismo.
Momentos de desânimo podem acontecer em nossas vidas. Quando isso acontecer se agarre a Virgem Maria. Um jovem teve uma visão na qual ele precisava construir uma barco para atravessar o oceano. Enquanto ele construía este objeto as pessoas diziam que ele não iria conseguir e que ele não conseguiria vencer a fúria do mar. Até que aquele rapaz terminou de construí-lo e começou a remar em direção à longa jornada no oceano. Mas um amigo disse a ele: “Meu amigo, tenha coragem. Seja forte!” E aquele jovem olhou somente para aquele homem que estava dando força para que ele continuasse. E toda vez que ele sentia o desânimo se aproximar ele se lembrava daquelas palavras do amigo.
Muitos poderão nos chamar de doidos, de loucos, mas há uma Maria que está gritando em nossos ouvidos: “Boa viagem! Não tenhais medo do inimigo. Não desanimem porque a vitória é nossa. Uma vez que Jesus Cristo derrotou o inimigo, com o Senhor nós também o derrotaremos.” A Santíssima Virgem Maria nos diz hoje: “Eu estarei com vocês. Não tenham medo. Vão em frente. Vocês serão vencedores!”
Rogue pela intercessão da Mãe, clamando: Maria, nós cremos em Ti, porque Tu és nossa Mãe. Nenhuma mãe deixará o filho em perigo sem dar a ele uma mão, sem ajudá-lo. Maria, sabemos que Tu estás conosco, e por causa de Ti nos sentimos seguros.
Nossa Senhora nos diz: “Faça tudo o que Ele lhe disser. Vá em frente. Não desanime!
Lembre-se das palavras de Jesus: ‘Eu sou, porque nada é impossível para aquele que crê’”.
Frei Elias Vella

Amar é: voltar a ser especial

Dizer que amamos alguém é muito mais que expressar o que sentimos; é deixar claro para a outra pessoa que estamos dispostos a realizar todas as coisas para fazê-la feliz ao nosso lado. Embora o amor seja definido como um sentimento, a manifestação dessa emoção é traduzida em gestos e atitudes. Isso se aplica também ao amor entre irmãos, pais, filhos, colegas... e em nada esse “bem-querer” se difere – em intensidade – da manifestação vivida entre homens e mulheres decididos a viver o desafio da vida comum compartilhada.
Quanto mais convivemos com as pessoas, tanto maior é o nosso conhecimento a respeito delas. Assim, apesar de manifestarmos e dizermos por várias vezes que amamos alguém, também estamos sujeitos a outros sentimentos, como raiva, medo, inclusive, certa insatisfação, mesmo que seja por alguns momentos. Da mesma maneira que a febre no organismo pode indicar infecção, as possíveis insatisfações no relacionamento são indicadoras de uma situação que merece atenção especial.
Ninguém reclama da falta de alguma coisa sem antes ter experimentado suas vantagens. Sabemos o quanto é bom ter a atenção e o carinho de alguém voltados para nós; todavia, muitas vezes, no convívio do dia-a-dia ou tomados por outros afazeres, deixamos de lado coisas simples, mas de grande importância para a manutenção do casamento. Hábitos que anteriormente eram comuns no tempo de namoro ou no início da vida conjugal, infelizmente se tornaram raros por parte de um dos cônjuges, ao longo dos anos, como passear de mãos dadas, trocar beijos e carinhos, assim como outras afabilidades no tratamento.
Ao deparar com a rarefação dos carinhos e das delicadezas, anteriormente presentes na vida dos casais, pode-se achar que o relacionamento conjugal está fadado à mesma rotina de outros – muitos dos quais não podem nos servir de modelo. No entanto, não podemos permitir que os problemas e as insatisfações manifestadas roubem de nós a pessoa amada. O descaso às queixas do cônjuge acabará por extinguir da vida do casal aquilo que foi objeto da reclamação. Antes melhor denunciar aquilo que é de desagrado.
Tentar acostumar-se com a situação, ridicularizá-la ou responder com sarcasmo ao que foi relatado, apenas provoca feridas e pode provocar consequências desastrosas para aqueles que, até pouco tempo, eram cúmplices em seus propósitos. Portanto, uma vez conhecidos os entraves da convivência, não podemos nos comprometer somente com promessas de mudança, pois estas precisam ser assumidas com atitudes.
Assim, revigorados pela disposição em voltarmos a ser especiais ao outro, evitaremos que os muros das superficialidades e do individualismo surjam no campo dos sentimentos, nos quais paredes jamais podem existir.
Comentários deste e outros de artigos no podcast 'Relacionamentos'

Um abraço,

Dado Moura

A importância da disciplina

O Papa João Paulo II disse – na Carta às Famílias, escrita em 1994 –, que “o ato de educar o filho é o prolongamento do ato de gerar”. O ser humano só pode atingir a sua plenitude, segundo a vontade de Deus, se for educado; e essa missão é, sobretudo, dos pais. É um direito e uma obrigação deles ao mesmo tempo. É pela educação que a criança aprende a disciplina, por isso os genitores não podem se descuidar dela, deixando-a abandonada a si mesma. Se isso ocorrer, essa criança será como um terreno baldio onde só nasce mato, sujeira, lixo e bichos venenosos. Sem disciplina não se consegue fazer nada de bom nesta vida.
Muitas pessoas não conseguem vencer os problemas e vícios pessoais porque não são disciplinadas. Muitas não conseguem ser perseverantes em seus bons propósitos porque lhes falta essa virtude [disciplina]. Para vencer um vício ou para dominar um mau hábito é preciso disciplina. É por ela que aprendemos a nos dominar. Vale mais um homem que se domina do que o que conquista uma cidade, diz a Bíblia.
A disciplina depende evidentemente da força de vontade; e esta é fortalecida pela graça de Deus. São Paulo diz que é Deus “ que opera em nós o querer e o fazer” (cf. Fil 2,13). As grandes organizações, fortes e duradouras, como, por exemplo, a Igreja, apoiam-se em uma rígida disciplina. É isso que lhes dá condições de superar os modismos e as ameaças de enfraquecimento. Também as grandes empresas fazem o mesmo.
Em primeiro lugar, é preciso organizar a sua vida. Defina e marque, com clareza, todas as suas atividades; sejam elas profissionais, religiosas ou de lazer. Deve haver um tempo definido para cada coisa; o improviso é a grande causa da perda de tempo e de insucesso. As pessoas mais produtivas são aquelas que se organizam. Essas fazem muitas coisas em pouco tempo. Não deixam para depois o que deve ser feito agora.
Não adianta você ter muitos livros se eles não estiverem arrumados por assunto, assim você não vai encontrar um livro que desejar. Não adianta você ter muitos artigos guardados se eles não estiverem classificados e indexados. No meio da bagunça não se pode achar nada, e perde-se muito tempo. Então, aprenda a arquivar tudo com capricho. O povo diz que um homem prevenido vale por dois. Então, seja prudente, cauteloso, previdente. Se você sabe que a sua memória falha, então carregue com você uma caneta e papel, e anote tudo o que deve fazer durante do seu dia, ou sua ida à cidade.
Muitos fracassam em seus projetos porque não sabem fazer um bom planejamento, com critérios, organização e método, porque não são disciplinados. A pressa atropela o planejamento, por falta de disciplina; é um perigo. Sem disciplina não se consegue fazer um bom planejamento. Muitas obras são construídas repletas de defeitos, e custam mais, porque faltou planejamento, disciplina e ordem. Lembre-se: é muito mais fácil, rápido e barato, fazer uma obra planejada, do que fazer tudo às pressas e depois ter que ficar remendando os erros cometidos.
Foi muito feliz quem escreveu em nossa bandeira: “Ordem e Progresso”. Disciplina significa você fazer tudo com ordem, critério, método e organização. Então, disciplina é uma virtude que se adquire desde a infância, em casa com os pais, na escola, na Igreja, no trabalho…
Sem disciplina gastamos muito mais tempo para fazer as coisas e pode-se ficar frustrado de ver o tempo passar sem acabar o que se pretendia fazer. Por isso, é preciso aprender a organizar a vida, o armário e a casa, arrumar a mesa de trabalho, a agenda de compromissos, etc. A disciplina se adquire com o hábito. Habitue-se a fazer tudo com planejamento, ordem, capricho, etapa por etapa, sem atropelos. Deus nos dá o tempo certo e suficiente para fazer o que precisamos fazer.
São Paulo disse aos coríntios que “os atletas se impõem todo tipo de disciplina. Eles assim procedem, para conseguir uma coroa corruptível. Nós o fazemos por um coroa incorruptível”(1Cor 9,25).
Nenhum atleta vence uma competição sem muita disciplina, treinos, regimes, horários rígidos, etc. Ora, na vida espiritual, pela qual desejamos ganhar a “coroa incorruptível”, a disciplina é mais necessária ainda. Ninguém cresce na vida espiritual sem disciplina: horário para rezar, meditar, trabalhar, etc. Estabeleça para você uma rotina de exercícios espirituais diários, e cumpra isto rigorosamente.
Assim Deus vai lentamente ocupando o centro de sua vida, como deve ser com cada cristão. Sem isto você será um cristão inconstante e tíbio.
É preciso insistir e persistir no objetivo definido. Não recue e não abandone aquilo que decidiu fazer. Para isto, pense bem e planeje bem o que vai fazer; não faça nada de maneira afoita, atropelada, movido pelo sentimentalismo ou apenas pela emoção. Não. Só comece uma atividade, física ou espiritual, se tiver antes pensado bem e estiver convencido de que precisa e quer de fato realizá-la. Peça a graça de Deus antes de iniciar a atividade; e prometa a você mesmo não recuar e não desanimar. Cada vez que você começa uma atividade de maneira intempestiva, e logo desiste dela, enfraquece a sua vontade e deixa a indisciplina ganhar espaço em sua vida.
Sem disciplina não se pode chegar à santidade. São Paulo chegou a dizer: “Castigo o meu corpo e o mantenho em servidão, de medo de vir eu mesmo a ser excluído depois de eu ter pregado aos outros” (I Cor 9,27).

Felipe Aquino

Fechando a porta para o divórcio

O que une um casal não é o sexo, não é a genitalidade, mas o amor, a ternura, o carinho. Ame profundamente. Primeiro pelo diálogo, pela presença, pela segurança recebida, pelo amor, pela fidelidade. O que nutre o casal é ternura, é carinho! Quando o carinho, o amor, a convivência, o diálogo desaparecem, abre-se uma brecha para a genitalidade e, como consequência, os desentendimentos se multiplicam.“Casalzinho” que avança o sinal e parte para a sexualidade, em geral, vive se desentendendo e brigando, porque a atração física está ocupando o lugar do diálogo, da convivência, da afinidade espiritual. Pior ainda quando resolvem as brigas com sexo. Enganam-se e se estragam cada vez mais...Em geral, esta é a porta de entrada para o divórcio. Casamentos que se iniciam com namoro avançado não costumam durar muito tempo. Uma vez que já se experimentou tudo antes do matrimônio, nada mais sustenta o casal. A vida matrimonial é exigente: trabalho, casa, compromissos... Depois vêm os filhos... Se o casal não treinou com carinho e ternura, tudo vai se complicando, porque as relações sexuais, embora importantes para a harmonia do casal, não são tudo. Se o amor não se traduzir em gestos concretos, o casamento começará a naufragar.Existem árvores que necessitam de cuidados especiais desde a semente; só assim darão bons frutos. Com o matrimônio é a mesma coisa: precisa ser cuidado enquanto ainda é plantinha... Só assim os frutos virão.Namorados, noivos ou vocacionados ao casamento, creiam que isso é possível! Isso é sinônimo de santidade! Loucura é o que o mundo ensina! Todo aquele que se decide por viver esta aventura acaba sendo bênção para si e para sua família. Não quero dizer que você vai se privar das relações sexuais no casamento. Não é certamente isso que Deus lhe pede. Ele quer a sua pureza agora e depois no casamento... E isso lhe é possível!

terça-feira, 22 de junho de 2010

A verdade simplifica as coisas

Esta frase tem me acompanhado por um algum tempo. E este é o objetivo deste blog. Lembro-me da missa que celebrei na segunda-feira na oitava da Páscoa. O Evangelho do dia retratava a tentativa de um grupo de judeus em afirmar que Jesus não teria ressuscitado e sim os seus discípulos é que teriam roubado o corpo. E sabiamente São João apresentava este esclarecimento afirmando que até aqueles dias ainda permanecia presente esta afirmação.
Diante disso pude observar como para construir coisas irreais se tem um gasto (eles pagaram aos soldados) e um desgate muito grande. E como é complexo a construção imaginária de coisas que visam resolver os problemas de nossa vida. Na verdade estamos diante de um mundo que aprendeu a complicar as coisas.
Vemos pessoas que sentem-se grandes e por isso complicam suas palavras, outros que preferem nem falar mais de si porque se acham também um caso complicado.
Diante de tudo isso lanço com este blog esta proposta apoiada especialmente na verdade de que Deus é simples e ao mesmo tempo é o caminho, a verdade e a vida (Jo 14,6), assim quando a verdade se apresenta ela somente poderia simplicar a vida.
Assim espero poder ajudar neste simplificar!

Pe. Xavier

Maria, consoladora dos aflitos

Por tudo que padeceu em sua existência, a Santíssima Virgem Maria se tornou a consoladora dos aflitos. A vida humana é, realmente, quer queiramos ou não, pontilhada de aflições. Estas visitam o ser mortal a cada passo e, muitas vezes, deixam sequelas profundas. Umas decorrem de fora, outras são inatas à finitude ontológica do homem. As primeiras ocorrem ao ensejo do falecimento de entes queridos, das atitudes maldosas do próximo, das injunções conjunturais a envolverem os bens criados. Possuem matizes variados e são detonadores de outras atribulações. As causas internas geram moléstias orgânicas, estados mórbidos psíquicos, depressões, a luta permanente entre o bem e o mal. A capitulação às insídias diabólicas por força da inclinação ao mal, fruto do pecado original, muitas vezes colocam muitas consciências em frangalhos com reflexos somáticos graves.
O ser racional é obrigado a conviver a cada passo com os mais imprevisíveis e variados problemas. Adite-se que não é fácil cada um conviver consigo mesmo. O Livro do Eclesiástico retrata bem esta situação existencial do homem: “Vi tudo que se faz debaixo do sol e vi que tudo era vaidade e a aflição do espírito” (Ecl 1,14). Isto tudo, porém, faz parte do processo soteriológico pessoal. Se é verdade que muitas vezes a angústia humana pode ser evitada, porque ocasionada pela própria pessoa, por suas imprudências e erros individuais, outras Deus as permite como oportunidade magnífica de aprimoramento. Os textos bíblicos revelam que se conturba o ânimo diante de uma situação difícil, perante os obstáculos. Surgem então o temor, a perplexidade.
O termo grego stenochoria significa estar mergulhado em miserabilíssima apreensão. É um estado de desolação que aflige quem nele se acha. Sobretudo na velhice o campo está franqueado a todo tipo de situações penosas. Se assim é, Maria que tanto sofreu, juntamente com Jesus, sabe melhor do que ninguém o amargor da lágrima de cada um, a acerbidade do mal que atanaza o espírito e o corpo, o agror do sofrer, a mágoa que fere, o tormento que aflige. Ela esteve ao lado do seu divino Filho sofredor, viveu os transes de sua Paixão e Morte e padeceu com tudo isto e, deste modo, está apta para vir e ajudar todo aquele que sofre. A Senhora das Dores é a Consoladora dos aflitos porque ela sabe o que é a dor e porque muito nos ama.
O papa João Paulo II mostrou o fundamento desta sublime realidade: “Era deste amor misericordioso, precisamente, o qual se manifesta sobretudo em contato com o mal moral e físico, que participava de modo singular e excepcional o coração daquela que foi a Mãe do Crucificado e do Ressuscitado. Sim, Maria Santíssima participava de tal amor; e nela e por meio dela o mesmo amor não cessa de revelar-se na história da Igreja e da humanidade.
Esta revelação é particularmente frutuosa, porque se funda, tratando-se da Mãe de Deus, na singular percepção do seu coração materno, na sua sensibilidade particular, na sua especial capacidade para atingir todos aqueles que aceitam mais facilmente o amor misericordioso da parte de uma mãe”. A Mãe das Dores está atenta às necessidades de seus filhos. Pelo muito que padeceu não há mal que ela não possa debelar. Ela consola, conforta e ampara. Por tudo isto nada melhor do que venerar e implorar a Maria que tanto sofreu. O culto à Senhora das Dores, Rainha dos Mártires, que remonta aos primórdios do cristianismo, sobre demonstrar gratidão a ela, significa estar matriculado na escola de uma Mestra admirável, que ensina estas preciosas lições que formam o cristão e lhe retemperam o ânimo, garantindo-lhe proteção nos momentos aflitivos.
Honrar Nossa Senhora das Dores implica, além disto, num imediato e radical aborrecimento do maior de todos os males que é o pecado, morte da alma, causa dos dissabores que Jesus e ela experimentaram, fonte de tantos males para quem se afasta de Deus. A exemplo de Maria cumpre cooperar na obra da salvação empreendida por Cristo, levando os corações empedernidos a corresponderem às graças que jorraram das cinco chagas do Redentor, oferecendo sacrifícios pela conversão dos transviados. O muito que ela sofreu sobretudo na Rua da Amargura, aos pés da Cruz e com a soledade, após o enterro de seu dileto Filho, insufla, além disto, confiança inabalável na sua atuação materna. É que ela não apenas compreende as decepções humanas, como ainda, lá do céu, continua sua tarefa de Corredentora dos filhos na caminhada por este vale de lágrimas. Adite-se que a Senhora das Dores faz progredir em toda espécie de boas obras, mormente no sacrifício pelo próximo. Desvalidos, excluídos do reino do céu, mister se fazia que um Deus redimisse a humanidade.
Maria sabia que ao dar consentimento na participação nesta tarefa redentora muito iria sofrer. Se ela se compadeceu de nossa miséria, porque também nós não nos compadeceremos diante da penúria de nossos irmãos que sofrem toda espécie de privação? Acrescente-se que as dores de Maria nos levam a amá-la cada vez mais por ter ela nos demonstrado tanta dileção. Amá-la significa imitar-lhes as virtudes, fazendo resplandecer em nós um pouco da grandeza desta mãe extraordinariamente santa. Como, porém, é pela cruz que se chega à luz da bem-aventurança eterna, venerar a Senhora das Dores é estar a seu exemplo sempre junto da Cruz redentora, aceitando com resignação as provações que Deus envia a cada um. Somente assim se chegará àquela ventura sem fim a nós merecida pela Paixão de Jesus e pela Compaixão de Maria.
Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho

A importância da família

O relato de São João sobre as Bodas de Caná (cap. 2,1-11) mostra claramente como Jesus valoriza a família. Foi o Seu primeiro milagre, abençoando com Sua presença os noivos, que pretendiam iniciar uma nova família. Ele quis iniciar o anúncio do Reino em um casamento, mostrando que a família é importante para Ele.
A família é a base, o esteio, o sustento de uma sociedade mais justa. Ao longo da história da humanidade, assistimos à destruição de nações grandiosas por causa da dissolução dos costumes, a qual foi motivada pela desvalorização da família.
No nosso mundo de hoje, depois que ficou liberado o divórcio indiscriminadamente, a família ficou ameaçada em sua estrutura e é por isso que vemos, através dos meios de comunicação e até na comunidade em que vivemos, cenas terríveis. Filhos drogados matam ou mandam matar os pais, pais matam filhos por motivos fúteis, mães se desfazem de seus bebês, quando não cometem o crime hediondo do aborto quando a criança não tem como se defender. Há problemas seriíssimos. Quando os pais se separam alguma coisa se parte no íntimo dos filhos. Eles não sabem se é melhor ficar com o pai ou com a mãe. No fundo, eles gostariam de ficar com os dois. Em paz e harmonia, é claro.
O amor está sendo retirado do coração dos homens e das mulheres. E, em consequência disso, a família está perdendo a sua unidade e a sua dignidade. Isso acarreta a dissolução dos costumes. A família decai e a sociedade decai. Precisamos compreender e nos lembrar sempre de que Deus nos deu uma família a fim de que, num âmbito menor, nós pudéssemos aprender a amar todos os nossos semelhantes.
O desenvolvimento tecnológico tem seus pontos benéficos. Facilitou a vida das pessoas. Mas facilitou de tal modo que a humanidade ficou mal-acostumada. Só quer o que é fácil. Não se interessa pelo que exige esforço, luta. No entanto, o que conquistamos com esforço tem um sabor muito melhor. Parece que nos esquecemos disso.
Na passagem das Bodas de Caná, Jesus transformou a água em vinho, em bom vinho. Ele poderia ter tirado o vinho do nada, mas Ele quis a participação humana. Por isso, mandou que enchessem as talhas de água. Hoje também o Senhor quer que nós enchamos a "talha de nossa vida", a nossa existência, de "água" que Ele transformará no melhor "vinho".
Que é que isso quer dizer? Quer dizer que precisamos colocar amor em nossa vida, em nossa família, para que Ele transforme esse amor humano em amor divino, o mesmo amor que une as pessoas da Santíssima Trindade e que é tão grande e tão repleto de felicidade, que extravasa, explode e quer ser espalhado entre nós. E é por meio dele que encontraremos a plenitude da felicidade.
Não é fácil cultivar o amor às vezes, é até difícil. Mas o difícil, quando conquistado tem um valor inestimável. Temos prova disso. Em uma competição esportiva, por exemplo, o vencedor fica mais satisfeito quando enfrenta adversários mais difíceis.
Viver em família, viver em união dentro da família não é fácil. Mas fácil não é sinônimo de bom. Talvez seja até o contrário.
A família precisa de amor para ser bem estruturada. A sociedade precisa das famílias para realizar a justiça e a paz porque a sociedade é uma família amplificada.
Falta o "vinho" para as nossas famílias. Esse "vinho" é o amor. É preciso que cada membro da família se esforce. Que os pais assumam verdadeiramente o seu papel. Apesar de ser bem árdua a tarefa dos genitores no mundo de hoje, não se pode desanimar. É necessária e urgente a ação paterna. O jovem é, por natureza, rebelde, quer ser independente. Desperta para o mundo e seus problemas e questiona tudo. Mas os pais precisam participar de sua vida, de uma maneira ou de outra, porque, mesmo errando algumas vezes, ainda assim, estes [os pais] têm capacidade de orientar e ajudar os filhos. Não podemos deixar tudo por conta dos companheiros, da escola, da sociedade ou de sua própria solidão.
Os pais devem fazer o acompanhamento dos filhos, procurar saber o que está acontecendo com eles, tentar ajudá-los de várias maneiras: com orientações, com atitudes exemplares, com o diálogo, com orações. Sempre. Tanto em casa, como na escola, na vida religiosa e social, nos namoros, entre outros.
Muitas vezes, os pais se sentem impotentes. Muitas vezes, achamos que já fizemos tudo e que nada conseguimos. Entretanto, esforçando-nos ao máximo, dando o melhor de nós por uma família mais feliz, estaremos enchendo de "água" a nossa "talha". E a Santíssima Virgem Maria já estará falando com o Filho: "Eles não têm vinho". E Jesus virá nos transformar, transformar a nossa "água" em "bom vinho", transformar a nossa dificuldade em vitória.

Dom Eurico dos Santos Veloso

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Quem chega atrasado na missa não pode comungar?

Dona Carolina, uma senhora meiga e simpática, me procurou para um bate-papo. Ela estava muito magoada com um de nossos padres e contou o porquê. Por problemas familiares ela chegou atrasada a uma missa. O padre estava fazendo a homilia. Na hora da comunhão, o padre avisou que quem chega atrasado à missa não pode comungar. Entendendo que o recado era para ela, dona Carolina sentiu-se muito humilhada. Para desabafar, ela me procurou para conversar sobre o assunto. Reproduzo aqui o resultado de nosso bate-papo, na esperança de ajudar nossos leitores a crescerem na consciência da importância da participação na missa e da recepção da Eucaristia.
Primeiramente vamos puxar pela memória e relembrar o que a Igreja ensina sobre a participação dos fiéis na missa e a recepção da Eucaristia. Está lá no número 1.389 do Catecismo da Igreja Católica. A participação é obrigatória aos domingos e nos dias festivos. E a recepção da Eucaristia é obrigatória pelo menos uma vez ao ano, se possível no tempo pascal, devidamente preparada pelo sacramento da reconciliação.
A Igreja, determinando esta obriga-toriedade, quer, na verdade, salvar o mínimo de prática religiosa. Mas, convenhamos, é muito pouco, não é mesmo? Limitar-se ao que a Igreja exige é viver a fé de modo legalista, frio, sem aquele amor-resposta ao amor que Deus tem por nós e que tem sua expressão máxima no mistério da encarnação, paixão, morte e ressurreição de Jesus. Por isso, como mãe e mestra a Igreja vai mais longe. Ela recomenda vivamente aos fiéis "que recebam a santa Eucaristia nos domingos e dias festivos, ou ainda com maior freqüência, e até todos os dias."
Muito se poderia escrever aqui sobre as condições para se receber a Eucaristia (estado de graça, jejum, etc.). Fiquemos, por falta de espaço, ao problema específico que dona Carolina falou em nossa conversa.
Olha, minha querida amiga, eu creio que o seu pároco estava certo em um ponto: lembrar que a comunhão do Pão da Palavra prepara a comunhão do Pão Eucarístico e admoestar que a celebração eucarística é um todo bem integrado, em que uma parte prepara a outra.
Houve um tempo na Igreja em que se estabeleciam normas para se garantir que a pessoa tinha cumprido o preceito ou não. Felizmente hoje o acento não é tanto sobre o momento em que a pessoa chegou e sim sobre as disposições interiores. Quando se trata, portanto, de um atraso circunstancial e justificado, a pessoa não precisa privar-se da comunhão. Se em alguns casos a Igreja permite a comunhão fora da missa, por que negar a comunhão a quem se atrasou um pouco por justa razão?
Quem, porém, por ignorância ou má fé, tem por hábito não participar da Liturgia da Palavra, deve repensar sua recepção da comunhão. Mas este não é o seu caso, dona Carolina. A senhora é catequista e ministra da Eucaristia. Não foi para a senhora com certeza que o zeloso celebrante daquela missa deu aquele recado.
Padre Cido Pereira

Fofocas

É muito difícil manter a paz e a serenidade até descobrirmos a paz inquieta. Ela é exatamente o contrário da apatia: provoca-nos as mudanças necessárias e nos ajuda a aceitar o que não pode ser mudado.
Infelizmente, o mundo parece não gostar das coisas boas. Prova disso é o amplo espaço que dá às coisas negativas. Existe uma sede muito grande de fofoca no coração de muitas pessoas. São os “urubus” sociais. Ficam à espera de algo negativo para poder alardear. Mentiras, fofocas, calúnias... e isso gera um pessimismo de vida, um negativismo constante. Com isso, as pessoas não sabem mais sorrir. Vivem criticando e se lamentando... Acho que aqui se encontra uma das grandes causas da maioria das doenças.
Sabemos que existe uma causa para tudo isso. As pessoas que vivem para falar mal das outras, na verdade, estão querendo se esconder por trás de tudo isso. Com medo de que se descubram o quanto são infelizes e frustradas, elas procuram comentar a vida alheia esperando que suas carências e frustrações passem despercebidas. São doentes sociais, não aprenderam a saborear a vida. São carentes e mal amados e além disso têm medo de buscar auxílio. A fofoca, na verdade, esconde sentimentos negativos plantados no coração dessas pessoas.
Muitos nunca descobrirão essa paz inquieta porque são especialistas em criticar os outros. São aqueles que estão sempre atentos para descobrir o erro alheio e mais prontos ainda para alardear estes erros aos quatros ventos... O pior crítico é aquele que, inconscientemente, é o maior crítico de si mesmo. O processo funciona mais ou menos assim: uma pessoa, por ser incapaz de atingir seu padrão pessoal, devido à fraca auto-estima, conseqüentemente não admite que ninguém atinja padrão algum. A verdade é que ela sente prazer em provar que os outros são de fato tão deficientes e ruins quanto ela em seu próprio conceito.
O tempo é o senhor da razão. Se as críticas são mesmo injustas, com o tempo as pessoas acabam descobrindo isso por si mesmas. Quem tem coração tranqüilo e paz inquieta não precisa se preocupar com a autodefesa. Os que conhecem realmente a pessoa estarão sempre prontos a defendê-la.
A paz inquieta não se consegue por meio de brigas, discussões, ações penais, autodefesa e tantos outros caminhos que as pessoas nos sugerem. A paz inquieta é fruto de um coração sereno. Ela nos vem pela graça de Deus e pela humildade.
Humildade não é sinônimo de apatia e roupas velhas ou surradas, é uma atitude de vida, é saber quem somos. Conhecer nossos defeitos, limitações e trabalhar para mudar o que pode ser mudado. Isso exige um coração curado. Pela cura interior, o Espírito Santo molda nosso coração, tornando-o semelhante ao coração de Jesus Cristo. É um processo lento e progressivo. Exige que sempre fiquemos atentos às moções do Espírito, e que sempre procuremos nos alimentar com a Palavra de Deus e com os sacramentos que o Espírito presenteou à Igreja, especialmente os sacramentos da Eucaristia e da Reconciliação.
A cura interior nos ensina que viver é como nadar contra a corrente. Não podemos parar nunca. Por isso precisamos sempre ter objetivos bem definidos para a nossa vida. Quem sabe para onde vai não se detém diante de críticas injustas. A cura interior nos ajuda também a discernir o valor da crítica positiva e construtiva. Ela nos revela que todos somos passíveis de erros e falhas e nos ajuda a aceitar tudo isso como um grande processo de amadurecimento.
Extraído do livro 'Seja feliz todos os dias' de Pe. Léo, Editora Canção Nova
Pe. Léo

Rompa com a mentira no seu relacionamento

Você pode imaginar quão difícil é uma ruptura num relacionamento. É só olhar como as separações são doloridas e deixam marcas profundas nos cônjuges e nos filhos. Muitas dessas separações conjugais são frutos do pecado que casais acabam vivendo a dois: situações de mentira, desregramentos, afastamento de Deus, agressividade; desrespeito; palavras de ofensa um para com o outro e assim por diante.
É preciso romper com o pecado e não romper com o relacionamento. O pecado precisa ser extirpado da nossa relação. Tudo que corrompe aquilo que Deus criou por amor não pode mais fazer parte de nossa vida. Vejo que o pecado mais sutil e o que mais destrói matrimônios é a mentira. Mentir, enganar o outro ou até omitir alguma coisa pode custar caro, porque fere a dignidade da outra pessoa e põe em risco a confiança e a fidelidade. Escolher o caminho de não falar a verdade, mesmo que seja em pequenas coisas, é escolher pela traição da confiança que o cônjuge depositou em você. Isso mesmo! A mentira já é traição!
Jesus disse: "E a verdade vos libertará" (cf. João 8,32b). E é nesta perpectiva que os nossos relacionamentos podem amadurecer e tornar-se fecundos: quando uma pessoa pode confiar na outra, certa de que o (a) outro (a) está sempre lhe dizendo a verdade, que nada ficando às escuras, escondido, porque isso não é bom.
Para isso o primeiro passo é se decidir pela verdade, pela sua verdade, pois é nela que Deus pode agir e que as coisas vão tomando o rumo certo e se contrói uma vida feliz.
Fica a dica de hoje: rompa com o pecado da mentira no seu relacionamento. Decida-se por falar e viver sempre a partir da verdade, na luz, na graça de Deus.
Que o Senhor o abençoe neste propósito!
Diácono Paulo Lourenço

sábado, 19 de junho de 2010

Lembrando algumas datas

- Ano 06 a.C.: Nascimento de Jesus.
- Ano 8: Nascimento de Paulo.
- Ano 30: Morte e Ressurreição de Jesus Cristo.
Jesus foi educado dentro do Judaísmo, seguindo a Tradição Profética e Sapiencial, com uma visão aberta para o mundo. Não pertencia a nenhum partido. Defendia a vida a partir do lugar social das pessoas excluídas. Ele veio “para que todos tenham vida e vida em abundância” (Jo 10,10)...
Paulo foi educado dentro do Judaísmo, seguindo o Sistema de Pureza, com uma visão fechada, restrita ao “povo eleito”. Pertencia ao partido dos Fariseus. Defendia os interesses do Sinédrio: grupo de 71 homens que governava o povo judeu, em aliança com o Império Romano.
A partir da Morte e Ressurreição de Jesus, as Comunidades vão se organizando (At 2,42-47) e a Palavra começa a se espalhar: de Jerusalém para o fim do mundo (At 1,8)...
- Ano 35: Morte de Estevão (At 7) e Conversão de Paulo (At 9).
- De 35 a 46: em Paulo se processa uma mudança de mentalidade, com a ajuda de amigos: Ananias, Barnabé... Encontro com alguns Apóstolos em Jerusalém... Vai pregando em algumas sinagogas e, pouco a pouco, vai se convencendo de que é chamado para ser “apóstolos das nações”...
- No ano 46, em Antioquia da Síria, o Espírito Santo, através da Comunidade reunida em oração, revela qual a missão de Paulo (At 13,1-3)...

O Pedreiro

Um velho pedreiro que construía casas estava pronto para se aposentar. Ele informou o chefe, do seu desejo de se aposentar e passar mais tempo com sua família. Ele ainda disse que sentiria falta do salário, mas realmente queria se aposentar. A empresa não seria muito afetada pela saída do pedreiro mas o chefe estava triste em ver um bom funcionário partindo e ele pediu ao pedreiro para trabalhar em mais um projeto como um favor. O pedreiro não gostou mas acabou concordando. Foi fácil ver que ele não estava entusiasmado com a ideia. Assim ele prosseguiu fazendo um trabalho de segunda qualidade e usando materiais inadequados. Foi uma maneira negativa dele terminar a carreira. Quando o pedreiro acabou, o chefe veio fazer a inspecção da casa construída. Depois deu a chave da casa ao pedreiro e disse: "Esta é a sua casa. Ela é o meu presente para você". O pedreiro ficou muito surpreendido. Que pena! Se ele soubesse que estava construindo sua própria casa, teria feito tudo diferente. O mesmo acontece conosco. Nós construímos nossa vida, um dia de cada vez e muitas vezes fazendo menos que o melhor possível na sua construção. Depois, com surpresa, nós descobrimos que precisamos viver na casa que nós construímos. Se pudéssemos fazer tudo de novo, faríamos tudo diferente. Mas não podemos voltar atrás. Tu és o pedreiro. Todo dia martelas pregos, ajustas tábuas e constróis paredes. Alguém já disse que: "A vida é um projeto que você mesmo constrói". Tuas atitudes e escolhas de hoje estão construindo a "casa" em que vai morar amanhã. Portanto a construa com sabedoria!
E Lembre-se:Trabalhe como se não precisasse do dinheiro. Ame como se nunca te tivessem magoado antes. Dançe como se ninguém estivesse olhando

Amor Tem Preço

Famosas são as características que São Paulo atribuía à caridade (Cf. I Cor 13, 4-8). Comentarei uma só: "não procura o seu próprio interesse".
Um sacerdote ia começar a missa de casamento. No ingresso, encontra o noivo e lhe pergunta em voz alta de forma que todos em volta o escutassem: "Por que você quer se casar?" O jovem todo encabulado responde: “Porque quero ser feliz!” Então o padre diz: “Mas então não se case”. O pessoal começa a se mexer nas bancas, muitos olharam para trás. O padre continuou: "Você tem que se casar, não para ser feliz, mas para fazer feliz a companheira da sua vida".
A origem da palavra “caridade” é anterior ao cristianismo. Era de uso corrente no latim clássico. Deriva do adjetivo latino “carus” e pode significar duas coisas: caro ou custoso, ou seja, aquilo pelo qual estou disposto a pagar um alto preço, mas também significa afetuoso ou querido. Caritas é o substantivo de carus, portanto, se carus significa “querido”, caritatis seria “queridade”. Em português além de caridade, existe o adjetivo caro: meu caro amigo; neste sentido, famosa é frase do Sherlock: “Elementar meu caro Watson”.
O uso da palavra é múltiplo. Vemos que Cícero a usou com relação a uma ação quando disse: “Aquilo que se faz de forma grande é amado, querido”. Por outro lado, foi empregada também na relação interpessoal. Outro escritor romano, Plauto, diz: “Sei quanto é caro ao meu coração”. E ainda Cícero: “Caros são os pais, caros os filhos, caros os achegados, os familiares, mas os amores de todos estão contidos no único amor à pátria”. Cícero aqui revela o grande amor dos romanos pela sua pátria.
A caridade é sinônimo de amor, do qual deriva a palavra amizade. O cristianismo sempre apontou o dom da amizade entre as pessoas como a experiência que melhor pode iluminar o sentido do amor divino. Jesus, aos seus seguidores mais íntimos disse: “Vós sois meus amigos” (Jo 15, 13).
Amar a Deus é Lhe desejar um bem, como a um amigo ao que estamos unidos. Amigo verdadeiro é quem, te conhecendo por dentro e por fora, completamente, e mesmo assim, continua querendo ser teu amigo. Assim é como Deus nos ama, é quem melhor conhece as nossas misérias e deficiências e, ainda assim, continua a nos amar.
Diz o Eclesiástico: “Um amigo fiel é um poderoso refúgio; quem o descobriu, encontrou um tesouro. Um amigo fiel não tem preço, é imponderável o seu valor” (6, 14). Cristo é o nosso melhor amigo, porque deu a sua vida por nós: “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida por seus amigos” (Jo 15, 13). Sendo assim, que nos amemos uns aos outros como Cristo nos amou!
“Onde está o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração” (Lc 12, 33). O coração está feito para amar e se afeiçoar a alguma coisa. Façamos que se apegue em algo que realmente vale a pena; não numa coisa material, mas em algo espiritual, que o possa satisfazer.
Só Deus é “a fonte de água que jorra para a vida eterna” (Jo 4, 14).
Sem. Antonio Maldaner


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Seja sempre honesto

Para que o filho único pudesse estudar, certo pai precisou trabalhar com afinco por longos anos. Concluindo o segundo grau, o jovem rumou para um grande centro, onde depois de aprovado nos exames vestibulares iniciou o curso de ciências econômicas. O moço cuidava para não ser demasiadamente pesado para o velho pai. Assim, durante os anos vividos longe do lar, esteve sempre atento aos conselhos do pai: agir com respeito, decência e honestidade. Os anos passaram e o jovem finalmente concluiu, com brilhantismo e distinção, o seu curso. Agora já formado, arrumou as malas e feliz retornou para junto dos pais, cheio de reconhecimento e gratidão. Uma conceituada firma comercial o contratou logo para trabalhar na empresa. Sentiu-se feliz e compensado, vendo nesse primeiro emprego também a possibilidade de devolver aos pais, especialmente, ao menos uma parcela do muito que lhe fizeram ao longo dos anos de preparo. No seu segundo mês de trabalho, certa tarde, o gerente ordenou que ele efetivasse os lançamentos contábeis de tal forma que a empresa escapasse ao pagamento de um pesado imposto que, por certo, abalaria em muito o seu superávit. Prometeu-lhe ótima recompensa, argumentando, para justificar os termos do arranjo: --Estamos lhe prometendo essa respeitável gratificação, porque sabemos das suas lutas e dificuldades ... --De fato, por várias razões, eu tenho mesmo necessidade de ganhar um pouco mais--disse o moço--porém, não dessa forma. E se por esta minha convicção tiver de deixar o emprego, deixarei. E não me leve a mal, amigo, mas recuso-me, terminantemente, a realizar o que me pede. Desapontado, o gerente retirou-se; mas em pouco mais de meia hora estava de volta para dizer ao rapaz: --Levei sua palavra final ao presidente e ele lhe pede comparecer com a máxima urgência ao seu gabinete. A essa altura dos acontecimentos o rapaz saiu resoluto. de cabeça erguida, mas interiormente já contava estar demitido. Contudo, dessa vez enganou-se, porque ao se apresentar diante do presidente foi calorosamente cumprimentado e informado de que acabava de ser promovido a uma função mais importante e sobremaneira mais compensadora, exatamente por haver resistido à provação.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Sofrer pelo o que vale a pena - Pe. Fábio de Melo

Mulher, Deus a chama para a santidade!

Infelizmente, o inimigo de Deus tem usado as mulheres, que foram escolhidas por Deus para ser as educadoras do homem, fazendo delas “Evas” e não “Marias”. Claro, tudo feito sutilmente, com jeito feminino, muito “sexy”, mas com um objetivo definido: desviar o homem do plano de Deus. Mulher, você não pode ser “Eva”, não pode ser sedução, pois não foi feita para isso! Você só pode ser “Maria”. Seja pura, como a Virgem Maria, em seus pensamentos, desejos, palavras, gestos. Você não pode ser útil nas mãos do maligno. Conquistar um homem já casado, só pela satisfação de seduzi-lo, pode parecer uma “grande conquista”, quando, na verdade, é um estrago de vida, estrago de si mesma, estrago de famílias inteiras. São cruéis os ardis do inimigo para fazer de você sedutora, em vez de santificadora. Ele usa meios atraentes, como as novelas, para envolvê-la na sedução, sem que você perceba.Hoje, jovens, mulheres casadas e até senhoras idosas caíram nas ciladas do tentador. Adolescentes, que havia pouco tempo eram meninas, logo se tornam sedutoras. Com apenas doze, catorze, quinze anos, com corpo de mulher, mas cabecinha de criança, foram seduzidas pelas novelas de televisão e acabaram sendo usadas para “atacar” os homens. Como homens-bomba que carregam explosivos no próprio corpo para, de modo suicida, atingir um alvo, as adolescentes têm ido cada vez mais longe na ousadia, na malícia, a ponto de se tornarem sedutoras, destruindo o alvo e a si mesmas.Mulher, Deus a chama para a santidade: “A vontade de Deus é a vossa santificação, que vos abstenhais da imoralidade, que cada um de vós saiba casar-se para viver com santidade e honestidade, sem se deixar levar pela paixão, como fazem os pagãos que não conhecem a Deus” (1Ts 4,3-5)Deus está falando claramente aos homens e às mulheres que querem ouvir e entender:Ou santos ou nada!Ou você é Maria ou é Eva!Ou você é José ou você é Adão, levando à desgraça uma geração inteira.Não existe santidade pronta, comprada no supermercado sob medida; ela é conquistada no dia a dia. Se Deus vocacionou você e seu marido para o matrimônio, entrem no "caiaque" a dois, remem juntos com sincronia, no mesmo ritmo. A meta é santidade, não brinquem com o casamento.Esposa, faça do seu marido um lutador, alguém que busca a santidade. É preciso gerar o homem de Deus, mas isso só acontecerá quando você e ele estiverem unidos no mesmo "caiaque", remando juntos, em sintonia e na mesma direção. Caso contrário, o "barco" afundará. As águas do mundo são terríveis, violentas, poluídas. Não permita que o "caiaque" vire. Não brinque com seu futuro. Não brinque com a sensualidade! Não brinque com o fruto proibido. Deus, que é Pai, sabe porque o proibiu.Há duas opções: o céu ou o inferno. Na primeira, caminha-se pela santidade. Na segunda, basta deixar-se embalar pela correnteza. Jesus disse claramente que o caminho largo leva à perdição, mas o estreito, pedregoso, espinhoso é o que leva à salvação.

O Mestre da oração

Muitas vezes nos queremos rezar, fugindo dos problemas, fugindo das nossas dificuldades, e as vezes fugimos para a oração para não enfrentar as realidades da vida. Mas o modelo que Jesus nos ensina, é que na oficina da vida, no concreto do dia a dia, que se cria o melhor espaço para a oraçãoJesus desde ontem vem ensinando no Evangelho, os discípulos de modo concreto como rezar, Jesus não esta ensinando como se portar em uma oração comunitária ou em uma assembleia, mas a fazer uma oração pessoal, uma oração de intimidade. Jesus é muito concreto, muito simples e ensina como rezar: “quando orardes, não useis muitas palavras”. Jesus não esta condenando a assiduidade na oração, mas a oração prolixa, que se estende nas palavras, vai contando os detalhes, que acha que o Senhor é uma criancinha, que pode convencer o Pai, e que vai comprar a Graça pela força das muitas palavras.Tem gente que fala tanto, que quando chega pra rezar, se Jesus não tivesse trancado no sacrário, acho que ele sairia correndo, tem gente que faz do momento de intimidade com o Senhor, uma ladainha pessoal e perde a chance de ouvir o Senhor, que tem muitas coisas a falar, muitas vezes multiplicamos as palavras e queremos ser mestres e ensinar a Jesus o que ele deve realizar em nossa vida.Nos muitas vezes multiplicamos tanto as nossas palavras, que nos esquecemos que Deus nos conhece e sabe do que precisamos, e nos acostumamos a pensar que Deus nos abandonou e não vê o que estamos sofrendo.Fomos treinados a uma vida fácil, onde Deus precisa fazer o que eu quero. Deus vai te dar o que você precisa e não o que você quer, o 'Pai do Céu' sabe do que precisais, o que eu quero, é muito diferente do que eu preciso. Precisamos ter cuidado quando rezamos: “venha a nos o vosso reino”, pois Deus reina quando realiza a sua vontade em nossa vida, e não quando fazemos a nossa vontade.
“Perdoai as nossas ofensas”, será que você tem perdoado, o lugar privilegiado para acontecer o perdão é dentro de casa, pois perdoar os que temos intimidade é mais difícil. A medida que a intimidade vai crescendo, nos já sabemos quando o outro não esta bem, mesmo sem ele falar nada. A experiencia que Deus quer nos ensinar hoje é uma experiencia de filho que é intimo do pai, o 'Pai-nosso' é uma oração para quem quer viver na intimidade.É Perigoso estudarmos muito, nos tornarmos doutores, e nos esquecermos a simples experiencia de ser filho, que precisa do pai. A oração do 'Pai-nosso' nos faz lembrar que somos irmãos, aprenda a esperar, pois o Pai sabe o que você precisa, não tem felicidade quando passo por cima do outro, pois só existe felicidade junto com o outro.

Padre Fabrício: Sacerdote missionário da Comunidade Canção Nova

quarta-feira, 16 de junho de 2010

O Telefone de Deus

Oração: meio que nos comunica com Deus
Deus tem telefone? Ao escutar ou ler essa pergunta com certeza surge a curiosidade de conhecer o número ou telefone; se é que tem telefone...Pois sim. Deus tem telefone, e vamos descobrir que tem como todo telefone um chip de conexão, um numero, uma operadora.
Seu chip: é a confiança. Tudo depende de quanta confiança se coloca na oração. Um exemplo vemos no cego Bartimeu: “ Jesus Filho de Davi, tem piedade de mim”. A qualidade da confiança do cego se demonstrou nos gritos; e que gritos!
O numero é a fé. Fácil de lembrar. Muitas vezes será de joelhos no chão ou em qualquer circunstância. Disque uma, duas, três vezes; todas as vezes que quiser.
A operadora? É o espírito santo. A melhor e a mais confiável. Vinde Espírito Santo!
Simples até aqui? Alguém pode querer algo mais fácil? Pode ser usado com a ajuda de alguém?Claro que sim!
Por meio de Maria. Ela esta sempre em conexão, sempre que nos aproximamos dela, nos ajuda a conversar com Deus.
E será que Deus tem horário? Será que vai cobrar?
Para Deus não existe horário limitado para lhe escutar. Pode ligar em qualquer momento. Para rir ou chorar com Ele. Para dar e receber. Para pedir ou simplesmente para conversar. Enfim, em toda e qualquer circunstância.
O melhor de tudo é que posso ficar horas e horas no telefone, que eu não preciso pagar nada. Pelo contrario, quanto mais tempo passe em oração: mais recebo.
Podemos pegar esse telefone em qualquer hora e tem um numero muito fácil, a melhor operadora. Basta dizer: “acredito na tua presença aqui e agora”, e então entrará em conexão com Deus.

Seminarista Adir Marques

Meu pai GPS

Uma viagem longe de casa antes, implicava vários mapas e um bom copiloto. Conforme o tempo passa, e a tecnologia vai rompendo barreiras antes impensáveis, o homem se empenha na invenção de máquinas que possam facilitar a sua vida. As fábricas automobilísticas tratam de garantir a segurança e equipam os carros com novas invenções. O tal de GPS é uma destas. Esse aparelho tem ajudado a muitos, principalmente os que dirigem sozinhos rumo a um lugar desconhecido e os que sempre se perdem dentro da cidade.Os mais experientes afirmarão e os jovens titubearão em dizer que os nossos pais são os GPS’s da nossa vida. Os adolescentes aceitarão esta comparação simplesmente como uma forma funcional... É o aparelho que só sabe mandar: “Vire à direita”, “Vire à esquerda”, “Recalculando”. Sem dúvida, alguns adolescentes podem identificar o pai com algo ao qual me comanda o dia inteiro: “Faça isso”, “Não chegue tarde”, “Dirija devagar”. Realmente, se todos pensassem como eles, chegaríamos à conclusão de que nas bocas dos pais só existem os imperativos e proibições.Será que podemos reduzir os genitores a um ser que manda e proíbe? Os adultos, por outra parte, estariam de acordo em dizer que o pai é um GPS pela finalidade e não pela função. A função de mandar é efetivamente importante se quisermos que o carro chegue ao lugar destinado. Um GPS seria inútil, se não levasse a lugar nenhum. Os pais mandam, porque querem alguma coisa. Eles querem que seus filhos sejam homens e mulheres íntegros, que saibam o que querem na vida e que não sejam frutos de modas passageiras.O Compêndio do Catecismo nos ensina muito a este respeito. Fala sobre os direitos e deveres dos pais para com os filhos e dos filhos para com seus pais. “Em relação aos pais, os filhos devem respeito (piedade filial), reconhecimento, docilidade e obediência [...] Se os pais se encontrarem em situação de indigência, de doença, de solidão ou de velhice, os filhos adultos devem-lhes ajuda moral e material” (nº 459). Parece quase impossível cumprir todos os requisitos, e o será, se não existir uma atitude de gratidão para com os pais. Mas se o amarmos, isso se tornará um dever de caridade.“Os pais, participantes da paternidade divina, são os primeiros responsáveis da educação dos filhos e os primeiros anunciadores da fé. Têm o dever de amar e respeitar os filhos como pessoas e filhos de Deus e, dentro do possível [...] ajudando-os com prudentes conselhos na escolha da profissão e do estado de vida. Em particular, têm a missão de educá-los na fé cristã” (nº 460). Se um pai cumprir todos os deveres para com seus filhos, ele será um eficaz GPS. Não uma máquina de imperativos, mas um Guia Para a Santidade. Não somente mandando, mas educando. Não somente ordenando, mas aconselhando. Não desprezando, mas amando.

Sem. Vinicius Marques

Diversidade Sim, Perversidade Não

Não podemos esconder ou disfarçar que, em toda a história da humanidade, a Igreja tem sido perseguida. Um exemplo disso é a prefiguração do livro do Apocalipse de São João: “O dragão colocou-se diante da mulher que estava para dar à luz, a fim de lhe devorar o filho, tão logo nascesse” (12,4).O dragão, figura do demônio, significava para a Igreja a pessoa do imperador romano que queria destruir a comunidade primitiva. Hoje, essa realidade não mudou; este dragão constantemente persegue esta mulher, que é a Igreja, para destruí-la e levar as pessoas ao descrédito.Muitos sinais falam destes ataques. Na televisão, quase 90% dos programas que passam pregam uma cultura anticristã (a propagação do divórcio, uma liberdade interpretada como liberalismo, etc.). Chegamos ao ponto até de escutar afirmações de que cada pessoa pode escolher ser aquilo que quer, por exemplo, ser mulher, ser homem, ser ambas as realidades, tudo é lícito, o mais importante é a felicidade da pessoa. Outro ataque visível é contra a família; hoje se fala de vários tipos de uniões (tudo para atacar à família cristã), porém, sabemos que a única união lícita é a estabelecida por Deus no sacramento do matrimônio. Um exemplo daquilo ao qual estou me referindo é o propósito de realizar - apoiada por várias entidades “Paradas da diversidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais)”. Este dragão tenta de todas as formas confundir as pessoas, destruir no interior das mesmas essa imagem de Deus; por isso temos a missão, como cristãos, de lutar contra estes enganos. Não basta ver tanta promiscuidade sendo propagada? Tantos jovens no engano das drogas? Tantas crianças jogadas nas ruas à mercê da destruição? E ainda nos deparamos com que tipo de diversidade? Será que esse tipo de manifestação de diversidade traz algum beneficio para nossa comunidade? Será que um pai se alegra em ver seu filho querer ser mulher? Será que não está na hora de nos perguntarmos o porquê desta aberração que está confundindo o mundo?A resposta é clara: o mundo sem Deus entra numa confusão que não tem fim. O amanhã que estão preparando para nossa sociedade é uma realidade sem Deus, sem princípios, sem valores que levam às pessoas a viverem sem dignidade.São Paulo na carta aos Coríntios afirma: “Vos escrevi esta carta, para que não tivésseis relações com devassos” (I Cor 5,9).Tudo isso que estamos vendo acontecer nos nossos dias é muito antigo. O cristão é chamado a combater contra este dragão que quer colocar no nosso interior o engano de pensar que tudo é bom, que temos que acatar tudo, que não podemos ser intolerantes...; mas a Comunidade primitiva, os primeiros cristãos, venceu o dragão propagando uma “cultura da vida” que significava rejeitar todas essas ideologias pregando às pessoas uma realidade nova querida por Deus. Como diz Paulo: “Mortificai, pois, os vossos membros terrenos: fornicação, impureza, paixão, desejos maus, e a cupidez..., essas coisas provocam a ira de Deus sobre os desobedientes. Assim também andastes vós quando viveis entre eles. Mas agora abandonai tudo isto: ira, indecência...; para vos revestirdes do homem novo que nasce da imagem de Cristo” (Cl 3,5ss). Somente Ele venceu a morte, o pecado e o demônio.Alguém poderia perguntar: Mas Deus não ama a todos? A resposta é sim, mas espera que deixemos estas práticas abomináveis e vivamos como filhos verdadeiros, criados a sua imagem e semelhança. Deus criou homem e mulher e não criou outros tipos de realidades que levam as pessoas à morte, à destruição do “ser”.

Pe. Alessander C. Capalbo